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7 maiores controvérsias e polêmicas pelas quais a Netflix já passou

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A Netflix chegou de fininho e, com o tempo, conseguiu revolucionar a cultura pop. Algumas pessoas não sabem, porém, inicialmente, o serviço era semelhante ao das antigas locadoras. Fundada em 1997, a empresa entregava via correios os DVDs escolhidos pelos clientes online. Ela viria a trabalhar com streaming apenas dez anos mais tarde, em 2007.

A princípio, o serviço estava apenas nos Estados Unidos, expandindo para o Canadá três anos depois. Em 2011, a Netflix chegou na América Latina e não parou mais de expandir. A plataforma caiu no gosto do público, principalmente pela praticidade de seu serviço. Há dois anos, a empresa anunciou que investiria mais em conteúdos originais. Seu objetivo é ficar com 50% do catálogo com produções próprias. Um plano que tem colocado mesmo em prática, mas não sem se envolver em algumas polêmicas pelo caminho.

A empresa já foi alvo de críticas sobre desigualdade salarial, assédio sexual, distorção histórica e irresponsabilidade social. A seguir, comentamos algumas controversas situações pela qual a empresa passou recentemente.

1 – A retratação do suicídio em 13 Reasons Why

A série foi a produção original mais polêmica de 2016. Na história, Hanna Baker é uma adolescente que comete suicídio. No entanto, antes de tirar a própria vida, ela grava 13 fitas cassete e as direciona para as 13 pessoas que foram responsáveis por sua decisão.

A intenção do programa era alertar o público sobre os riscos e consequências da saúde mental. Contudo, várias pessoas acreditaram que a série romantizou o suicídio, abordando o tema de forma irresponsável, além de encobrir assuntos como depressão e estresse pós-traumático.

2 – O escândalo com Kevin Spacey

Kevin Spacey foi do prestígio à lama da noite para o dia. Tudo começou depois que o ator Anthony Rapp revelou que havia sofrido assédio sexual de Spacey a cerca de trinta anos atrás. A partir de então, seu nome não saiu mais das manchetes, pois mais pessoas apareceram para acusar o ator de assédio (e outras coisas mais).

Na época, ele ainda estava envolvido com House of Cards e, como consequência, as pessoas começaram a pedir que a Netflix tirasse o ator da série. Depois de um tempo, a empresa se pronunciou e informou que havia, de fato, demitido Kevin Spacey e a série iria para sua última temporada sem Frank Underwood.

3 – Sem grandes prêmios

Há poucos dias, Thierry Fremaux, diretor do Festival de Cannes, comunicou que as produções da Netflix ficarão impossibilitadas de concorrer em qualquer categoria do evento. Isso porque a empresa se recusa a lançar seus filmes no cinema.

Fremaux comentou que, ao abrir espaço para Okja e The Meyerowitz Stories no festival em 2017, ele pensou que a convenceria de liberar suas obras para exibições nas salas de cinema. No entanto, nada feito. Como resposta, o diretor disse que ela poderá ter seus filmes exibidos em Cannes, mas não participará de qualquer premiação.

4 – Desigualdade salarial em The Crown

Recentemente foi informado que a atriz Claire Foy recebeu bem menos que seu colega de elenco Matt Smith para fazer The Crown durante duas temporadas. A descoberta gerou muitas críticas negativas a empresa. Isso porque a série é sobre a Rainha da Inglaterra Elizabeth II, interpretada por Foy. Ou seja, ela era a série!

Enquanto isso, Smith viveu o Príncipe Philip que, na série, era o coadjuvante. O assunto se tornou ainda mais polêmico por causa do movimento #TimesUp iniciado em Hollywood, que visa igualdade salarial e representativa para as mulheres dentro da indústria.

5 – Cada vez menos opções no catálogo

A empresa tem colocado em prática seu plano de ter um catálogo com metade das produções originais. No entanto, em paralelo a isso, ela também tem diminuído cada vez mais sua biblioteca digital. As opções de filmes e séries no Brasil já são bem menores do que de outros países, especialmente dos Estados Unidos e algumas regiões da Europa. Assim, reduzir ainda mais o número de obras tem deixado os assinantes bastante insatisfeitos. Parte das reclamações pedem por mais diversidade nos títulos que dificilmente mudam.

6 – A demora no caso Danny Masterson

O mega escândalo envolvendo o produtor Harvey Weinstein desencadeou uma série de acusações sobre assédio sexual e estupro dentro de Hollywood. Muitas mulheres se sentiram mais apoiadas e incentivadas a delatar seus agressoress. Danny Masterson era um dos protagonistas da série The Ranch e, na época, foi acusado de estupro por quatro mulheres. Mesmo depois das denúncias, o ator permaneceu no elenco das filmagens da terceira temporada da série. Eventualmente, ele foi demitido, mas o público precisou fazer muita pressão para a Netflix enfim se posicionar.

7 – Controvérsia política com O Mecanismo

O Mecanismo é a segunda série brasileira produzida pela Netflix. O programa estreou na última semana e conta com Selton Mello no elenco. A história aborda as investigações da Operação Lava Jato, na qual a Polícia Federal apurou provas do maior esquema de corrupção do Brasil. Contudo, a série gerou enorme polêmica entre o público. Por um lado, muitas pessoas alegaram que José Padilha – diretor e produtor da série – distorceu boa parte dos fatos verídicos, chegando a atribuir frases reais a outros personagens. Pablo Villaça, crítico e diretor do site Cinema em Cena, se posicionou a respeito do caso e, como se fosse o estopim do caso, comunicou em sua rede social que cancelaria sua assinatura.

Até o fim daquele dia, o assunto havia rendido muito mais que o esperado. Outras pessoas aderiram ao boicote e também cancelaram suas contas. Por outro lado, muita gente considerou o ato extremista, uma vez que basta não assistir a série se não concorda com ela. No final das contas, a discussão se tornou uma guerra política, com pessoas com e sem partido trocando ofensas e defendendo ou atacando a série de José Padilha e a própria Netflix.

Lembra de mais alguma polêmica que a Netflix tenha se envolvido? Comente com a gente o que você acha sobre esses casos.

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