7 governos mais curtos da história

No passado, não existia governos democráticos como existem hoje, com um período pré-estipulado para durar. Estamos falando de uma época onde a única maneira de se governar era nascendo na família certa ou tomando o trono à força. Nesse cenário de luta de poderes, ser rei era além de tudo, muito arriscado. A partir do momento em que um governante assumia o trono, a sua vida e reinado estavam em perigo.

Muitos sobreviveram. Alguns chegaram a construir impérios e dinastias e viveram por muito tempo enquanto aproveitavam a vida boa de um líder. Em contra partida, outros não obtiveram o mesmo êxito ou sorte. Foram vários os governantes que só conseguiram manter o poder por alguns dias, outros menos do que isso, chegando a governos de horas. Isso marcou a história com trágicas histórias de governantes que morreram jovens demais para aproveitar o poder. Confira a seguir, 7 governos mais curtos da história.

1 – Príncipe Milan Obrenovic II

O governo do príncipe Milan Obrenovic II durou apenas 26 dias. Para todos efeitos ele governou a Sérvia por menos de um mês, mas de acordo com os relatos da época, ele nem sabia que estava no poder. Isso porque desde sempre o garoto viveu doente, era como se fosse uma maldição familiar. Ele era o sexto filho de seus pais, mas o primeiro que sobreviveu a infância. Quando completou 20 anos ele estava completamente acamado, mas para os pais que já haviam perdido cinco filhos, ele era um milagre. Quando seu pai abdicou ao trono em 1839, ele nomeou o filho doente a governante de Sérvia. Mas Milan que estava morrendo de pneumonia nem sequer entendeu que era o rei de seu país.

2 – Górdio I e Górdio II

Em 238 d.C, Roma viu seis imperadores assumirem o trono, e cinco deles caírem. Todos governos foram breves, mas nenhum como o de Górdio I e Górdio II, homens que governaram o império como pai e filho. Górdio I insistiu que seu filho governasse com ele, como seu braço direito, embora o senado não concordasse. Quando ele se tornou imperador, ele se recusou a governar sem o filho E como ele já tinha 80 anos e era o imperador, ele tinha o poder para decidir isso. No entanto, sua decisão acabaria custando a vida do filho. 21 dias depois que os dois assumiram o governo de Roma, um exército rebelde atacou Górdio II e o assassinaram. Ao saber da morte do filho, Górdio se suicidou.

3 – Lady Jane Grey

Lady Jane Gray jamais esperava se tornar rainha. Ela era apenas uma menina de 15 anos na época, prima do rei e apenas a quarta na linha de sucessão ao trono. No entanto, quatro dias após a morte do rei Eduardo VI, em 1553, ela foi nomeada rainha da Inglaterra. O trono deveria ser passado a irmã do rei, Mary, mas como ele era um protestante devoto, ele jamais deixaria sua irmã católica assumir o poder. Então, antes da sua morte, ele deixou um testamento nomeando Jane Gray como sua sucessora. Sua escolha acendeu uma faísca, que levaria a Inglaterra ao caos. Nove dias após a coroação, Lady Jane Gray foi presa por alta traição, incitada por Mary e foi condenada a ser “queimada viva”.

4 – Dipendra do Nepal

Um dos governos mais curtos da história aconteceu recentemente, há apenas 19 anos atrás. O breve reinado de Dipendra do Nepal, o menino rei que massacrou a própria família. No dia 1 de junho de 2001, Dipendra teve uma discussão com o pai durante uma festa, porque a família estava tentando desencorajá-lo a se casar com a mulher que ele amava. Ele saiu da festa e voltou logo em seguida, armado com várias armas automáticas. Dipendra assassinou seu pai, sua mãe, seu irmão, sua irmão e mais outros cinco membros da família real. Depois do massacre, ele atirou na própria cabeça. No fim das contas, seu governo durou apenas 3 dias.

5 – Sultão Sayyid Khalid bin Barghash

O sultão de vida mais curta de Zanzibar também viu seu reinado ter um fim, durante a guerra mais curta da história. Era 25 de agosto de 1896, quando Sayyid Khalid bin Barghash assumiu o trono de Zanzibar. E logo em seguida, ele recebeu uma ordem de renunciar. Ele era visto pelo Império Britânico como um governante difícil, e por isso ele deveria renunciar. Dois dias depois, a Marinha Britânica estava do lado de fora de seu palácio, ordenando que ele deixasse o cargo. Eles deram até 9:00 do dia 27 de agosto, para ele sair ou o palácio seria destruído. Quando Sayyid se recusou a sair, os britânicos abriram fogo contra o palácio. Durou 38 minutos o bombardeiro, matando 500 pessoas, inclusive o sultão. Essa foi a guerra mais curta da história que terminou com um dos reinados mais curtos.

6 – Czar Miguel II

Michael II acordou no dia 15 de março de 1917, com a notícia de que seu irmão havia abdicado o trono e o nomeado czar. A essa altura, a Revolução Russa já estava em andamento, e Michael sabia que nenhum imperador iria durar muito. Então, ele fez o impensável: desistiu do trono. Ele declarou que só tomaria o poder, se fosse eleito por sufrágio universal. Ele deixou o cargo 16 horas após ser proclamado czar e esperava ter uma vida simples, o que não aconteceu. Ele foi preso logo depois de abdicar ao trono e ficou em prisão domiciliar por um ano. Até que, em 12 de junho de 1918, um membro da Polícia Secreta invadiu a sua casa e o assassinou.

7 – Imperatriz Yuan

Não se tem informação sobre o nome completo da imperatriz Yuan. Mas o que se sabe sobre ela, é que ela era a única filha do imperador Xiaoming, e que, por algumas horas em 528 d.C, ela governou a China. Na verdade, ela sempre foi uma marionete no jogo da avó. Quando ela nasceu, seu pai já estava com problemas de saúde, e sua avó, a imperatriz Dowager Hu, estava determinada a fazer o que fosse necessário para permanecer no poder. Tanto que ela chegou a dizer que o bebê era, na verdade, um menino. A imperatriz Yuan tinha apenas 50 dias de vida, quando seu pai morreu e ela foi nomeada governante. Mas cerca de 5 horas depois, sua avó a substituiu por outra criança que ela poderia controlar, um menino chamado Yuan Zhao.