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7 vezes que a psicologia foi utilizada de forma maligna

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Psicologia é o “é o estudo do comportamento e as funções mentais. A psicologia tem como objetivo imediato a compreensão de grupos e indivíduos tanto pelo estabelecimento de princípios universais como pelo estudo de casos específicos, e tem, segundo alguns, como objetivo final o benefício geral da sociedade.” Bom, na teoria deveria ser para o benefício da sociedade, mas vocês sabem muito bem que as coisas não são exatamente assim.

E quantas vezes a psicologia foi usada em guerras? E quantas vezes a igreja, por exemplo, usou a psicologia para fazer lavagem cerebral em massa? Por isso, resolvemos trazer para vocês algumas vezes que a psicologia foi usada para o mal, confiram:

1 – Memórias falsas implantadas com hipnose

Já pensou que alguém pode implantar uma memória na sua cabeça através da hipnose? A maioria dos psicólogos hoje em dia acham que as memórias reprimidas são bobeiras pseudocientíficas. A verdade é que elas não existe e uma pessoa não vai conseguir encontrar memórias perdidas na mente com uma sessão de hipnose. Mas e se alguém implantar uma memória em sua cabeça, isso seria possível?

Bom, não estamos afirmando que necessariamente psicólogos ajudaram pessoas a recuperar essas supostas memórias implantaram outras memórias intencionalmente. Alguns fizeram isso achando que estavam, na verdade, ajudando seus pacientes.

Existe um caso famoso onde um profissional da saúde mental ‘descobriu’ memórias supostamente reprimidas que levavam a acusações de homicídios contra uma pessoa inocente. Tal ‘descoberta’ levou o paciente para uma longa batalha judicial. Felizmente não foram encontradas provas de que o homem tivesse cometido o crime, mas nos provou que não é tão difícil assim fazer as pessoas acreditarem em algo que nunca aconteceu.

2 – Excesso de estimulação sensorial

A tortura é usada há muito tempo no mundo em que vivemos. As técnicas de interrogatório “avançadas” levaram muitos prisioneiros a buscar um fim à sua existência. O excesso de estimulação sensorial envolve, muitas vezes, barulhos extremamente altos destinados a fazer com que seja difícil para a pessoa pensar ou reagir adequadamente a qualquer situação. Geralmente, inclui ritmos repetidos para aumento do efeito hipnótico.

Algumas formas de estimulação excessiva (como técnicas japonesas de tortura com água) não usam som, mas sim contam com o fato de que seu cérebro precisa distinguir estímulos para continuar a processar seus arredores de uma forma clara.

Os militares dos EUA fizeram uso de técnicas de estimulação excessiva na Baía de Guantánamo, incluindo reprodução de música em volumes extremamente elevados e o uso de luzes estroboscópicas piscando constantemente para os detentos. Vocês assistem de Walking Dead? Aquela música usada pelo Negan para torturar o Daryl é um exemplo do que é excesso de estimulação sensorial.

3 – Técnicas anti-interrogatório “ao contrário” para conseguir informações

O Exército dos EUA não quer que os soldados capturados abram a boca. Por isso, os psicólogos militares criaram um programa para ensinar os soldados a resistirem a métodos de tortura. O programa foi chamado de SERE (Sobrevivência, Evasão, Resistência e Fuga). Depois do atentado de 11 de setembro, a CIA e o Departamento de Defesa dos EUA resolveram que eles precisavam de informações, não importava como eles iriam consegui-las.

Os psicólogos militares usaram a engenharia reversa no programa SERE para fazer seus próprios prisioneiros falarem. O resultado? Técnicas cruéis como posições de estresse, humilhação e uma série de outras coisas capazes de abalar qualquer informante.

Boa parte do trabalho foi inspirado na pesquisa do Dr. Martin Seligman, que descobriu o chamado “desamparo aprendido”. Na pesquisa, ele torturou cães com choques. Os animais foram torturados por muito tempo, até que eles já não tentavam fugir da dor, mesmo tendo a oportunidade. Seligman nega qualquer envolvimento com as técnicas usadas pelos militares, mas muitos dizem que sua pesquisa foi certamente uma inspiração para o governo americano.

4 – Interrogatório com indução de culpa

Pois essas descobertas do Dr. Seligman que citamos no item anterior fez algumas pessoas se perguntarem se as mesmas podiam ser usadas para abusar mentalmente de uma pessoa, com o objetivo de conseguir informações. A ideia do método coercitivo de interrogatório baseado no experimento é fazer a mesma coisa, só que quebrando os processos superiores do cérebro que nos permitem planejar, pensar e até cuidar de nós mesmos.

Existem documentos miliares sugerindo que interrogadores usem o poder para induzir a culpa em vítimas, fazendo-as divulgarem informações. O esquema é que quando uma pessoa é torturada e interrogada por uma mesma autoridade durante muito tempo, ela pode começar a pensar em seu torturador como se fosse uma pessoa da família. Quando ela chega a essa mentalidade, o interrogador usa essa abertura para fazê-la se sentir mal por não dizer o que ele precisa saber. Bizarro, não?

5 – Privação sensorial

O psicólogo Donald Hebb testou sua teoria de que se uma pessoa fosse totalmente privada de qualquer estímulo sensorial, seu cérebro começaria a enfraquecer e funcionar mal. Ele pagava a estudantes por dia para participarem de seu estudo. O problema foi que nem mesmo Hebb pode prever o resultado. O psicólogo pensou que seria capaz de observar seus participantes por vários meses para obter informações sólidas, mas acabou chegando à conclusão que nenhuma das pessoas durava uma semana.

Ele utilizou de privações sensoriais com óculos escuros, fones de ouvido que emitiam ruído branco e vestuário destinado a limitar o sentido do seu tato. Os participantes tinham comprometimento cognitivo temporário, mesmo depois de um pequeno período sem estímulo sensorial. Outro ponto observado foi que eles ficavam altamente sugestionáveis enquanto privados. O experimento não tinha como objetivo torturar ninguém, mas deixou Hebb surpreso com a rapidez da experiência.

6 – Lavagem cerebral na Coreia do Norte

Todo mundo sabe que na Coreia do Norte as pessoas vivem em uma ditadura, certo? O governo, além de oprimir seu povo com as forças armadas, eles também fazem lavagem cerebral em massa. Bom, só se tem o controle total de uma nação caso exista o controle de seus pensamentos. Lembrem-se disso, os governos odeiam quando os cidadãos questionam e pensam muito.

As imagens de dois cidadãos chorando quando Kim Jong Un está passando é uma prova disso. Vocês podem até achar que a imagem é falsa, até por que, que iriam imaginar que as pessoas iriam adorar um tirano? Mas não é esse o caso. Na verdade, um desertor que fugiu para a Coreia do Sul disse que a comoção mostrada na televisão era algo real.

A verdade é que, mesmo depois de uma década fora do país, o cara se sentiu comovido quando viu no noticiário que o ditador estava morto. O desertor quase acreditou mais uma vez que o ditador era uma divindade. Essa é uma lavagem cerebral poderosa. Eles fazem os cidadãos acreditarem que o ditador é uma divindade, e com anos de lavagem cerebral, essa adoração vai ficando cada vez mais séria.

7 – Gaslighting

O termo “gaslighting” foi originalmente cunhado em referência ao filme “Gaslight”. A história fala sobre um marido abusivo que entrou num jogo de guerra psicológica contra a sua esposa. Esta técnica é usada por abusadores para fazer a outra pessoa questionar sua própria realidade, o que por sua vez torna muito mais fácil controlá-la.

Essa técnica já foi usada no mundo real. Um exemplo é o livro “Gaslighting, the Double Whammy, Interrogation and Other Methods of Covert Control in Psychotherapy and Analysis”, onde conta a história de um psicólogo que criou uma espécie de culto psicoterapêutico no qual abusava sexualmente de alguns de seus pacientes.

Para deixar a história ainda mais medonha, o psicólogo também manipulava o marido de uma mulher do culto. Quando ele demonstrava suas preocupações com a esposa e seu envolvimento com o grupo, o médico respondia que era o marido que estava “distorcendo sua própria realidade”. Bizarro, não?

Depois de certo tempo, muitas pessoas começaram a acusar o médico e seus ‘experimentos’ chegaram ao fim.

E aí, caros leitores, já conheciam todas essas técnicas de psicologia usadas para o mau? Comentem!

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