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7 formas de alcançar a vida após a morte, segundo diferentes períodos da história

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As culturas e religiões presentes pelo mundo costumam ter diferentes visões sobre o que acontece após a morte. Para algumas, a vida tem fim exatamente no momento em que o corpo morre. Mas para outras, nossa forma espiritual pode continuar vivendo em algum plano desconhecido. A questão é que desde o início dos tempos, a humanidade se faz esse tipo de questionamento.

A maior dúvida que temos em relação a esse fenômeno é na verdade, o que seria preciso para alcançar a vida após a morte. Haveria alguma forma específica de fazer isso? Ao longo da história a humanidade tentou encontrar respostas para isso. Cada cultura tinhas suas próprias práticas para tentar intermediar o pós-vida do falecido. Pensando nisso, nós aqui da Fatos Desconhecidos separamos abaixo algumas formas de alcançar a vida após a morte em diferentes períodos da história. Confere aí!

1 – Retratos no caixão

Esta era uma prática bastante popular na Lituânia, entre os séculos 17 e 18. Assim que a pessoa morria, um retrato bastante realista do morto deveria ser colocado sobre seu caixão. Dessa forma, eles pretendiam dar a impressão de que o morto participava do próprio velório, olhando para aqueles que participassem do evento. Ao olhar para o caixão, era apenas como se o falecido estivesse imobilizado durante algum tempo. No entanto, o retrato deveria ser retirado para o enterro.

Tal prática representava a intemporalidade do corpo espiritual, que seria elevado à ressurreição durante o Juízo Final. Mas vale lembrar que a qualidade dos retratos dependiam, na maioria das vezes, da condição social da pessoa. Se ela fosse rica, era natural que a qualidade fosse melhor.

2 – Estradas de cadáveres

Na Idade Média, era bastante comum que as igrejas tivessem maior zelo por seus membros paroquiais. Dessa forma, sempre que algum deles morria, a igreja estava determinada a enterrá-los no cemitério da igreja. Faziam isso porque julgavam ser o caminho correto, mas também porque receberiam dinheiro com o velório.

No entanto, as aldeias ficavam cada vez mais distante da igreja, fazendo com que o transporte dos corpos fosse bem mais caro que o desejado. Encontraram então uma solução: enterrariam todos os membros falecidos em uma estrada que ficasse entre a paróquia e a aldeia. Era comum acreditarem na vida após a morte, mas não quer dizer que era algo que queriam que acontecesse.

Na verdade, tentavam impedir que os espíritos retornassem. Acreditavam que após a morte, o espírito não seria capaz de andar entre encruzilhadas ou atravessar rios. Então sempre escolhiam uma estrada de difícil acesso e que preferencialmente, tivesse um rio passando por ela. Enterrar a pessoa com os pés virados para o lado contrário de onde era sua casa, também era uma boa opção.

3 – Totenpass

Também chamado de “passaporte dos mortos”, trata-se de pequenos comprimidos inscritos, ou folhas de metal que continham segredos do pós morte. Normalmente, eram enterrados com o morto, para que quando seu espírito se levantasse, pudesse ter acesso aos escritos. Muitos objetos do tipo foram encontrados e acredita-se que tenham feito parte do culto chamado Orfismo e também de antigas religiões semitas e egípcias.

As inscrições continham dicas para que os mortos evitassem perigos, dizia a direção que deveriam seguir e até mesmo as respostas que deveriam dar aos “juízes do submundo”. Quando em forma de folhas de metal, eram enrolados no pescoço do  morto como se fosse um medalhão. Quando em forma de comprimido, eram colocados dentro de sua boca.

4 – Kkoktu

Esta é a palavra usada para caracterizar bonecas funerárias coreanas. Feitas de madeira e geralmente pintadas com tintas vibrantes, eram usadas para adornar os caixões. Ao contrário do que costumamos ver em velórios, elas representavam alegria, pois era assim que os familiares dos falecidos queriam que eles entrassem no próximo mundo. Seu uso era feito tanto entre os ricos, quanto entre os pobres.

Essas figuras eram usadas como mediadores entre os mundos. Serviam para direcionar os espíritos do falecido para o mundo seguinte, da melhor forma possível. Eram encaixadas em um quadro acima do caixão, como e ficassem prontas para auxilar o morto assim que despertasse.

5 – Kulap

Os Kulaps eram figuras feitas normalmente de calcário ou de giz, utilizadas durante os antigos rituais funerários no sul da Nova Irlanda em Papua Nova Guiné. Eles serviam como uma espécie de “morador temporário na Terra para o falecido”, que impedia o espírito da pessoa morta de sair do corpo e vagar pela aldeia, evitando também que danos fossem causados aos vivos.

Dessa forma, sempre que um homem ou mulher de melhores condições financeiras morria, um parente masculino da família deveria fazer uma viagem em busca de um Kulap. Assim que o parente retornava, deveria levar a imagem ao líder local, que o abençoaria e colocaria junto a outros Kulaps. Assim que o funeral era finalizado, a imagem não era mais necessária e então era retirada do santuário e esmagada.

6 – Amuletos funerários

No Egito Antigo, era muito comum que as pessoas usassem amuletos como forma de proteção, tanto na vida quanto na morte. Muitos deles eram colocados nas múmias, sendo que alguns poderiam ser colocados em qualquer lugar, enquanto outros tinham um local pré-definido.

O mais famoso desses amuletos foi o Escaravelho do Coração, que era colocado por cima do coração do falecido, na intenção de protegê-lo de ser separado de seu corpo no submundo. Quando a pessoa tivesse que retornar à vida, ela precisaria estar com seu coração no corpo, era algo extremamente importante.

7 – Milho

Para os maias, o mundo após a morte, chamado por eles de Xibalba, era inevitável e um lugar de completo terror, com deuses sanguinários. Acreditavam que não havia forma de escapar, visto que a natureza humana é realmente cheia de pecados. Na verdade, fugir de Xibalba só era possível caso você sofresse uma morte violenta.

Em sua cultura, os falecidos eram enterrados com milho na boca, que serviria de alimento para que conseguissem enfrentar a árdua jornada no mundo pós-morte, significando também o renascimento da alma. Não é de se estranhar que este tenha sido o alimento escolhido para representar algo tão importante, já que a culinária daquele povo era baseada em milho, abóbora e feijão.

E então pessoal, o que acharam? Já conheciam tais teorias sobre como alcançar vida após a morte? Compartilhem suas ideias com a gente aí pelos comentários!

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