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7 transtornos psicológicos que também afetam os animais

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As doenças e condições mentais não afetam com exclusividade os humanos. Os animais, tanto em cativeiro quanto aqueles livres na natureza, podem experienciar patologias semelhantes as que enfrentamos. Algumas, inclusive, frutos das atividades humanas e de nossas interferências em ciclos naturais.

É assustador saber que existem inúmeros distúrbios que os animais também podem estar sofrendo ao adquirirem tais doenças e seus sintomas, mesmo que se manifestem de maneiras semelhantes em diferentes espécies. Pensando nisso, hoje listamos para vocês alguns desses transtornos psicológicos que já são conhecidos pelos humanos, mas que também estão afetando os animais. Confira!

1 – Depressão

O ‘urso polar mais triste do mundo’, Arturo, morreu em 2016 em um zoológico na Argentina, depois de gastar uma grande parte de sua vida preso no local. Em seus últimos dias de vida, o animal era visto andando de um lado para o outro exibindo seus dentes, um claro sinal de seu desconforto.

Para os profissionais do zoológico tudo se tratava de sinais do seu envelhecimento. No entanto, o animal foi perdendo o interesse pela comida e começou a emagrecer. Os sintomas sofridos pelo urso começaram após a morte de Pelusa, em 2012, e claramente demonstravam sinais de depressão no animal.

2 – Ansiedade

Transtornos de ansiedade podem nos prejudicar de várias formas. E assim, como a depressão, merecem atenção especial e tratamento adequado. Gatos e cachorros são frequentemente diagnosticados com trastorno de ansiedade generalizada. No entanto, veterinários descobriram que cavalos também são propensos a ansiedade, o que pode fazê-los ‘triturarem’ seus dentes quando as crises acontecem.

Entretanto, os gatilhos para ansiedade neste animais, como nas pessoas, podem ser variados. Acredita-se que a genética também exerça alguma influência nos casos, sendo algumas raças mais propensas a ansiedade do que outras. Alguns casos em cavalos foram associados a separação de seus rebanhos e aos desmames prematuros.

3 – Vícios

https://www.youtube.com/watch?v=86Vq1D1K8YM

O vício em animais é uma condição psicológica muito similar ao que acontece com os humanos. Mas, se deparar com um animal viciado em drogas, por exemplo, pode ser bem chocante. Imagens de um orangotango fumando um cigarro no zoológico de Bandung, na Indonésia, chocaram a internet recentemente. O cigarro foi jogado por um visitante supostamente “a pedido” do próprio animal.

4 – Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH)

A hiperatividade já foi testemunhada em cães, geralmente como resultado da raça ou por um treinamento. Mas um experimento recente foi capaz de comprovar que Moscas-da-fruta (Drosophila melanogaster) podiam desenvolver tal condição.

No estudo, os pesquisadores concluíram que a hiperatividade nas moscas aconteceram por uma mutação genética que teria eliminado os receptores de dopamina de seus neurônios. As moscas que não apresentaram tal mutação não apresentaram hiperatividade.

O estudo com as moscas-da-fruta acabou sugerindo para os pesquisadores que a hiperatividade não é a causa exata para o deficit de atenção nos humanos, mas que ambas mazelas eram sintomas independentes da mesma causa subjacente.

5 – Trastorno de Estresse pós-traumático (TEPT)

Mundo afora, milhares de cães trabalham junto de órgãos de segurança como a polícia e as forças militares. O trabalho desses animais consiste em farejar explosivos, drogas, entre outras funções. Mas esse trabalho pode ser bem desgastante para eles. E por isso, entre 5-10% desses cães mostram sinais de TEPT.

Gina, um cão da raça pastor-alemão foi enviado ao Iraque em 2008. Gina era saudável e brincalhona. Seis meses em trabalho no país e a cadela teve de se aposentar devido ao pânico e o nervosismo que ela desenvolveu devido suas funções. Cães domésticos também podem apresentar sintomas da condição caso tenham passado por situações traumáticas. Alguns sintomas são hipervigilância, agressividade, insônia e ataques de pânico.

6 – Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC)

Em cativeiro certos animais podem apresentar um comportamento bem diferente do que seriam caso estivessem em seu habitat natural. Por exemplo, há casos registrados de orcas no SeaWorld que de tão entendiadas começavam a regurgitar compulsivamente sua comida somente para “brincar” com elas, comiam novamente e depois vomitavam. Num ciclo completamente destrutivo. Uma vez que isso causa diversos problemas na saúde do animal.

Outras foram vistas batendo suas cabeças contra paredes e pisos dos tanques em que vivem, ou tentando arrancar a tinta da pintura do tanque esfregando compulsivamente seus corpos, e mesmo quando já estavam feridas, elas não paravam. No entanto, tais comportamentos não só acontecem por indução do cativeiro.

Uma baleia que estava sendo observada em oceano aberto foi vista batendo sua cauda cerca de 100 vezes sucessivamente. Algo bastante incomum nas orcas e um comportamento bem semelhante ao TOC em humanos.

7 – Auto-mutilação

A tricotilomania ou a mania em arrancar compulsivamente os cabelos, está diretamente relacionada ao TOC em humanos. No entanto, também foi observada em outras espécies de animais, como aves em cativeiro. Papagaios, araras e cacatuas são frequentemente vistos arrancando suas próprias penas, o que pode causar ferimentos graves e o surgimento de doenças.

Superlotação, isolamento, tédio, instabilidades na rotina, entre outros fatores estressantes podem contribuir para que o comportamento surja. Atenção e fornecimento de brinquedos novos a esses animais, pode ser uma maneira de desencorajar o hábito.

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