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7 filmes que redefiniram para sempre o gênero horror

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Um dos gêneros mais antigos do cinema é o horror. Desde a criação da sétima arte, pessoas como o ilusionista francês Georges Méliès já estavam lá para explorar nossos medos através das lentes. Com The Manor of the Devil, Méliès reuniu em seu cenário castelos, morcegos, trolls (os monstros, não as pessoas zoeiras), fantasmas e demônios, todos eles elementos do horror gótico e tudo em uma época que o cinema estava apenas rastejando.

Com o passar das décadas a arte de fazer cinema evoluiu, assim como a variedade de seus filmes. Podemos dizer que o horror foi um dos poucos gêneros que conseguiu manter o processo evolutivo, passando por várias fases e sempre se renovando, com a criação de vários subgêneros. Temos a era muda, iniciada por volta de 1920; cerca de uma década mais tarde chega a era dos monstros, é nesse período que surge King Kong e a maioria dos monstros clássicos do cinema.

O cinema também sofreu consequências das Guerras Mundiais, então foi a vez da fase das paranoias chegar às telas, principalmente com a época da Guerra Fria. Nesse período, o thriller psicológico também ganhou forças. Na década seguinte foi a vez do horror britânico brilhar com as produções da Hammer Film Productions, uma companhia que não apenas marcou todo um período de história da sétima arte, como também a transformou. Clássicos como Frankenstein, Drácula e a Múmia chegaram com esse estúdio.

Podemos colocar a chegada do horror moderno no final da década de sessenta, quando George A. Romero reinventou os zumbis com A Noite dos Mortos Vivos. No entanto, antes disso, obrigatoriamente temos de citar Alfred Hitchcock. Sim, ele é o mestre do suspense, porém, sua obra também pode ser considerada parte do horror moderno, já que, além de influenciar filmes do gênero até hoje, ela revolucionou a linguagem cinematográfica. Ademais, alguns estudiosos da área ainda consideram Psicose (1960) como sendo a maior influência para a onda de filmes slasher que vieram anos mais tarde. Por isso, por mais que o horror moderno comece quase dez anos depois de Psicose, Hitchcock precisa ser mencionado.

Já na década de setenta, Hollywood sofreu fortes influência do cinema de horror italiano, uma fase conhecida como Spaghetti Horror. Esta época, o gênero teve seu maior representante com Dario Argento que, por sua vez, aprendeu muito com seu conterrâneo Mario Bava, fantástico diretor de filmes de horror. A partir de então, o cinema do gênero entra em uma fase bastante conhecida para a atual geração, a fase dos filmes slasher, com Halloween de John Carpenter cravando de vez o subgênero nas telas.

A história e os estilos do horror não acaba por ai, ainda hoje temos divisões do gênero, mas vamos deixar para falar sobre eles em uma outra oportunidade. De fato, podemos marcar as fases do horror no cinema com alguns filmes específicos, por isso, vamos dar uma olhada nas obras de redefiniram o gênero terror/horror moderno.

A Hora do Pesadelo (1984)

As vítimas em filmes de terror/horror moderno podem ser dividias em dois grupos, as antes e depois de Freddy Krueger. Antes de A Hora do Pesadelo, ou as vítimas sofriam uma morte sangrenta pelas mãos de um ser humano mentalmente instável ou eram atormentadas por algum tipo de criatura sobrenatural. O filme chegou e quebrou a barreira entre realidade e fantasia. A ideia de que Freddy só pode atacar suas vítimas em outro plano, facilitou o retorno do personagem para outros filmes da franquia justamente porque tornava seu retorno algo totalmente aceitável por parte do público.

O conceito pode até não soar tão original, mas é importante lembrar que, dentro do terror/horror moderno, o filme foi o pioneiro e, portanto, copiado exaustivamente.

2 – Tubarão (1975)

Como diria Jack Black em O Amor Não Tira Férias: “BA BAM! Duas notas e temos um vilão”. Simplesmente genial! Uma criatura imparável que, sem nenhuma razão, mata todos em seu caminho. Aquele que tiver a coragem de dizer que esse filme não faz parte do gênero, mande-a assistir tudo novamente.

Tubarão basicamente criou um gênero inteiro: monstros gigantes comendo pessoas. Sim, colocado a grosso modo nem parece tão interessante assim, porém, o filme não apenas criou um subgênero, mas como também influenciou os que vieram depois.

O filme nos mostra um vilão que não é humano, não é sobrenatural e não é monstro. O que nos resta então? Um animal! Um animal totalmente real, que de fato existe no mesmo planeta que nós. Embora tenha sido por acidente, retratar o predador como uma criatura que está sempre dentro da água, se locomove de maneira rápida e chega silenciosamente em suas vítimas, foi decisivo para o filme brilhar.

3 – Bruxa de Blair (1999)

Goste ou não, esse filme precisa está na lista. Quando A Bruxa de Blair chegou aos cinemas em 1999, muitos espectadores não sabiam como digerir o que estavam vendo. A filmagem ao melhor estilo “vídeo encontrado” despertou dúvidas sobre até que ponto o filme era mentira: câmera tremida, closes exagerados, narizes escorrendo, um grupo de jovens em busca de aventura, tudo parecia real demais para ser apenas um filme.

A Bruxa de Blair definiu o que chamamos hoje de found footage, além de muitos aspirantes a cineastas aplicarem a técnica em seus projetos, grandes produções como Cloverfield também já compartilharam da ideia. Atualmente, esse é um dos métodos mais baratos de realizar um filme terror e, sabendo fazer, ainda sai coisa boa.

4 – Massacre da Serra Elétrica (1974)

Embora Halloween tenha fincado o gênero de vez na cultura cinematográfica, foi o Massacre da Serra Elétrica que definiu o que viria a ser slasher: brutal, horripilante e, algumas vezes, inspirados em fatos reais. Apesar do filme ter ganhado vários remakes e prequel, nenhum deles chegou perto do que foi o horror original. Combinar tensão, ferocidade, sangue e, principalmente, realidade em um lugar só, ou melhor, em um personagem só, não era nada comum.

5 – Alien (1979)

“No espaço, ninguém pode ouvir você gritar”. Antes de Alien havia filmes de ficção científica com monstros gigantes, mas nunca um filme de terror sobre eles. O filme trouxe uma renovação para o horror dentro da ficção científica, é graças a ele que temos filmes como Enigma do Horizonte e Pandorum.

Alien ainda foi além, ele também redefiniu o jeito que as mulheres eram apresentadas em filmes do gênero: sempre indefesas e um zero à esquerda. No filme, Ellen Ripley (Sigourney Weaver) é uma mulher forte, independente e decidida, características que se fortalecem com as continuações.

6 – O Iluminado (1980)

Stanley Kubrick provou que filmes de terror/horror não precisam, necessariamente, terem um assassino em série, mortes rápidas e lugares escuros, apenas de técnicas puras de cinemas e o tom de música certa para fazer o público se assustar.

Usando longos rolos de filmes, o diretor usou e abusou de diferentes ângulos de câmera e fez bom uso dos diálogos. Ele conseguiu transmitir o assustador senso de isolamento do hotel ao sempre enfatizar os três membros da família estão reunidos. Todo o horror do filme é construído devido a excelente exploração da linguagem cinematográfica.

7 – Pânico (1999)

Sim, ele pode até ser motivo de risos para algumas pessoas, mas Pânico foi responsável de levar de volta as salas de cinema espectadores que gostavam do gênero. O filme veio em um época que as pessoas já estavam cansadas de acompanhar uma sequência atrás da outra de filmes slashers, como Halloween e Sexta-feira 13. Pânico introduziu uma nova cara ao gênero.

Primeiro de tudo, o diretor Wes Craven fez questão de que os personagens do filme tivessem consciência de clássicos do terror que vieram antes dele. Resumindo, Pânico nada mais é que um incrível metalinguagem. Um filme de horror que fala sobre outros filmes do gênero e ainda sofre do mesmo carma que eles. É genial.

O filme trabalha muito com as “regras” que são impostas por outras obras do gênero. É tanta referência a outros filmes do meio que até mesmo o assassino, entre uma provocação aqui e uma morte ali, também entra na onda e faz citações aos clássicos.

A história do cinema de terror/horror não acaba por aqui, mas é o que temos para hoje. Gostaram da lista? Já assistiram todos os filmes listados? De qualquer forma,, o importante é o gênero continuar se renovando e tentar trazer sempre o melhor para os espectadores.

Lembrando que nosso intenção não é de impor verdades, desrespeitar e nem ofender ninguém, nosso intuito é apenas de informar, instigar e entreter mentes curiosas.

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