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7 segredos de um psiquiatra para controlar a ansiedade

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A depressão e a ansiedade têm sido consideradas as doenças do século, é não é para menos, dada a quantidade de pessoas que sofrem com uma ou com as duas doenças. No caso da ansiedade, qualquer coisa pode ser um gatilho, desde uma entrevista de emprego, um encontro, até uma decisão importante. Tudo isso pode deixar a pessoa em estado de ansiedade, provocando crises e até surtos de pânico.

Para o psiquiatra Ary Gadelha, falar em público é o que o deixa em estado de ansiedade. Mas como um profissional especializado no tratamento de transtornos mentais dos outros, como será que ele lida com os seus próprios sentimentos? Mesmo sabendo como funciona e como surge a ansiedade, ele não está livre de sofrer com ela, porém, ele tem uma vantagem de saber exatamente como lidar com o problema. Afinal, são anos ajudando tantas pessoas a lidarem com isso. Do alto de toda a sua experiência, o psiquiatra dá algumas dicas para lidar com a ansiedade.

Diagnóstico

O primeiro passo, é diferenciar uma emoção de um distúrbio.“Ansiedade é estado de alerta, preocupação. Hoje, se fala muito dela como vilã, mas é uma coisa absolutamente normal. Nós temos que ser ansiosos para detectar algo, que pode ser um perigo e nos preparar para as situações”, explica o psiquiatra, Ary Gadelha.

Então, sentir ansiedade é totalmente normal e necessário para a sobrevivência. O problema é quando há a impossibilidade de superar os pensamentos ansiosos. “Eles ficam se repetindo sem parar e, algumas vezes, se concretizam na realidade. E eu fico lá, paralisado, sem conseguir fazer as coisas”, define, de forma simplificada, o também psiquiatra, Rodrigo Bressan.

O transtorno de ansiedade precisa de uma avaliação médica, para ser diagnosticado e tratado. Já a ansiedade, quando não patológica, mas sim passageira, pode ser administrada de forma mais simples. Aqui, estão algumas estratégias simples usadas pelo psiquiatra para lidar com o problema da ansiedade.

1 – Procurar ajuda de amigos

Procurar ajuda nunca deve ser motivo de vergonha, é a primeira coisa a se fazer. “Uma estratégia é pedir ajuda, conversar com as pessoas sobre como elas fazem para superar a questão. Eu pedi várias dicas para o meu orientador, que fala muito bem em público”, conta Gadelha. Isso é uma coisa totalmente normal e todo mundo passa por isso, então, por que não perguntar, conversar a respeito? Além de se ajudar você também pode estar ajudando outra pessoa que passa por problemas parecidos.

2 – Meditação

Além de ajudar a lidar com problemas como ansiedade e depressão, a meditação pode te ajudar a relaxar e ter momentos de reflexão e serenidade. “Com a meditação, você pode mudar o jeito do seu cérebro funcionar, então, não é só o remédio que pode ajudar. Trazer o pensamento para o momento presente, sair um pouco da expectativa, da fantasia, do futuro que pode ser catastrófico, foi algo que me ajudou”.

3 – Tempo para si mesmo

O dia a dia pode ser muito agitado para todo mundo, e isso pode causar picos de ansiedade em todo mundo, então, tirar um momento para si mesmo é essencial. Faça alguma coisa por você, algo que te dê prazer, mesmo que seja uma coisa simples. Para o psiquiatra é o momento da refeição. “Para não pilhar no dia a dia, eu – que amo comer – tenho minha hora do almoço sagrada. Trabalho 16 horas por dia se precisar, mas pelo menos por uma hora eu sento, paro, e aquela é a hora em que eu dou uma desacelerada”.

4 – Olhe para dentro de si  

Nenhuma emoção que sentimos é por acaso, tudo tem um motivo, então, se conhecer melhor e se dar uma oportunidade pode te ajudar muito a lidar com todos os problemas. “Evolutivamente, a gente tem essas emoções e elas têm uma função. A gente tem que percebê-las, pois elas podem ser muito úteis”.

5 – Falar sobre o problema

Tudo é muito corrido hoje em dia, e estamos em um looping infinito, onde vivemos e acumulamos sentimentos que nem sabemos explicar. Então, parar um pouco e conversar é necessário. Falar sobre o que sente, o que te angustia pode tornar as coisas mais fáceis de se lidar.  “A gente perdeu um pouco a capacidade de falar sobre as coisas e de se abrir. Ainda é um estigma”, afirma o especialista.

6 – Ajuda profissional

Terapia ainda é um tabu na nossa sociedade, mas não deveria ser. Quando temos um problema de saúde não hesitamos em procurar um médico, por que quando se trata do emocional, não fazemos o mesmo? Lembre-se que a sua saúde mental é tão importante quanto a física. “Seja um psicólogo, ou um psiquiatra, busque. E se precisar de remédio ou terapia, faça. A terapia é capaz de mudar o funcionamento do cérebro”, afirma o psiquiatra.

7 – Cuidado com si mesmo

“Não deixe de dormir bem, comer e fazer atividade física, que é uma bela maneira de cuidar do cérebro e da mente”, aconselha o médico. Pode parecer clichê esse conselho, mas é a verdade. Quando o físico está de acordo com o emocional, tudo está em equilíbrio, mas para isso, é necessário alguns esforços. Sua saúde física e mental deve ser prioridade.

Enfim, essas foram algumas dicas básicas do psiquiatra. Não tenha vergonha de procurar ajuda quando necessário. Lembre-se que a saúde mental é tão importante quanto a física.

Isso é o que 15 minutos de meditação por dia podem fazer com o cérebro humano

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