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7 filmes que sofreram mudanças importantes no último minuto

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Desenvolver um filme não é uma tarefa fácil. Decisões detalhadamente planejadas na pré-produção; execução das gravações segundo o cronograma planejado; e até retoques finais na pós-produção. Nesse processo há muitos imprevistos com os quais estúdios, executivos, cineastas, atores e equipe técnica tem de lidar. Embora muitos problemas sejam facilmente solucionados, ainda mais se o trabalho em equipe for eficiente, outros se mostram fora de controle. Por exemplo, a atual paralisação cinematográfica ocasionada pela pandemia de coronavírus. No entanto, enquanto Hollywood ainda está pensando em formas de contornar essa crise ou apenas exercitando a paciência, resolvemos relembrar alguns filmes que sofreram importantes alterações no último minuto. Logo abaixo você pode conferir os títulos que foram modificados e o porquê dessas mudanças.

7 – Tubarão (1975)

Considerado um dos primeiros blockbusters da história do cinema, felizmente Tubarão conseguiu uma boa bilheteria. Algo extremamente conveniente, visto que o orçamento do filme foi quase o dobro do estipulado. O suspense é uma das características mais marcantes do longa. Sendo assim, chega a ser estranho imaginar que o elemento tenha sido resultado de falhas técnicas. Acontece que, embora tenha planejado trabalhar com tubarões mecânicos, Steven Spielberg teve de lidar com o mau funcionamento dos mesmos. Além disso, o tubarão mecanizado parecia um tanto quanto falso. Sendo assim, o diretor optou por manter o antagonista oculto na maior parte do tempo. Posteriormente, Spielberg chegou a dizer que os problemas com o tubarão mecânico foram “uma dádiva de deus”.

6 – Se7en: Os Sete Crimes Capitais (1995)

David Fincher lidou com diversas interferências do estúdio em Alien 3. Contudo, posteriormente, o cineasta também teve de lutar fervorosamente para que o New Line Cinema não arruinasse seus planos para Seven. O final mostra o detetive David Mills (Brad Pitt) matando o vilão John Doe (Kevin Spacey), ironicamente completando o ciclo de crimes capitais idealizado por Doe. Sem dúvidas, é um desfecho poético, sombrio e satisfatório.

No entanto, tanto o estúdio quanto Pitt, lutaram bastante para alterar esse final. Em suma, ambos os lados sugeriram finais alternativos. Só para ilustrar, ideias defenderam que a esposa de Mills deveria ter sobrevivido e que sua cabeça decepada deveria ter sido substituída pela de um cachorro. Além disso, também houveram sugestões de que Mills assassinasse seu parceiro, Somerset (Morgan Freeman), em um acesso de ira. Felizmente, Fincher foi firme em sua decisão e sua única concessão foi adicionar a citação de Ernest Hemingway no final.

5 – Meu Malvado Favorito 2 (2013)

Embora Benjamin Bratt tenha feito um excelente trabalho ao assumir o papel de Eduardo, originalmente Al Pacino havia sido escalado para viver o vilão. Entretanto, aparentemente, “diferenças criativas” ocasionaram essa substituição. Apesar de não haverem detalhes sobre o que motivou essa troca, rumores apontam uma desistência por parte de Al Pacino. A crença comum sugere que ele concluiu que sua representação como Eduardo era ofensiva aos mexicanos e exigiu que fosse excluído do corte final. Surpreendentemente, Bratt conseguiu sincronizar perfeitamente sua performance com os movimentos bucais já realizados de Pacino.

4 – O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel (2001)

A produção do primeiro filme da trilogia O Senhor dos Anéis começou ainda em 1999. Assim, durante a escalação de intérpretes, Peter Jackson acabou selecionando Stuart Towsend para o papel de Aragorn. Todavia, após passar dois meses treinando para viver o personagem e estando há poucos dias do início das filmagens, Towsend foi substituído. De acordo com o WhatCulture, Jackson percebeu que o ator de 26 anos era um tanto quanto jovem para interpretar o rei de 87 anos.

Em seguida, o diretor teve de se apressar para encontrar um novo Aragorn, chegando a oferecer o papel para Daniel Day-Lewis. Contudo, no fim, Viggo Mortensen aceitou o trabalho, a pedido de seu filho. Surpreendentemente, apesar de não ter tido tempo suficiente para se preparar, Mortensen apresentou uma das melhores performances da franquia. Nem parece que ele leu o roteiro durante seu voo para a Nova Zelândia e recebeu apenas um curso intensivo de esgrima ao chegar no set de gravações.

3 – A Outra História Americana (1998)

O drama estrelado por Edward Norton passou por uma situação conturbada na pós-produção. Em suma, o diretor Tony Kaye teve problemas com a New Line Cinema. Sim, o mesmo estúdio citado no caso de Seven. Aparentemente, ambas as partes discordaram quanto ao corte final do filme. Aliás, a situação ficou tão crítica que Kaye chegou a pedir que seu nome fosse substituído por Humpty Dumpty – um personagem infantil – nos créditos finais. Todo esse desentendimento se deu porque Kaye queria que o protagonista terminasse retornando às suas raízes neonazistas após a morte de seu irmão. Assim, a cena final incluiria o mesmo raspando a cabeça. Entretanto, imaginando que esse desfecho trairia toda a evolução do personagem principal, o estúdio optou por ignorar o corte do diretor.

2 – Liga da Justiça (2017)

Ao contrário da Casa das Ideias, a DC não conta com muita consistência em seu universo cinematográfico. Coincidentemente, assim como alguns dos casos citados acima, grande parte disso se deve à interferência do estúdio nos planos do diretor. Como resultado disso, Liga da Justiça, uma produção completamente idealizada e desenvolvida por Zack Snyder sofreu diversas alterações nas mãos de Joss Whedon.

Os filmes do DCEU são constantemente comparados aos do MCU e criticados por sua atmosfera sombria. Então, a Warner Bros. acreditou que seria uma boa ideia contratar um ex-diretor de Vingadores para dar um tom cômico e leve à produção. Pois bem, o tiro saiu pela culatra. Liga da Justiça foi um completo fiasco crítico e financeiro. Não temos como saber se a interferência de Whedon ajudou o prejudicou ainda mais o longa. Contudo, uma boa forma de descobrir seria com a liberação do Snyder Cut. Infelizmente, esse parece um sonho distante.

1 – As Aventuras de Pi (2012)

Apesar de Yann Martel não ser um dos personagens mais memoráveis de As Aventuras de Pi, ele é o narrador da história, o que o torna extremamente significativo. Contudo, mesmo sendo responsável por nos transmitir os acontecimentos, Martel não ofusca Pi Patel, o protagonista. Seguindo essa premissa, Ang Lee, diretor do filme, acabou voltando atrás em sua decisão de escalar Tobey Maguire, nosso eterno Homem-Aranha, como Martel. Segundo o cineasta, durante a pós-produção, ele se deu conta de que Maguire era o único ator “extremamente reconhecível” em todo o longa. Logo, mais de seis meses após o término das filmagens, Maguire foi substituído por Rafe Spall.

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