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7 maneiras indiretas com que a guerra ao terrorismo está afetando você

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Todo mundo se lembra do 11 de setembro de 2001, quando um grupo de extremistas executou o maior massacre em solo americano da história. Aquele foi um dia histórico, não apenas pelo ocorrido, mas por tudo o que esse evento significava, tanto para os Estados Unidos, quanto para o mundo. Ali, se dava início a chamada “guerra ao terror”, onde todo o mundo ocidental entrou em estado de choque e consequentemente de confinamento. Desde então, os países ocidentais aumentaram consideravelmente a segurança de suas nações, e com isso, iniciaram guerras internacionais, fazendo todo o possível para tentar conter a ameaça do terrorismo. No entanto, como temos visto desde então, parece que essas medidas não estão funcionando como deveriam.

Aliás, muito pelo contrário, a guerra ao terrorismo tem se tornando um problema, e um terror literalmente para todo mundo. Não apenas o terror está vivo e progredindo, como essa guerra fracassada está prejudicando a todos, de uma forma ou de outra. Confira a seguir, 7 maneiras indiretas que a guerra ao terrorismo está afetando você.

1 – Assassinatos ilegais

Imagine o governo ordenando a morte de um cidadão, no caso, um adolescente, sem nenhum mandado de prisão, motivo imediato ou julgamento. Não precisa imaginar, porque isso já aconteceu. Em setembro de 2011, o governo dos Estados Unidos assinou a execução do filho de 16 anos de Anwar al-Awlaki. Awlaki era de fato um agente da Al-Qaeda, mas quando o míssil foi lançado para matar o seu filho, o garoto já estava morto há duas semanas. De acordo com várias fontes, o garoto não era uma ameaça, muito menos estava ligado ao terrorismo. Mas mesmo assim, a Casa Branca ordenou a sua execução ilegal, e tentou silenciar o ocorrido. Tanto que, depois, mudou a lei para tornar esse tipo de procedimento legal. Ou seja, o governo autorizou a morte de um adolescente, apenas por uma suspeita, de que um dia ele pudesse se tornar uma ameaça.

2 – Campo de batalha global

A ideia do terrorismo é que ele pode atacar qualquer um, em qualquer lugar e a qualquer momento. Então, como responder a uma ameaça sem limites? Pelo visto, a solução encontrada foi transformar o mundo inteiro, em um enorme campo de batalha. E que vença o melhor. Em fevereiro desse ano, o jornal The Guardian informou sobre a decisão de John Brennan, ex-diretor da CIA, de que a guerra ao terrorismo não tem limites geográficos. Ou seja, a guerra simplesmente está em toda a parte. E as regras de guerra são unânimes e dizem que pode se matar os próprios cidadãos, sem julgamento, desde que para proteger a nação.

3 – Tortura legalizada

Torturar suspeitos, em qualquer tipo de situação, é uma péssima ideia por inúmeros motivos, e definitivamente não funciona. Nas palavras de um ex-interrogador do FBI, a tortura é “basicamente inútil”. E para isso, temos os resultados de uma investigação, de três anos no Senado americano, que concluiu que havia “pouca evidência” de tortura eficaz. Mas, em meio a nossa “guerra ao terror”, chegamos a legalizar a tortura como uma medida de nos proteger, mas será mesmo? Ou é apenas uma forma sádica de tentar manter a segurança? O fato é que agora estamos cada vez mais longe de nos afastar dela.

4 – Ataques de drones

Não precisa de muito para saber que os ataques de drones são uma péssima ideia. Para começar, é só lembrar quantas pessoas inocentes podem morrer nesses ataques. Isso é reflexo do chamado “toque duplo”, pois o drone pode retornar para matar civis e médicos que cuidam dos feridos. Sem contar na proporção de 50/1, que indica que, para cada 1 terrorista, cerca de 50 civis são mortos. Um enorme dano colateral, levando em consideração que estamos falando de pessoas inocentes, e muitas vezes, até de crianças. Mas isso nem é o pior, o aspecto mais prejudicial desses ataques, é que eles criam terroristas. Ou seja, ao invés de acabar com eles, você pode estar criando um verdadeiro exército de ameaça.

5 – Reproduzir o racismo

Você, quando escuta a palavra “terrorista”, qual a imagem vem a sua cabeça? Tendemos a criar um tipo muito específico de pessoa, que faz parte do terrorismo, certo? E não importa que os terroristas mais letais dos Estados Unidos ou da Noruega sejam supremacistas brancos. A maioria das pessoas tendem a associar o “terrorismo” apenas ao “Islã”. E pelo visto, nenhum governo está interessando em mudar essa percepção mais do que preconceituosa. Pelo contrário, eles parecem querer reforçar essa ideia na cabeça das pessoas.

6 – Perda de liberdades civis

Engana-se quem acredita que apenas os muçulmanos ou americanos sofrem com essa guerra internalizada. Todo mundo na América ou na Europa, está constantemente perdendo parte das liberdades conquistadas com tanto esforço. A Lei da Autorização de Defesa Nacional, por exemplo, é uma legislação sóbria, que significa que qualquer cidadão pode ser mantido indefinidamente sem acuação. Essa lei foi assinada em 2011, e desde então, qualquer um de nós pode saber como se sentem os presos de Guantánamo, que são mantidos em cárcere, por mais de uma década, sem nenhuma acusação real.

7 – Crimes de guerra

Recentemente, ficou mais do que claro que o exército da Síria estava lançado bombas de fragmentação, em áreas exclusivas de civis. Mas, como a lei internacional declara que ataques indiscriminados em povoadas são ilegais, a missão foi considerada crime de guerra. No entanto, não é bem uma surpresa que os Estados Unidos usem exatamente as mesmas táticas, há muito tempo e sem nenhuma punição.

Enfim, e você, o que acha disso? Qual a pior consequência da guerra ao terrorismo na sua opinião? Conta para a gente nos comentários e compartilhe com os seus amigos.

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