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7 teorias científicas incompreendidas

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Existem muitas teorias científicas incompreendidas. Parte deste problema, reside na complexidade da ciência, que ora afirma… ora refuta… argumentos sobre determinado tema em estudo. Até mesmo o próprio conceito de “teoria científica” pode ser mal interpretado. Segundo Jaime Tanner, professora de Biologia na Universidade Marlboro College, “a maneira como os cientistas usam a palavra teoria é um pouco diferente da que é comumente usada pelo público leigo. Grande parte das pessoas usa a palavra teoria para significar uma ideia ou intuição que alguém tem, mas na ciência a palavra teoria refere-se à maneira como interpretamos os fatos”.

É, de fato, um equívoco comum achar que teoria científica é sinônimo de lei científica. Isso ocorre porque os aspectos teóricos não são realmente parte de uma hierarquia de evidências, mas correspondem a processos separados de compreensão e classificação. Uma vez que as pessoas interpretam de maneira equivocada o que é de fato uma teoria científica, acabam se confundindo sobre o próprio cerne da ciência. Conheça, agora, 7 teorias científicas incompreendidas.

1. A Teoria do Big Bang

A maioria das pessoas entende a teoria do Big Bang como talvez a mais conhecida proposta para o início do universo, em que este se expandiu de uma singularidade extremamente quente e densa, há cerca de 13,8 bilhões de anos.

 De acordo com a teoria, esta expansão aconteceu de forma incrivelmente rápida e com uma energia explosiva, que é insondável. Mas é aí que a familiaridade com a teoria geralmente termina, e onde muitas vezes começa a ser mal interpretada.
A matéria não explodiu simplesmente do nada. O Big Bang aconteceu simultaneamente em todo lugar no universo – não é uma explosão no espaço, mas uma explosão de espaço. No entanto, o processo exato do que causou isso (e, claro, o que estava lá antes) permanece essencialmente desconhecido. Estamos nos aproximando cada vez mais dos primeiros momentos do universo, mas sua verdadeira origem ainda é um mistério, e quaisquer teorias ou modelos de “criação” são incrivelmente especulativos neste momento.

2. “Se nós evoluímos dos macacos, por que ainda há macacos?”

Para começar: nós não evoluímos dos macacos (pelo menos não daqueles que convivem conosco). A evolução se deu por meio de um ancestral comum aos primatas. E isso aconteceu há muito, muito (muito), tempo atrás.

Há, também, a questão de como a diversidade genética é criada. Quando um grupo de uma espécie acaba isolado de seus semelhantes, outras formas tendem a emergir devido aos diferentes ambientes ou hábitos. Hoje em dia, existem inúmeros tipos de primatas, o que faz perfeito sentido com a teoria da evolução. Essa é uma das teorias científicas incompreendidas.

3. O tempo é uma das ideias mais incompreendidas em toda a ciência

O tempo é algo que damos por garantido, mas sua natureza/existência é uma constante fonte de pesquisa no meio científico. Ela é definitivamente um das teorias científicas incompreendidas.

Experimentos com uma unidade de medida ainda menor que um átomo, chamado Escala de Planck, colocaram novas questões em evidência. Uma delas é a de que o tempo parece cessar quando você chega a um nível pequeno o suficiente.

Alguns físicos acham que isso poderia indicar que, no nível muito básico do universo, o tempo não existe. Isso significaria que o que pensamos estar vendo, é apenas um efeito macroscópico de outra coisa. Complexo, não?

4. Sobrevivência do mais forte não significa ter mais resistência muscular

Herbert Spencer cunhou pela primeira vez a frase “sobrevivência do mais apto” para recapitular a ideia de seleção natural de Darwin dentro da Teoria da Evolução. No entanto, quase dois séculos depois, uma má interpretação assombra a frase de efeito cativante.

Na Biologia, a aptidão não se refere necessariamente aos músculos maiores ou dentes mais afiados. Em vez disso, se avalia o sucesso reprodutivo de um genótipo e/ou fenótipo individual. Através de mutações genéticas aleatórias, as características de um organismo podem ser afetadas, levando à vantagens (ou desvantagens) em seu ambiente.

5. A polêmica questão dos gêneros e das orientações sexuais

Hoje, há muita discussão sobre a sexualidade humana e a própria questão de gênero. Orientações sexuais – com termos relativamente novos – tornaram-se objetos de polêmica em debates científicos. Afinal, “existem” pessoas pansexuais, demisexuais e assim por diante? É possível se atrair de maneiras diferentes, que não se enquadrem na categoria “heterossexual”, “homossexual” ou “bissexual”?

Sobre o(s) gênero(s) humanos, felizmente, há maior conscientização e tolerância. A humanidade passou a compreender melhor as pessoas transexuais, mas ainda assim, alguns conceitos permanecem nebulosos. A começar pelo significado de “sexo” e “gênero”.

Não estamos aqui para avaliar quantas orientações sexuais devam existir, ou como você deve se enxergar quando o assunto é gênero. Nós só queremos que a ciência seja precisa. Quando se trata de sexo, biologicamente falando, só podem haver dois. O “sexo” consiste nas características fisiológicas, como as diferenças reais nos órgãos e os diferentes hormônios que naturalmente afetam você.

No entanto, o “gênero” sempre foi uma construção inteiramente sociológica – fora do campo da biologia. Não tem a ver com características físicas, mas sim com a forma como a pessoa se sente e se enxerga. Nada disso pode ser fisiologicamente medido.

6. Probabilidade é mais do que chance

Probabilidade descreve com que frequência é provável que algo aconteça. Por outro lado, as aproximações matemáticas podem ser mal interpretadas. Por isso é uma das teorias científicas incompreendidas.

Um simples jogo mental pode ajudar a dissipar esse mito: quando você arremessa uma moeda, há 50% de chance de sair cara e 50% de chance de sair coroa. Vamos dizer que saia “cara” na primeira tentativa. Você arremessa mais uma vez. Quais são as chances de que isso aconteça desta vez?

Se você disse algo diferente de 50%, você foi vítima de um dos delírios mais comuns da probabilidade.

Probabilidade não tem relação estrita com o passado. Dessa maneira, cada nova jogada sempre tem a probabilidade em 50/50. A distribuição de probabilidade do resultado pode mudar somente quando você adiciona outras variáveis ​​ou condições específicas.

7. A natureza do buraco negro

O buraco negro é um tema em que a maioria das pessoas entende bem. Não se pode enxergá-lo, mas sabe-se que ele existe por estar arrastando luz e matéria dentro de si. No entanto, nos anos 1980, Stephen Hawking chocou a comunidade científica. O que ele fez? Usou as leis quânticas da física para provar que os buracos negros estavam realmente emitindo partículas.

Agora, é aí que as coisas ficam realmente complicadas, porque ainda não entendemos completamente os buracos negros. A pesquisa de Hawking afirma que, como o buraco negro está perdendo calor e matéria, ele acabará se dissolvendo como uma aspirina em um copo de água, em vez de continuar sugando luz e matéria sem pausa. No entanto, isso leva à questão sobre o destino da informação que foi sugada.

Alguns físicos afirmam que, de acordo com nosso conhecimento das leis do universo, nenhuma informação pode ser perdida para sempre, mas Hawking discordou disso. Ele aposta que a informação seria perdida.

E aí, gostou da lista? Conhece alguma outra teoria que as pessoas geralmente interpretam de maneira equivocada? Deixe o seu comentário e contribua com o engrandecimento do tema!

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