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7 vezes em que a cultura popular matou pessoas

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Todo mundo gosta de algum produto da cultura popular, seja de livros, filmes, ou música. Afinal, a vida não teria graça sem isso tudo. Às vezes, a gente só precisa fugir da nossa rotina e nada melhor do que aproveitar o que há de melhor na cultura popular. Mas nem tudo são flores nessa vida, e todo mundo sabe muito bem disso. Mas o que nem todo mundo sabe, é que, além de entreter e nos divertir, os frutos dessa cultura também podem trazer consequências, um tanto quanto sombrias e trágicas, para a vida real.

O que não faltam são casos de violência e atentados inspirados pela arte. Da mesma forma que essa cultura pode moldar a sociedade para o bem, ela também pode fazer o contrário. E isso vai desde epidemias de suicídio e assassinatos de fãs até tumultos em estações de rádio ou até uma guerra global. Confira a seguir, 7 vezes em que a cultura popular matou pessoas.

1 – A Cabana do Pai Tomás

O livro A Cabana do Pai Tomás é, sem sombra de dúvidas, um dos romances americanos mais influentes já escritos. O livro de Harriet Beehcer Stowe fala sobre a escravatura nos Estados Unidos e foi um dos mais vendidos da época, inclusive, até ajudou a inspirar a abolição da servidão na Rússia. Segundo Will Kaufman, o livro, de 1852, também “ajudou a estabelecer as bases para a Guerra Civil”. E de fato, a América deu vida às facções anti-escrividão e pró-escravidão, depois desse livro. Enquanto os nortistas apoiavam o abolicionismo, os sulistas produziam uma literatura “Anti-Tomás”, que romantizava a escravidão. Embora muitos fatores levassem a isso, nove anos depois da publicação do livro, a Guerra Civil americana começava.

2 – O Nascimento de Uma Nação

Anos depois da publicação do livro do Pai Tomás, o sulista Thomas Dixon resolveu escrever uma resposta. Ele publicou o livro The Clansman, que descreveu os sulistas brancos como vítimas e o terrorista, Ku Klux Klan, como corajosos defensores de supremacia branca. Esse livro originou o filme polêmico O Nascimento de Uma Nação, dirigido por DW Griffith. O filme chegou até a ser proibido em algumas cidades e deixou um legado mortal. Além disso, inspirou uma nova encarnação do grupo racista Ku Klux Klan, logo após o seu lançamento. O Klan era originalmente secreto e chamado de “O Império Invisível”. Esse novo grupo reinventado passou por altos e baixos, mas permanece em atividade até hoje, cometendo diversos crimes.

3 – O Agente Secreto

O Agente Secreto é um livro de suspense político da Era Vitoriana, escrito pelo autor polonês, Joseph Conrad. A história do livro é focada em um grupo de anarquistas russos que planeja ataques terroristas na Grã-Bretanha. Décadas depois do livro ser publicado, ele ganhou um fã um tanto quanto problemático, chamado Theodore Kaczynski. Ele se identificou, profundamente, com um dos personagens do livro e levou essa paixão a sério demais. Kaczynski orquestrou uma série de bombardeios, visando atingir cidadãos ligados à tecnologia moderna, a qual ele desprezava. Durante esse tempo, ele usou o nome de Joseph Conrad como um pseudônimo, para não ser capturado. No fim das contas, o homem acabou matando três pessoas e ferindo dezenas de outras, entre 1975 e 1998.

4 – Os sofrimentos do jovem Werther

Os Sofrimentos do jovem Werther foi o primeiro grande romance, do escritor alemão Johann Wolfgang von Goethe. Publicado em 1774, o livro conta a história do jovem Werther, que é apaixonado por sua amiga Charlotte. Quando essa amiga se casa com outro homem, o jovem Werther não aguenta o sofrimento e acaba tirando a própria vida. O livro foi um sucesso de vendas em toda a Europa e a moda do Werther acabou se espalhando e os jovens começaram a imitar as roupas do personagem. Mas o mais perturbador é que o livro ajudou a desencadear uma onda de suicídios. Alguns dos jovens usaram até pistolas idênticas às usadas pelo personagem no livro. Vários corpos foram encontrados com cópias do livro. Hoje, o “efeito Werther” é usado para designar um suicídio inspirado pela mídia.

5 – Guerra dos Mundos

Guerra dos Mundos é um dos clássicos da ficção científica. Escrito por HG Wells, o livro descreve uma invasão alienígena da Terra. Em 1938, o americano Orson Welles adaptou o livro, para um drama de rádio. A transmissão foi tão realista que convenceu vários ouvintes, de que o planeta estava realmente sendo invadido. Anos depois, uma versão em espanhol foi transmitida em Quito, no Equador. Enquanto os americanos ficaram irritados ao descobrir a verdade, em Quito, a brincadeira foi um pouco mais dramática. A transmissão polêmica levou a vários tumultos e até a um incêndio, que matou várias pessoas.

6 – Laranja Mecânica

Laranja Mecânica começou como um romance, do autor britânico, Anthony Burgess, até ganhar vida na adaptação cinematográfica de Stanley Kubrick. O diretor deu à história uma versão de exposição dominante, atenuando alguns dos piores crimes do romance. E não por acaso, vários crimes brutais na Grã-Bretanha foram relacionadas ao filme. Muitas das conexões, entre os crimes e o filme, eram tênues, mas uma, em particular, foi bem explícita. Um jovem assassino afirmou explicitamente que o filme Laranja Mecânica era a sua inspiração. Kubrick até recebeu ameaças de morte, devido ao filme ser extremamente violento.

7 – Assassinos por Natureza

Assassinos por Natureza é um filme de 1994, dirigido por Oliver Stone. O filme conta a história de um casal apaixonado, que se envolve em uma série de terríveis assassinatos. O filme é controverso desde o começo, por pelo menos duas razões. A primeira delas é a representação ininterrupta de violência gratuita e horripilante. A segunda é que o filme foi uma inspiração para vários crimes na vida real.

Um dos casos mais notórios foi o de um casal de adolescentes de Oklahoma, que assassinaram um empresário. Na noite anterior ao crime, os dois assistiram ao filme em loop, enquanto consumiam drogas. Outro caso, foi o de dois criminosos franceses que mataram três polícias e um taxista. Um pôster do filme foi encontrado no quarto de um deles. Mas o pior de todos, foi o caso de um adolescente do Texas, que disse ter decapitado seu colega de turma para “ser famoso como os assassinos por natureza”.

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5 pessoas ”loucas” que estavam certas o tempo todo

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