História

7 vezes que doenças mudaram o rumo da história

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Simples doenças são capazes de mudar os rumos de muita coisa. Por exemplo, imagine que alguém contrai uma doença contagiosa, mas descobre isso tardiamente. Então, continua indo ao trabalho, à faculdade, enfim… Continua mantendo normalmente sua vida social. Dá pra imaginar quantas pessoas acabaram contagiadas nesse meio tempo? Até mesmo aquelas que não tiveram contato direto com o doente podem ter sofrido as consequências.

Casos muito parecidos acabaram acontecendo durante nossa história, sendo decisivos para o desfecho de grandes guerras, por exemplo. Já imaginou que uma gripe poderia ceifar a vida de 50 milhões de pessoas? Bem, infelizmente aconteceu. Pensando em casos do tipo, nós aqui da Fatos Desconhecidos separamos abaixo 7 vezes que doenças mudaram o rumo da história. Confere aí!

1 – Gripe espanhola de 1918

Foi no ano de 1917 que os estadunidenses entraram na Primeira Guerra Mundial. Não demorou um ano até que acontecesse o que é considerado hoje como a pandemia mais letal da história da humanidade: a gripe espanhola. Foi tão intensa e drástica, que acabou atingindo populações de todo o mundo. Apenas para que você tenha ideia, estima-se que o número de vítimas está entre 50 a 100 milhões de pessoas, traduzindo… 5% da população mundial.

Cerca de um quarto dos norte americanos acabou pegando a doença, reduzindo em 12 anos a expectativa de vida no país. Os homens foram os principais atingidos, principalmente aqueles que estavam nos campos de batalha. Por terem contato muito próximo, fez com que a doença se espalhasse rapidamente. Dessa forma, com muitos homens doentes ou mortos, as mulheres ganharam espaço na indústria têxtil.

Elas ocuparam grande parte das vagas, algo que até então era considerado absurdo, uma vez que o “papel” delas era apenas ficar em casa. No entanto, até o ano de 1920, já representavam um percentual de 21% dos indivíduos com emprego remunerado em todo o país. Infelizmente, foi preciso acontecer uma tragédia a nível mundial para que elas tivessem maiores oportunidades.

2 – Aquilo que salvou a Magna Carta

O Rei João da Inglaterra era considerado um verdadeiro boçal. Abusava do poder, maltratava aqueles com quem tinha contato, dentre tantas outras atrocidades. Acabou morrendo no ano de 1216, mas o fato não foi de todo ruim, uma vez que “reviveu” a Magna Carta. João havia a assinado no ano de 1215, que é nada menos que um documento que limita as ações dos monarcas na Inglaterra, principalmente do rei (no caso, dele mesmo). Dessa forma, não mais poderia ter poder absoluto.

Apesar de ter assinado a carta, ele não tinha intenção de colocá-la em prática. Isso porque ia definitivamente contra tudo aquilo que amava praticar. Na intenção de invalidar o documento, o enviou para o Papa, que acabou fazendo exatamente isso. No entanto, pouco depois o rei acabou sofrendo de uma grave desinteria, que o fez ter violentas diarreias e sangramento, o levando à morte.

Após o acontecido, seu filho de apenas 9 anos tomou o posto de rei. Dessa forma, os adultos e autoridades ali presentes acabaram tomando as rédeas da situação. Reformularam o documento e finalmente o colocaram em prática. Tudo graças ao falecimento do rei mandão.

3 – Varíola como arma biológica

A varíola pode ser transmitida por meio de fluidos de alguém contaminado, ou de objetos infectados. Embora seja considerada erradicada, é de fácil contágio e um dia, já foi muito popular em nosso mundo, utilizada até mesmo para fins inacreditáveis. Já representando um grave problema de saúde pública, dizimando populações por vários continentes, exploradores europeus ainda a usavam como espécie de arma biológica.

Dessa forma, a doença era transmitida para nativos e todos os inimigos que pretendiam eliminar. Foi o médico britânico Edward Jenner quem mudou o rumo de tal prática, uma vez que conseguiu desenvolver uma vacina contra a doença.

4 – Febre amarela afeta exército de Napoleão

A febre amarela é bastante semelhante à dengue quando se trata de seus sintomas. É transmitida a partir da picada do mosquito Aedes aegypti. Com o passar do tempo, o doente vai apresentando sintomas ainda mais intensos, caracterizados principalmente pela cor amarela nos olhos.

Por incrível que pareça, a doença teve um papel importantíssimo na história, determinando um desfecho impressionante. Diversos soldados franceses acabaram sendo infectados, o que debilitou bastante o exército de Napoleão. Acabaram sendo obrigados a recuar, uma vez que não conseguiam lutar. Acredita-se que da mesma forma, muitos soldados também foram atingidos por desinterias que os forçou a bater em retirada.

5 – Motivos para deixar de acreditar em vampiros

Atualmente, os vampiros não passam de criaturas fictícias. No entanto, houveram os dias em que as pessoas realmente temiam essas feras, chegando até mesmo a caçá-las. Mas por que as coisas mudaram tanto? Simples, a ciência e a tecnologia nos ajudaram a entender o que acontecia. Naquela época, as pessoas ainda não tinham conhecimento de como as doenças transmissíveis agiam. Na verdade, elas não tinham nem essa noção de que algo poderia ser transmissível.

Dessa forma, quando alguém contraía doenças como tuberculose ou peste, acreditavam que os vampiros é que haviam sido os responsáveis. A partir do momento em que a pessoa perdia peso e apresentava fluidos saindo do corpo, aquilo não poderia ser algo natural para a sociedade. À medida que o corpo ia ficando mais magro, ficava clara a ilusão de que os dentes e unhas estavam crescendo. No entanto, com o avanço da medicina, acabaram descobrindo a verdade por trás dos sintomas e desde então, deixamos de acreditar em vampiros.

6 – Tuberculose: o pesadelo de George Orwell

George Orwell foi um renomado escritor inglês, tendo como uma de suas maiores obras o livro “1984”, lançado em 1949. Além de abordar temas políticos no livro, o autor ainda trata de um assunto bem pessoal, mas que não parece. Enquanto escrevia, também enfrentava tuberculose e bronquite.

Tudo indica que o protagonista da obra, Winston Smith, é uma personificação de seu “eu” mais jovem. O próprio Orwell chegou a dizer que “A coisa realmente assustadora era o emaciamento de seu corpo“, sugerindo que Smith sofresse de alguma doença maligna. Dessa forma, o autor atribuiu a tristeza de “1984” ao seu próprio estado de saúde. E certamente, este é um livro consagrado na história.

7 – Doença cerebral deu origem a uma tragédia

Segundo alguns críticos, Nietzsche acabou sucumbindo a uma sífilis que contraiu de uma prostituta. No entanto, no ano de 2003, um médico e estudioso do filósofo contestou o relato, argumentando que seus sintomas eram mais semelhantes a uma doença cerebral. De qualquer forma, ele acabou caindo aos cuidados de Elizabeth Förster-Nietzsche, sua irmã. Foi aí que deu início uma verdadeira tragédia.

Segundo o especialista Christian Niemeyer, sua irmã odiava judeus. Ela já havia tentado implantar ideais arianos, mas não obteve sucesso. De forma contrária, Nietzsche detestava os antissemitas. No entanto, se aproveitando da situação do irmão, ela acabou falsificando alguns de seus escritos, implantando textos antissemitas e racistas, como se o irmão os tivesse escrito. De fato, este foi um dos principais motivos para que Nietzsche entrasse na história. Mais tarde, Hitler se apoderou desses textos para “justificar” a supremacia ariana.

E então pessoal, o que acharam? Compartilhem suas ideias com a gente aí pelos comentários!

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