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7 práticas terríveis feitas em prisões no século 19

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Ser preso deve ser uma das piores coisas da vida. Nós, que estamos do lado de fora, só imaginamos como deve ser a realidade dessas pessoas e tiramos de base o que vemos nos jornais e talvez em alguma série, mas com certeza, a realidade deve ser muito pior do que a retratada ou mostrada. E a verdade é que nunca saberemos com certeza desde que vivamos essa experiência.

Antigamente, a coisa mais parecida com uma prisão moderna era uma casa de correção. Esse lugar reformava mendigos e mães solteiras. Mas no final do século XVIII a população carcerária da Grã-Bretanha explodiu. E foi nessa época que as pessoas começaram a ter conhecimento das condições do sistema carcerário.

Em 1777, John Howard fez um inventário para mostrar o quão bagunçado estava o sistema prisional. Então ele sugeriu um modelo que teria foco em segurança, saúde e reforma. Então as prisões no século XIX se moldariam para reformar seus presos. Mas as mudanças não necessariamente seriam menos brutais ou exploradores. Mostramos aqui algumas dessas práticas.

1 – Saneamento

Mesmo com o esforço para preservar a saúde dos prisioneiros, as condições miseráveis permaneceram por muito tempo. As cidades estavam crescendo e isso fazia com que os criminosos conseguissem se esconder em meio às pessoas. E com isso, a prioridade era capturar o máximo de criminosos possíveis.

Isso fez com que as celas ficassem cheias e muitas vezes não fossem limpas adequadamente. E surtos de tifo devastaram prisões pequenas. Assim, as chances de um prisioneiro morrer dobravam.

2 – Superlotação

O mau saneamento nas prisões no século XIX foi exatamente pela super lotação. Londres conseguiu resolver o problema enviando presos para países diferentes. Mas países como Austrália e Estados Unidos se recusaram a receber os presos de Londres.

Depois disso, a própria prisão já era considerada uma forma de punição suficiente por causa de sua superlotação. E na metade da época vitoriana, dois tipos de prisões tinham se formado em Londres. O primeiro eram os condados, que eram pequenas casas de correção administradas pelos juízes. E o segundo eram as prisões presidenciais, que eram prisões maiores administradas pelo governo. Quando estas prisões superlotavam, eles usavam navios de guerra desativados para abrigar os prisioneiros.

3 – Trabalho

Os navios de guerra que serviam como prisão eram chamados de hulks. E eles serviram também como campo de trabalho. Os presos não ficavam trancados em celas pequenas. Ao invés disso, eles eram trancados nas plataformas à noite e dormiam em redes. De dia eles se reuniam para tomar banho, lavar o navio, cozinhar, comer e ir trabalhar.

Eles até tinham uma certa liberdade se comparados com os prisioneiros das prisões terrestres. Mas as condições de higiene no navio eram péssimas. A comida era repugnante. E mortes por cólera e acidentes de trabalho eram comuns.

4 – Dívida

A prisão dos devedores era um medo para todas as pessoas, tanto as ricas quanto pobres. Aqueles que tinham condições pagavam por acomodações e comida melhores. Mas os pobres eram forçados a ficar em celas úmidas e sem janelas.

E estar nessa prisão significava acumular mais dívidas. Independente se a pessoa tinha ou não condições de pagar por certos “luxos”. Então os devedores acumulariam novas dívidas, como por exemplo o aluguel das celas úmidas e cheias de doenças. E os carcereiros não eram pagos nem pelo dono da prisão e nem pelo Estado. Então um sistema de corrupção foi criado na própria cadeia onde os presos tinham que pagar por todos os serviços.

5 – Sistema separado

Esse sistema veio dos Estados Unidos. As prisões foram reformadas para que os presos fossem obrigados a ficar sozinhos e pensar no que eles tinham feito. Elas eram isolados de seus companheiros.

E até mesmo quando faziam exercícios em silêncio, eles usavam um boné para cobrir seu rosto. E cordas intercaladas a 4,6 metros uma da outra eram colocadas no pátio para que os presos sempre mantivessem essa distância uns dos outros. E a segunda etapa era expor o preso à boas influências, o que no século XIX era feito pelo cristianismo.

6 – Sistema silencioso

As pessoas que acreditavam nesse sistema não achavam que os presos poderiam ser reformados. Então eles queriam assustá-los para que eles não fossem reincidentes. Edmund du Cane que era diretor adjunto das prisões do Reino Unido, disse que os presos receberiam três coisas: cama dura, vida dura e trabalhos forçados.

A principal característica das prisões desse sistema era o trabalho duro. E ele era obrigatório mesmo tendo trabalho real a ser feito. O silêncio era colocado como um chicote nos prisioneiros. E até mesmo os guardas da prisão não falavam com os prisioneiros.

7 – Manivela

Algumas prisões, quando queriam manter os presos ocupados, usavam a manivela. Quando as autoridades viram que os presos odiavam tarefas sem sentido algum, eles a utilizaram no cotidiano dos encarcerados. Ela foi então colocada nas celas dos prisioneiros.

A manivela foi projetada para exaurir mental e fisicamente os internos. O eixo da manivela tinha um prego que deixava a manivela mais fácil ou difícil.

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