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7 obras falsas que já foram exibidas em museus

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A falsificação de obras de arte é um mercado bem lucrativo, levando em consideração que são pagos os mesmos valores que seriam pagos pelas obras originais. Esse é um ótimo incentivo que faz com que os falsários continuem a forjar esse tipo de artefato. Então, não é muito incomum descobrir que algum objeto importante exposto entre os museus mais importantes do mundo não passa de uma falsificação bem feita. Alguns deles conseguem ficar anos expostos antes que alguém perceba a fraude. O que faz com que essa prática criminosa seja uma verdadeira ameaça para os museus.

Embora seja crime, algumas falsificações são tão boas que até historiadores e arqueólogos encontram dificuldades em diferenciá-las das originais. Entre alguns museus que foram vítimas de falsários, está o maior museu de arte do mundo, o Louvre, em Paris. O museu exibiu uma obra de arte falsa por muitos anos sem notar a falsificação. Confira essa e outras obras falsas que já foram exibidas em museus.

1 – Os Três Guerreiros Etruscos

Em 1933, o famoso Metropolitan Museum of Art, conhecido também como Met, em Nova York, adicionou três novas obras de arte ao seu acervo. As peças se tratavam de esculturas de guerreiros da antiga civilização etrusca. No entanto, arqueólogos italianos logo suspeitaram da veracidade das estátuas supostamente feitas no século V a.C. Mas os curadores do museu ignoraram os avisos e não queria perder as obras para outro museu, ainda mais porque elas foram adquiridas por um bom preço. Foi só, em 1960, que o museu descobriu que na verdade as estátuas não passavam de uma falsificação. E isso graças ao arqueólogo Joseph V. Noble, que recriou amostras das estátuas usando as mesmas técnicas que os etruscos. Devido as formas e tamanhos incomuns, aquelas estátuas expostas no Met não poderiam ter sido feitas por esse povo.

2 – A múmia persa

A descoberta de uma múmia não identificada de 2.600 anos acabou se tornando objeto de disputa entre o Paquistão, o Irã e o Afeganistão. Os três países reivindicaram o caixão e os restos mortais da princesa devido à sua importância histórica. A múmia, que foi referida como a “múmia persa”, estava sob negociações para ser vendida por um valor de 35 milhões de euros para um comprador não identificado. O Irã reivindicou a posse da múmia e, mais tarde, o Afeganistão contestou a decisão.

A múmia acabou sendo levada para o Museu Nacional do Paquistão para exposição. Depois disso, arqueólogos descobriram que várias partes do caixão eram modernas demais. E que não existia nenhuma evidência que mostrasse que qualquer uma das tribos desses países tenha mumificado seus mortos no passado. Uma investigação aprofundada revelou que a tal múmia persa não passava de meros restos mortais de uma mulher de 21 anos, que teria sido vítima de um assassinato.

3 – Fragmentos de Pergaminho do Mar Morto

Os Pergaminhos do Mar Morto são uma compilação de manuscritos contendo textos religiosos judaicos. Hoje, a maioria desses fragmentos está guardada no Museu de Israel, em Jerusalém, mas também existem alguns em museus particulares ou com colecionadores. O Museu da Bíblia, em Washington, tinha cinco desses fragmentos expostos até 2018, quando foram revelados como falsificações. A fraude só foi descoberta quando o museu enviou os fragmentos para serem analisados por especialistas na Alemanha.

4 – O relógio de bolso Henlein

Você pode não o conhecer, mas você conhece uma das suas invenções mais significativas. O alemão Peter Henlein inventou o relógio de bolso. Uma das suas supostas criações esteve exposta no Museu Nacional de Germanisches, na Alemanha, por vários anos. Diversos historiadores afirmaram que o chamado relógio Henlein exposto era uma falsificação e não o objeto original feito pelo inventor. E isso só foi comprovado em um relatório de 1930, que mostrou que a assinatura de Henlein foi acrescentada anos depois do relógio ter sido elaborado.

5 – A Princesa Amarna

Em 2003, novas obras de arte foram adquiridas para o museu local de Bolton, em Manchester. Entre as peças adquiridas pelo museu estava uma estátua supostamente de 3.300 anos de idade, chamada Princesa Amarma. A tal princesa teria parentesco com o faraó Tutancâmon, do antigo Egito. Os vendedores alegaram que a estátua foi escavada em um sítio egípcio. Assim, o museu pagou 440 mil euros pela estátua, que fez parte da exposição. Alguns anos depois da aquisição, o museu descobriu que a estátua não passava de uma falsificação. Shaun Greenhalgh foi acusado como o falsificador e já era conhecido por vender obras falsas para museus. Ele foi condenado a 4 anos e 8 meses de prisão pela falsificação da estátua.

6 – Coroa de ouro

Vários museus britânicos e austríacos se recusaram a comprar uma coroa de ouro que, supostamente, teria sido um presente de um rei grego para o rei de Cítia, em meados do século III a.C. Mas o objeto, que foi feito pelo ourives Israel Rouchomovsky, foi comprado pelo Museu do Louvre como uma obra de arte original da Grécia antiga. Assim que a coroa foi exposta no museu, alguns arqueólogos alertaram sobre a possibilidade de objeto não ser original do período grego. Mas o museu ignorou as declarações e enxergou a atitude como um ato de inveja. Em 1903, um homem chamado Lifschitz, amigo do ourives, o informou que seu trabalho estava sendo exibido como original no museu do Louvre. Rouchomovsky viajou para a França para provar que ele que realmente fez a coroa. A revelação acabou abalando um pouco a imagem do museu.

7 – Todas as obras do Museu de Artes Falsas

Como o próprio nome já diz, o Museu de Artes Falsas é dedicado à exposição de falsificações artísticas. Localizado em Viena, na Áustria, o museu conta com um enorme acervo de artefatos e obras de arte falsas. Algumas das suas coleções incluem páginas de um diário que teriam supostamente pertencido a Adolf Hitler mas que, na verdade, foi forjado pelo falsificador Konrad Kujau. Pelo menos nesse museu, ninguém vai se sentir engando, já que o intuito é mesmo o de mostrar obras falsas.

Ele comprou 10 mil bicicletas que seriam jogadas fora e doou para crianças pobres

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