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7 histórias terríveis de prisões e campos de concentração

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Com o fim da Segunda Guerra Mundial, o comunismo acabou se espalhando para além das fronteiras da Rússia. A ideologia política e socioeconômica chegou à Europa Oriental e Central, à América Latina e Ásia Oriental. Mesmo que nem todos os Estados comunistas seguissem as mesmas regras, cada um deles se estabeleceu como uma ditadura totalitária. A maioria deles tinha sistemas de “reeducação” nos quais os seus prisioneiros políticos, criminosos e cidadãos comuns eram submetidos à terríveis torturas físicas e mentais em suas prisões.

Alguns desses sistemas penais rigorosos, como os gulags – campos de trabalhos forçados – da União Soviética, são bastante conhecidos no Ocidente. Outros, no entanto, foram esquecidos. Infelizmente, alguns Estados comunistas atuais ainda praticam os horrores cometidos naquela época. Para se ter uma noção dos terríveis acontecimentos nessas prisões, selecionamos algumas histórias que relatam essas torturas.

1 – S-21

Em 1960, foi formado no Camboja o Partido Comunista do Kampuchea, da união entre dois grupos étnicos, o Saloth Sar e o Nuon Chea. O grupo ficou mais conhecido pelo seu nome em francês, chamado de Khmer Vermelho, e o seu líder assumiu o nome de Pol Pot. O presídio de S-21, localizado em Phnom Penh foi uma das principais prisões do Camboja. Acredita-se que cerca de 30 mim prisioneiros foram detidos no S-21, e aproximadamente 12 mil deles foram assassinados.

Anos depois do fechamento da prisão, os métodos de tortura usados foram revelados. Entre as várias táticas de tortura, incluíam espancamentos com paus, choque elétrico, sufocamento com sacolas plásticas e afogamento usando toalha e água. Fios elétricos também eram usados para chicotear os prisioneiros. As mulheres eram estupradas entre outras agressões físicas e sexuais.

Alguns ex-membros do Khmer Vermelho admitiram que o objetivo das torturas era coletar confissões e informações dos presos, mas que algumas vezes, as torturas eram feitas apenas para o prazer pessoal dos soldados. No total, o regime de Pol Pot matou aproximadamente 2 milhões de cambojanos.

2 – Acampamentos no Vietnã

Com a bem sucedida aquisição do Vietnã do Sul pelo Vietnã do Norte, em 1975, os comunistas se estabeleceram e implantaram campos de reeducação brutais por todo o país. No total, estima-se que 2,5 milhões de pessoas foram presas somente em 1975, com a promessa de um novo governo. Os acampamentos eram projetados para forçar os presos a trabalharem por dias, em condições primitivas. Entre os anos de 1975 e 1990, acredita-se que 165 mil vietnamitas morreram em condições terríveis de trabalho.

3 – Gulags de Lenin

Vladimir Lenin foi o primeiro governante comunista da Rússia. Durante o seu governo, Lenin expandiu o antigo sistema czarista das prisões siberianas e as transformou no “arquipélago gulag”. Em 1920, havia cerca de 84 campos de trabalho e prisão em toda a Rússia. No ano seguinte, o sistema já havia se expandido para mais de 300. O Estado soviético usava os campos de trabalho para modernizar o país às custas do trabalho escravo dos seus prisioneiros. As condições insalubres levaram à milhares de mortes devido à doenças, enquanto que a fome e o excesso de trabalho ceifavam o restante. Milhares de homens morreram trabalhando para construir fábricas e ferrovias.

4 – Campo de trabalho de Belene

O campo de trabalho de Belene funcionou de 1949 até 1989. O nome Belene estar diretamente associado aos horrores do Holocausto nazista não é por engano. O acampamento na ilha de Belene recebeu milhares de presos políticos de ambos os sexos. Durante a década de 1950, centenas de presos morreram de desnutrição e exaustão devido ao trabalho forçado. Os prisioneiros eram obrigados a fazer todo o tipo de trabalho manual, recebendo quase nada de água e comida. Aqueles que eram pegos violando as regras do acampamento eram jogados ao mar para congelar até a morte. Os outros, que se recusavam a se converter a ideologia imposta, eram torturados por dias até a morte.

5 – Campos de Concentração de Castro

O termo “campo de concentração” não surgiu na Alemanha nazista durante o Holocausto, como algumas pessoas acreditam. Originalmente, o termo remete aos campos administrados pelos espanhóis adeptos da independência cubana. O estado comunista de Fidel Castro foi o responsável pela introdução dos campos de concentração de Cuba, em 1965. Sob o nome de Unidades Militares de Ajuda à Produção (UMAP), o governo de Castro começou a forçar todos os suspeitos de atividades “contra revolucionárias” a esses campos. Nas unidades da UMAP, a tortura, a humilhação e estupro eram práticas cotidianas. Práticas essas que levaram muitos presos a se suicidarem para evitarem a tortura.

O governo alegava que o objetivo desses acampamentos era “reeducar” os cubanos, de forma que todos aqueles considerados ideologicamente próximos dos Estados Unidos e do Ocidente fossem submetidos aos trabalhos forçados. Outro grupo, que estava na mira do encarceramento, eram os homossexuais, que eram considerados uma “escória” e que não mereciam usufruir dos mesmos direitos que os heterossexuais.

6 – Gulags de Stalin

Joseph Stalin foi considerado um dos líderes comunistas mais terríveis de todos os tempos. Entretanto, foi creditado por transformar a Rússia em uma grande potência, Stalin fez isso matando milhões de pessoas por excesso de trabalho, fome e execução. Sobreviventes dos gulags de Stalin, como o escritor Varlam Shalamov, escreveram livros onde relatam as condições desumanas e as barbáries sofridas pelos prisioneiros nos gulags. Danzig Baldaev trabalhou como guarda do gulag durante anos, ele esboçou imagens da realidade que presenciou durante esses anos. Nessas imagens, incluem retratos de alimentação forçada, decapitações, inserção de ferros de solda nos órgãos genitais dos presos, abuso sexual de mulheres e crianças.

7 – O experimento Pitesti

Os acontecimentos na Romênia, entre 1949 e 1951, foram tão terríveis, que chocaram até os oficiais soviéticos mais endurecidos. Conhecido como o experimento Pitesti, os experimentos de reeducação foram conduzidos dentro da prisão Pitesti. Os responsáveis pela horrendas práticas de tortura foram Ana Pauker e Eugen Turcanu. Juntos, eles usaram a prisão como um laboratório para criar novos comunistas.

Como forma de tortura, eles forçavam os presos que não renunciaram a sua fé cristã a tomarem a “comunhão” feita à base de matéria fecal. Os prisioneiros eram forçados a colocarem as mãos em urinóis cheios de urina. Os sacerdotes e cristãos eram “batizados” todas as manhãs com urina e matéria fecal. Suas cabeças eram mantidas dentro de baldes podres a ponto de quase os afogarem. A tortura se estendia para longos períodos de confinamento solitário. Em outros casos, os presos eram obrigados a comer de joelhos no chão e mãos amarradas nas costas. Por vezes, eles eram forçados a comer o excremento uns dos outros. E até eram encorajados a cometer suicídio.

E você, o que achou dessas histórias? Qual a mais chocante? Conta para a gente nos comentários.

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