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7 razões pelas quais você deveria assistir O Poço, da Netflix

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Embora, inicialmente, tenha passado despercebido entre as atualizações no catálogo da Netflix no mês de março, O Poço não demorou a chamar atenção. A produção espanhola dirigida por Galder Gaztelu-Urrutia chegou à Gigante do Streaming, no último dia 20. Em seguida, o título começou a ser altamente comentado nas redes. Em suma, o longa se trata de um thriller de ficção científica cujo cenário é uma prisão vertical. Esse enorme prédio é dividido em vários níveis onde, em cada um deles, habitam duas pessoas.

Além de ficarem isoladas do mundo externo, esses indivíduos têm de partilhar a comida, transportada através de uma plataforma, entre si. Sendo assim, aqueles nos níveis superiores controlam o que aqueles dos níveis inferiores comerão. Além de ter sido muito bem recebido pelo público, o longa também acumula críticas positivas. Portanto, caso o enredo já tenha despertado sua curiosidade, abaixo existem mais alguns motivos pelos quais você deveria conferir O Poço.

7 – A narrativa dialoga muito bem com Parasita

Assim como disse acima, O Poço chamou atenção não só do público geral, mas também da crítica especializada. Esta última, por sua vez, tem apontado semelhanças entre o filme de Gaztelu-Urrutia e Parasita, de Bong Joon-ho. Além de ambas produções fugirem do mercado hollywoodiano, mostrando a ascensão do cinema estrangeiro, os conceitos em torno das duas narrativas conversam muito bem entre si. Da mesma forma que Parasita apresenta a desigualdade social tendo como protagonista a família de Ki-taek, O Poço expõe essa disparidade através de 666 pessoas distribuídas em uma prisão vertical com 333 níveis. No entanto, enquanto o primeiro traz o cenário o mais próximo possível do espectador, o segundo aposta em uma atmosfera distópica que chega a lembrar 3%, outra produção que vale ser conferida.

6 – O enredo é incrivelmente imprevisível

Gosto de pensar que existem três tipos de narrativas: as previsíveis, as surpreendentes e aquelas incrivelmente imprevisíveis. Felizmente, O Poço se encaixa exatamente na terceira opção. Embora a previsibilidade não seja de todo ruim, afinal, todos gostam de clichês, também ansiamos por surpresas. Contudo, o longa da Netflix nos apresenta um choque atrás do outro. Assim como o protagonista, não fazemos ideia do que o futuro reserva e esse é um dos grandes trunfos do filme. Quando nos damos conta de que não há como antecipar o que está por vir, passamos a partilhar da sensação de fobia de cada uma das pessoas presas no Poço.

5 – Os atores fazem um trabalho impecável

Não seria exagero afirmar que qualquer ator de O Poço, poderia ganhar um Oscar. Ao longo do filme vemos diversos personagens, porém, apenas alguns deles são nomeados. Além de Goreng – o protagonista – o longa apresenta Trimagasi, MiharuImoguiri e Baharat. Cada um deles tem um passado que desconhecemos e uma forma particular de enxergar a situação em que se encontram. Enquanto alguns tendem a ser mais altruístas, outros tem posicionamentos condenáveis. Contudo, chega um momento em que a linha tênue responsável por distinguir o certo do errado simplesmente desaparece. A partir daí fica difícil julgar as ações dos personagens e a audiência se vê diante de um grande dilema. Isso só é possível graças ao impecável trabalho dos intérpretes.

4 – Se trata de uma distopia aplicável ao cenário atual

Apesar de sua abordagem distópica, O Poço possui uma dinâmica muito aplicável à situação pandêmica que estamos vivendo. Da mesma forma que os enclausurados do filme, tendemos a olhar apenas para o nosso umbigo, criticar quem está em cima e esquecer daqueles que estão abaixo. Só para ilustrar, podemos citar a necessidade de isolamento social ocasionado pelo COVID-19. Embora existam muitas pessoas em grupos de risco, a maior parte da população é assintomática. Logo, é comum encontrarmos gente com políticas anti-isolamento que não se importam com as vidas que podem ser afetadas. É exatamente disso que O Poço se trata. Inclusive, o filme faz questão de levantar um questionamento: realmente existe uma solidariedade espontânea?

3 – É uma crítica social relacionável e necessária

Embora quem está dentro do Poço o considere uma prisão, a Administração prefere chamá-lo de CVA (Centro Vertical de Autogestão). Em suma, isso significa que as pessoas distribuídas entre os níveis são unicamente responsáveis por suas ações e pela forma que as mesmas afetarão os outros. Logo, se você está no nível 1, é diretamente responsável pelo que os indivíduos dos 332 níveis abaixo irão consumir, e assim respectivamente. Ademais, durante um diálogo entre Goreng e Imoguiri, a segunda explica que, se cada um consumisse apenas o necessário, haveria o suficiente para todo mundo do Poço. Traçando um paralelo entre o filme e a realidade, se torna notável que essa afirmação não se aplica somente à narrativa da ficção.

2 – Você vai amar ou odiar, não existe meio termo

Darren Aronofsky, diretor conhecido por filmes como Cisne Negro e Mãe!, costuma despertar reações polarizadas no público. Enquanto alguns amam suas produções, outros simplesmente as odeiam. No entanto, isso não parece incomodar o cineasta que, aparentemente, independente de qual seja a emoção, só quer que ela seja extrema. O Poço se encaixa muito bem nessa filosofia de Aronofsky e você só vai saber se assistir.

1 – Vai manter sua cabeça ocupada durante a quarentena

Esse período de reclusão social tem nos dado muito tempo livre. Contudo, algumas pessoas gostam de manter a cabeça, constantemente, ocupada e, se você é uma delas, provavelmente, vai querer conferir o filme. Não lançarei nenhum spoiler aqui, mas deixo avisado que o final do longa, te deixará quebrando a cabeça por alguns dias. Então, está esperando o que pra conferir?

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