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8 retratos de vítimas do ataque à boate gay em Orlando, um ano depois, e o que eles tem a dizer

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Foi no dia 12 de junho de 2016 que várias famílias tiveram suas vidas marcadas por um momento trágico, quando um ataque que deixou 49 mortos e 53 feridos aconteceu na boate Pulse Nightclub, localizada em Orlando (EUA]), que atendia público LGBT, ataque esse, motivado pelo ódio e preconceito.

Um ano após o acontecimento, a Dear World deu início a um projeto que tinha como objetivo mostrar como estão os sobreviventes hoje em em dia, dando a elas oportunidade de contar suas histórias e relatos sobre o que aconteceu naquele momento. Foram entrevistados também alguns familiares e bombeiros que fizeram parte do socorro às vítimas. Após a entrevista, os sobreviventes escreveram frases em seus corpos que de alguma forma, passam uma mensagem sobre o acontecido, e em seguida, foram fotografados para dar vida ao projeto.

O projeto é capaz de nos mostrar o quanto a vida é importante e nos ensina a valorizar cada segundo, cada momento vivido. É preciso ainda, reconhecer a coragem de cada um que se propôs a participar disso, pois com certeza este não é um tema fácil de ser abordado.

Confere aí algumas das fotos e dos depoimentos que foram cedidos ao projeto.

1 – Ray Rivera

Ray Rivera é DJ e tocava na noite do incidente. Diz que ainda tem dificuldades para dormir e passa por acompanhamentos. Até pouco tempo, não queria sair nem com seu filho e esposa, hoje, ele não se priva mais, resolveu que a melhor saída, seria aproveitar a vida com a família.

“Às vezes, meu filho quer fazer algo ou minha esposa vai querer fazer algo, dizia estar cansado. Agora eu digo: “Ok. Você que sabe! Vamos lá!.”

2 –  Mayra e Brian

Mãe e irmão de Amanda Alvear, que morreu no ataque. Ela diz que os últimos momentos da filha foram registrados pelo Snapchat, quando mandou uma foto. “Ela escreveu: – ‘eu te amo’ e eu respondi: ‘eu te amo’. ”

3 – Angel Colon

Sobrevivente do ataque, ele diz ter enfrentado dias sem dormir, onde a única coisa que fazia era conversar com Deus. Mas diz ter perdoado o autor do ataque:

Como é possível perdoar? Como é possível pensar em algo assim?
Eu nunca esquecerei. Mas para que eu sirva bem para mim, para a minha família, para levantar outras pessoas, quero que elas possam pelo menos falar comigo, alguém que passou por uma tragédia. E o perdão foi parte do processo.  

Quando você pensa em perdão, há uma coisa específica que você tem que perdoar. Há uma pessoa específica que você tem que perdoar. Então, sim, estava na minha cabeça, esse cara que fez isso.

Eu perdoo você!”

4 – Marissa Delgado

Marissa Delgado é sobrevivente, mas perdeu um amigo no ataque. Diz ainda não ter superado o acontecimento e que não acontece dessa forma.

Como se sente um ano depois ou como é a sua recuperação?

Qual a recuperação? Você acha que eu deveria estar recuperada só porque já faz um ano? Não acontece assim. Uma das questões comuns que eu realmente odeio: ‘Oh, como é seu processo de cura?’ ‘Demora mais que isso’.”

5 – Dimarie Rodríguez

Mãe de Jean Carlos Nieves Rodriguez, que faleceu no tiroteio. Ela lembra de uma conversa que teve com o filho pouco antes da tragédia:

“Mas naquela noite, não havia “Boa noite”, porque sabia que ele estava no clube. Eu tinha enviado o meu. E ele me enviou “eu te amo”, mas não enviou “boa noite” porque ele estava fora. Quando me levantei naquela noite e não o vi na cama eu mandei mensagem para ele. Obviamente ele não tinha vindo. Voltei para a cama e levantei às 4:00 da manhã. Levantei-me e me vesti e fui trabalhar muito cedo. Era como 4:30 da manhã e ela não havia chegado em casa. E essa foi a primeira vez que aconteceu.”

6 – Orlando Torres

Orlando Torres sobreviveu ao ataque, mas perdeu uma pessoa próxima. Ele fala com pesar, sobre como foi o último encontro entre eles:

“Ei, como você está, Anthony?”
Nós nos abraçamos, e eu o dei um beijo.
“Espero que você aproveite sua noite”.
Eu fui ao banheiro e em poucos minutos, comecei a ouvir todos esses tiros.
Eu disse olá, mas não tive a chance de dizer adeus.
Isso é o que me entristece.”

7 – Robert Pressley

Filho de Brenda Lee, que morreu no ataque, Robert é um de seus 11 filhos. Ele lembra sobre os últimos momentos com a mãe, onde ela dizia ter a sensação de que algo ruim poderia acontecer. Lembra ainda, com emoção, do que ela sempre dizia para os filhos:

“Se eu morrer, não quero que vocês fiquem tristes, porque eu vivi minha vida. Eu não era a melhor mãe, mas fiz tudo o que eu tinha que fazer para ter certeza de que vocês teriam roupas e comida na mesa. Por meus bebês, eu lutaria.”

8- Rodney Sumter

Rodney trabalhava como barman naquela noite e é um sobrevivente. Lembra que estava encerrando seu expediente, quando começou a escutar barulhos estranhos, até comentou com um amigo. Perceberam então que se tratava de um tiroteio, os dois se jogaram no chão tentando fugir dos tiros, mas Rodney ainda sentiu que havia sido acertado no braço.

“Sabíamos que a polícia estava lá fora, mas não havia ninguém para nos salvar, naquele ponto. Minha mãe sempre me disse: ‘Se você tiver uma oportunidade de louvar, adorar e pedir perdão a Deus antes de passar, então faça’.
Tudo o que eu conseguia pensar era nos meus filhos e o quão jovem eles são.
Deus agora não. E se é agora, por favor me perdoe todos os pecados e cuide de meus filhos e minha família.”

Essas são histórias que sem dúvidas, nos fazem refletir sobre a importância de cuidar bem de quem está perto de nós, e valorizar a vida, saber realmente aproveitar cada segundo, pois nuca se sabe o que vem em seguida. E então, o que acharam da matéria pessoal? Compartilha aí com a gente!

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