Curiosidades

7 pessoas que documentaram suas mortes

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A certeza da nossa vida é que vamos morrer. Receber a notícia de que seu tempo nesse mundo está acabando pode não ser muito bom. O caminho até a morte é devastador tanto para quem está indo, quanto para quem fica e acompanha o processo.

Claro que não sabemos o que acontece depois da morte porque ninguém voltou para nos contar. Mas existem anotações de pessoas que sabiam que estavam prestes a morrer e quiseram documentar suas experiências até o momento que deixassem esse mundo. Anotações, fotos ou vídeos foram feitos e alguns desses documentos são valiosos para o uso médico.

1 – Karl Schmidt

Esse herpetólogo (pessoa que estuda répteis e anfíbios) fez anotações entre os dias de 25 e 26 de setembro de 1957 após ter sido picado por um boomslang, uma cobra extremamente venenosa. Schmidt foi picado enquanto trabalhava no Field Museum of Natural History e foi tentar pegar a cobra para identificá-la.

Depois da mordida, o herpetólogo recusou a atenção médica com medo de que isso atrapalhasse seu experimento e suas anotações. Schmidt não achava que a picada o mataria, mas ele também não tinha experiências prévias com esse tipo de cobra.

Em suas anotações ele listou os alimentos que comeu depois de ter sido picado e os efeitos da picada sobre ele. A autópsia revelou que Schmidt morreu por uma hemorragia interna causada pelo veneno mortal.

2 – Homem alemão

Em fevereiro de 2008, restos mortais de um homem de 58 anos foram encontrados em Solling Hill, na Alemanha. O homem tinha morrido de fome e foi encontrado por dois caçadores deitado em um colchão. Junto a ele estava um diário.

A polícia alemã não divulgou os detalhes do diário, mas o homem anotou seu processo de deterioração até sua morte. Foram 24 dias de anotações até a morte do homem que morreu sem comer nada. Em seus escritos ele conta que estava com a cabeça cheia por causa do desemprego, seu casamento e a relação com sua filha. A última atualização do diário foi em 13 de dezembro de 2007.

3 – Ricardo Lopez

Esse homem, de 21 anos, cometeu suicídio atirando em sua própria boca em setembro de 1996. Seria um caso comum e sem muita repercussão se ele não tivesse enviado uma bomba para a casa da cantora Bjork. Lopez começou filmar uma série de vídeos em janeiro, antes do seu suicídio, e pelo jeito que ele falava da cantora dava para ver sua obsessão por ela.

O homem teve um ataque de ciúmes quando soube que Bjork tinha um namorado. Ele fez a bomba com ácido sulfúrico e mandou para a casa dela em Londres. Depois do envio da bomba, ele voltou para casa para gravar seu último vídeo. Com seu rosto pintado e uma música de Bjork ao fundo, ele tirou sua própria vida.

4 – Timothy Leary

Ele era uma famoso ator e comediante. Também serviu no exército dos EUA antes de ir para o showbiz. Em 1963, ele foi demitido de Harvard por experimentar uma droga que alterava a mente.

Leary tinha o costume de brincar sobre sua morte, que era uma coisa certa, depois que ele foi diagnosticado com câncer de próstata. O que o comediante fez foi montar um site para que seus fãs ficassem sabendo sobre seu estado de saúde. Segundo Leary, um estranho o cumprimentou com um “boa sorte com sua morte”. Foi em 1996 que ele faleceu e teve sua morte filmada para que fosse transmitida em algum momento futuro.

5 – Nara Almeida

Essa blogueira brasileira de 24 anos morreu em maio deste ano com câncer de estômago. Nara foi diagnosticada em agosto de 2017 e desde seu diagnóstico, ela começou a postar fotos do seu tratamento para os mais de 4,5 milhões de seguidores.

As fotos postadas por ela eram acompanhadas de legendas que diziam como estava seu humor, seus sentimentos, além de suas noites sem dormir, suas dores e traumas causadas pela doença. Em uma foto Nara postou a legenda: “acredito que no final tudo vai dar certo e eu vou sair disso muito fortalecida e pronta para ajudar outras pessoas”, mas infelizmente Nara não conseguiu sair daquela situação, mas com certeza ajudou várias pessoas.

6 – Edwin Katskee

A cocaína foi o primeiro anestésico local adotado pelos médicos, mas ela não era tão confiável assim como os médicos pensavam, já que poderia matar os pacientes. Como a dosagem certa não era estipulada pelos médicos, em 1936, Edwin Katskee decidiu injetar cocaína em si mesmo para anotar seus efeitos.

Sem querer ele injetou uma dose muito grande que lhe causou uma overdose. Mas Katskee foi anotando o que sentia com a dose no seu corpo. A primeira anotação foi “olhos levemente dilatados. Visão excelente”, seguido de “agora capaz de se levantar”, “parcialmente recuperado. Fumei um cigarro” e “os resultados serão publicados nos livros Rx”. Ele disse também que suas anotações tinham que ir para a universidade e que ele não repetiria esse experimento. Sua última anotação foi “paralisia”. Segundo suposições, ele morreu logo depois dessa anotação. As anotações de Katskee não foram das mais úteis porque ele não escreveu em uma ordem cronológica e não acrescentou um tempo às suas reações.

7 – Daniel Alcides Carrion

Assim como Edwin Katskee, Daneil também se usou como cobaia. Ele era estudante de Medicina no Peru, e quando estava na faculdade, seu país registrou um aumento na doença chamada verruga peruana. Carrion se interessou em estudá-la e se usou como cobaia para ver como ela afetava o corpo.

Ele contraiu a doença em 27 de agosto de 1885 e começou a gravar seus sintomas em 17 de setembro. Já em 26 de setembro, ele estava muito fraco e não conseguia nem mesmo escrever, então pediu a um amigo para escrever para ele até sua morte em 5 de outubro. As anotações de Carrion serviram para os médicos peruanos entenderem como a verruga peruana funcionava no corpo humano. A verruga peruana também foi renomeada em sua homenagem, e agora é chamada de doença de Carrion.

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