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7 maiores mentiras que séries médicas ensinam

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Mesmo inspiradas na vida real e em acontecimentos cotidianos, os filmes e séries de televisão são obras de ficção. Por isso, nem tudo o que é retratado ou ensinado ali pode ser levado como verdade absoluta. Claro que muitas coisas que acontecem nas séries condizem com a realidade, mas não se iluda.

Entre os vários gêneros de séries da atualidade, as com temáticas médicas atraem um enorme público. Séries como Greys’s Anatomy, que já está na décima quinta temporada, House, General Hospital e tantas outras são provas disso. Essas séries atraem o público por retratar o cotidiano de hospitais e o trabalho dos médicos. Em meio aos conflitos pessoais dos personagens, o foco é o que acontece na mesa de cirurgia. Mas se você perguntar os médicos reais, eles, com certeza, lhe dirão o quão imprecisas são essas séries de TV.

Então, reunimos aqui algumas das maiores mentiras que você vê em séries médicas e que estão longe de se parecer com a vida real dos hospitais.

1 – O uso do desfibrilador

Uma das cenas mais comuns nesses tipos de programa, é aquela em que o paciente chega sem batimentos cardíacos. Imediatamente, a equipe médica se prepara para usar o desfibrilador. O médico então pressiona aqueles dois equipamentos de metal no peito do paciente e uma carga de eletricidade é descarregada nele. Depois de algumas tentativas, o coração do paciente volta a bater e temos um final feliz.

Mas, na realidade, isso acontece um pouco diferente. Segundo o Dr. Michael Vagg, da Escola de Medicina da Universidade de Deakin, quando o paciente chega com um quadro de assistolia, que é quando o coração não está bombeando sangue é bem provável que não tenha volta, e nem o desfibrilador possa reverter a situação.

De acordo com o American Medical Resource Institute, o procedimento correto a se fazer em casos de assistolia é a reanimação cardiopulmonar (RCP) e uma dose de epinefrina a cada três ou cinco minutos. E diferentemente do que acontece nessas séries, na vida real, menos de 2% das vítimas de assistolia sobrevivem.

2 – Reanimação cardiorrespiratória

A reanimação cardiorrespiratória (CPR) de fato salva muitas vidas, mas a forma como é apresentada nessas séries é um tanto quanto irrealista. Na televisão, a CPR parece ser um procedimento simples e que salva vidas. Mas, de acordo com uma pesquisa divulgada no New York Times, apenas 40 por cento dos pacientes que recebem CPR depois de uma parada cardíaca, sobrevivem à reanimação imediata.

Sem contar que, na realidade, o procedimento de CPR pode resultar em costelas quebradas, danos cerebrais e pulmões machucados se o paciente sobreviver. O procedimento aparentemente simples é tão complexo que, de acordo com a NPR, os médicos tendem a se negar a fazê-lo devido aos riscos ao paciente.

3 – Transplante de órgãos

Quando nesses programas, o diagnóstico do paciente é que ele precisará de um transplante de órgãos o pânico e o terror se instauram entre os familiares. Claro, que a cirurgia para transplante não é algo simples, mas também não é o mais grave dos problemas. Segundo a LiveOnNY, uma organização de doação de órgãos sem fins lucrativos, a taxa de sucesso de transplantes é de 80 a 90%. Então, na realidade, essa cirurgia pode ser bem menos assustadora do que os programas de televisão fazem parecer.

4 – Rotina dos hospitais

Nessas séries de TV, parece que todos os médicos trabalham no mesmo período, compartilham o mesmo horário de almoço e terminam o expediente sempre juntos. Isso seria muito conveniente, mas não é assim que funcionam os hospitais de verdade.

Geralmente, os turnos de médicos e enfermeiras variam muito de semana para semana. Eles trabalham entre 8 a 12 horas dependendo do hospital, ou optam por “turnos duplos” de até 16 horas. Sem contar que alguém tem que estar de plantão 24 horas por dia, 7 dias por semana. Então, fica muito difícil pegar a mesma escala que o seu melhor amigo sempre.

5 – Os médicos sabem de tudo

Os médicos são inteligentes, e eles precisam ser, já que dedicam anos da sua vida estudando para exercer a profissão. Mas, mesmo que saibam de muitas coisas, seria impossível saberem de tudo. E todo mundo sabe que na medicina existem diversas áreas de especialização. Então não espere que um médico pediatra vá ter todas as respostas para diagnosticar um problema cerebral de um adulto. Diferentemente dos médicos retratados nesses programas, que são capazes de diagnosticar e curar qualquer doença. Vendo isso na TV, muitas pessoas assumem que qualquer médico possa tirar todas as suas dúvidas, o que não é totalmente verdade.

6 – Atendimento médico

Na televisão, os médicos estão sempre à beira do leito do paciente. É muito comum que estejam dando apoio emocional e tendo longas conversas sobre a vida e a morte. Quem dera na vida real também fosse assim. Tente passar a noite em um hospital e veja se consegue ter um médico no quarto por mais de cinco minutos. Na vida real, praticamente todo cuidado direto ao paciente é feito pelos enfermeiros. E quase sempre são eles que realmente conhecem e criam laços com os pacientes. O contato entre paciente e médico, geralmente, é muito rápido, e não há tempo para debates aprofundados sobre o que acontece após a morte.

7 – Comportamento

Alguns comportamentos dos médicos nesses programas podem ser levados como algo normal. Mas, na realidade, muitos deles poderiam levar à demissão ou perda da licença. Piadas de cunho sexual, brincadeiras que ridicularizam o paciente, ofensas, envolvimento sexual e coisas do tipo não acontecem na vida real com a mesma frequência que nesses shows. Até porque, na vida real, isso traria algumas consequências desagradáveis. Médicos que se comportam inadequadamente recebem advertências formais. Caso a medida não surta efeito, a atitude pode resultar em demissão. Em casos extremos pode levar até a perda da licença para praticar a profissão.

E você, o que achou desse paralelo entre a realidade e as séries de televisão? Conta para a gente nos comentários e compartilhe com os seus amigos.

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