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7 mitos sobre a medicina que pacientes (e médicos) deveriam parar de acreditar

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Os médicos dedicaram, muitos anos de suas vidas, estudando para saber o que é melhor para a nossa saúde. E ninguém está duvidando disso. Afinal, quem é que vai discordar de um diagnóstico médico, não é mesmo? Se a gente não sabe exatamente o que é, o certo é ouvir de quem sabe o que faz. Porém, uma nova pesquisa da Universidade de Saúde e Ciência de Oregon, nos Estados Unidos, fez uma descoberta um tanto quanto assustadora. O estudo revelou que mais de 400 práticas médicas comuns foram desacreditas por estudos científicos. Ou seja, várias práticas médicas rotineiras podem estar sendo realizadas em pacientes, sem nenhum tipo de apoio científico, para corroborar com a sua eficácia.

Os pesquisadores analisaram mais de 3 mil estudos, publicados em três conceituadas revistas científicas médicas. E a conclusão, que eles chegaram, é que mais de um de cada dez estudos pode ser classificado como uma “controvérsia média”. Isso significa que os resultados, obtidos nesses estudos, foram diferentes do senso comum sobre a prática entre os médicos. Levando isso em consideração, confira a seguir, 7 mitos sobre a medicina que pacientes e médicos deveriam parar de acreditar.

1 – Estouro da bolsa não é necessariamente uma obrigação de fazer o parto

O que mais acontece quando a bolsa d’água de uma gestante estoura, é fazer o parto imediatamente. Mesmo que, em alguns casos, isso signifique um parto prematuro. Isso porque, sem a membrana e o fluido amniótico que envolve o feto, os médicos temem que o bebê seja exposto a uma infecção bacteriana. Essa é uma preocupação válida, então, eles fazem o parto imediatamente. Porém, um estudo clínico descobriu que, se os médicos monitorarem atentamente o feto enquanto esperam o momento do parto acontecer naturalmente, o bebê não fica em risco de contrair alguma infecção. Isso é importante, porque bebês, que ficam na barriga até o momento do parto natural, são mais saudáveis. Principalmente em relação àqueles que são retiradas imediatamente da barriga da mãe, quando a bolsa estoura.

2 – Peixes ricos em ômega-3 não evitam doenças cardíacas

Peixes gordurosos e ricos em ômega-3 são considerados um ótimo alimento para diminuir o risco de doenças cardíacas, certo? Mas não necessariamente. Um estudo científico recente não encontrou vestígios desses benefícios na vida real. A ingestão diária de ômega-3 não forneceu nenhuma vantagem para os participantes de um experimento com 12.500 pessoas em grande risco de doença cardíaca. Então, não é como se esses peixes, ricos em ácidos graxos, fossem maléficos à saúde. Porém, eles não evitam problemas cardíacos.

3 – Alergia a amendoim

A alergia a amendoim é uma das mais comuns de todas. A maioria dos médicos acredita que ela acontece, com mais frequência, se o indivíduo for exposto a amendoins, antes dos 3 anos de idade. Por esse motivo, muitos pediatras aconselham os pais a manterem os filhos longe desse alimento, até essa idade. Mas, uma pesquisa mostrou que crianças, com menos de um ano de idade e que foram expostas a amendoim, não tiveram riscos maiores de desenvolver a alergia do que aquelas que nunca experimentaram o alimento.

4 – Uso de opioides para tratar dores agudas

Muitos médicos tratam pacientes, que chegam apresentando um quadro de extrema dor, aplicando uma dose única de algum opioide oral. Nesses casos, um opioide muito usado é a morfina. E, de fato, opioides são medicamentos super poderosos, porém, têm um certo risco. Um estudo clínico provou que existem opções mais seguras de lidar com dores agudas, como aspirina e ibuprofeno.

5 – Dedetização de ambientes para pessoas com asma

Médicos geralmente recomendam que as casas de pacientes, diagnosticados com asma, sejam as mais limpas possíveis. Dedetizadas e livres de ácaros, ratos, baratas e etc. A origem desse conselho é o fato de que se acredita que reações alérgicas, a animais e poeira, podem levar a crises de asma. Porém, um estudo concluiu que apenas a dedetização intensa, de casas com crianças sensíveis a alérgenos, não é capaz de reduzir a frequência de crises de asma.

6 – Calcular calorias para perder peso

Alguns médicos acreditam que calcular diariamente a ingestão de calorias pode te ajudar a emagrecer. Tanto que muitas pessoas fazem disso uma obrigação constante. Mas, um estudo de grande alcance, com 470 voluntários avaliados durante dois anos, concluiu exatamente o oposto. Os participantes, que registraram suas atividades e calorias ingeridas, emagreceram menos do que aqueles, que apenas seguiram as recomendações básicas.

7 – Lesões no menisco nem sempre precisam de cirurgia

Rupturas de menisco estão entre as lesões mais comuns no joelho, principalmente, entre pessoas que praticam algum esporte. Inclusive, esse é um dos motivos que levam milhares de pessoas a fazer uma cirurgia nessa parte do corpo. Tendo em vista que essas lesões são muito dolorosas, as pessoas acreditam que só a cirurgia poderá aliviar a dor. Mas, um estudo, que acompanhou vários pacientes com lesões no menisco e artrite moderada, concluiu que seis meses de fisioterapia têm o mesmo efeito que a cirurgia.

Enfim, e você, acreditava em algum desses mitos médicos? Conta para a gente e aproveite para compartilhar com os seus amigos.

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