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9 coisas que os fãs ainda não entendem sobre Star Wars

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Certas obras da cultura pop transcendem barreiras mundiais, ou seja, elas são amplamente conhecidas tanto no ocidente quanto no oriente. Esse é o caso de Star Wars. O primeiro filme foi lançado no final da década de setenta e de lá para cá sua popularidade apenas cresceu. Star Wars é uma saga que mostra a jornada do herói narrada etapa por etapa, possui um universo tão rico que não conseguiu ficar apenas em uma mídia: inevitavelmente ela expandiu.

Star Wars está presente em todos os lugares – há quadrinhos, animações, jogos e livros que complementam seu universo, além dos inúmeros produtos que a obra estampa, desde brinquedos à qualquer utensílio doméstico. Basicamente, todas as pessoas que assistem filmes e navegam pela internet, ao menos, já ouviram falar alguma coisa sobre ele.

Uma saga com tanto tempo de vida já tem uma base fiel de seguidores, inclusive aquelas pessoas que procuram consumir tudo a respeito da obra e, em alguns casos mais extremos, pessoas que vivem Star Wars. Existe até uma cidade no Reino Unido que possui uma Igreja Jedi. Seu fundador, Daniel Jones, prega os princípios do jediismo: “não existe emoção, existe paz” e “não existe ignorância, existe conhecimento”. Com o lançamento de O Despertar da Força em 2015, a saga (e a igreja) ganhou um novo fôlego e levou mais algumas almas para seu lado.

Esse ano, graças à Força, mais um filme chega aos cinemas em dezembro. Embora Star Wars já tenha milhares de seguidores, muitos fãs ainda não sabem de detalhes sobre a obra, por isso, separamos algumas informações que possam esclarecer algumas dúvidas e/ou complementar o conhecimento de jovens Padawans.

1 – Vader nem sempre foi cotado para ser o maior vilão

De todas as figuras que já passaram pela saga, nenhuma conseguiu ser tão emblemática como Darth Vader. Quando falamos em Star Wars, a primeira imagem que vem na cabeça é do homem vestido todo de preto, com uma capa grande, um capacete customizado e o som de uma respiração pesada. Ele teve vários momentos marcantes que o colocaram com um dos vilões mais temidos da cultura pop. Mas ele não era o vilão mor da saga.

Se repararmos com cuidado, podemos perceber que Vader era submisso à Grand Moff Tarkin, ou apenas Governador Tarkin. Darth Vader tem liberdade para mandar e desmandar, de matar e fazer o que bem entender, mas seu poder vai até certo ponto. Por exemplo, quando ele começa a sufocar Motti, ele para apenas porque Tarkin o mandou.

2 – Tatooine não é remota ou sem importância

Uma das desvantagens de ter uma narrativa em primeira pessoa é o fato de termos apenas seu olhar sobre quaisquer acontecimentos e, isto, é exatamente o que acontece com Star Wars. Infelizmente o espectador acompanha a história através dos olhos de Luke Skywalker e, por isso, acaba por se influenciar com algumas de suas opiniões. Bom exemplo é o que acontece com Tatooine, Luke descreve o planeta como “o mais distante de qualquer centro brilhante para o universo”. Consequentemente, sua opinião influenciou muitos fãs, que enxergam o planeta da mesma forma.

Canonicamente, Luke vive no boondocks, em uma fazenda, algo que parece mais um deserto apenas de areia e mercenários. Porém, Tatooine é cheio de cidades, como Mos Eisley e Mos Espa, ambas cheias de vida e comércio. A própria presença de contrabandistas (como Han Solo e outros habitantes) significa que há uma abundância de negócios – legais e ilegais – para eles adquirirem no planeta.

No entanto vocês podem se perguntar: por que outros personagens, às vezes, comentam como Tatooine é remota? Bem, antes de tudo considere a fonte. Estas, geralmente, são pessoas da República, que veem qualquer coisa fora de seus limites – ou seja, fora de seus controles – como longe e sem importância, apesar de todo o turismo aparente e comércios.

3 – O sotaque inglês de Carrie Fisher não foi um erro


Nossa querida e eterna Carrie Fisher sofreu no começo de sua carreira como atriz. Star Wars foi seu primeiro trabalho profissional, ela era bastante jovem e ainda inexperiente, por isso, estava mais propensa aos erros. Um desses “deslizes” em sua atuação foi questionado por décadas: a cena na qual princesa Leia conversa com o Governador Tarkin. Fisher assume um inexplicável sotaque britânico quando está conversando com Peter Cushing, decisão que fez fãs acreditarem por muito tempo que ela estava simplesmente nervosa ou sobrecarregada pela presença do ator veterano, porém, eles estavam enganados, Leia estava, na verdade, zombando de Grand Moff Tarkin.

Em Star Wars Bloodline (2016), romance parte do cânone, a autora Claudia Gray escreve uma cena na qual a princesa recorda de conversas anteriores com Tarkin e lembra de usar o sotaque para zombar dele. Para a cena tão discutida através dos anos, Carrie Fisher simplesmente incorporou a personalidade de Leia Organa.

4 – Stormtroopers não são apenas clones

Um mito bem interessante porque envolve a trilogia original, no entanto, começou com a segunda trilogia e foi desmentido em O Despertar da Força. O mito é simples: muitas pessoas acreditam que os Stormtroopers que aparecem na trilogia original são os clones mostrados no prequel da saga. Porém, para espectadores mais atentos, a resposta sempre esteve nos filmes.

Para começar, os Stormtroopers não soam como Jango Fett e isso fica claro na trilogia original. George Lucas já até lançou versões diferentes, mas para Boba Fett soar como Jango e não os Stormtroopers. Outra observação, os novos Stormtroopers não são tão disciplinares como aqueles que Obi-Wan presenciou em Guerra dos Clones.

Essas evidências circunstanciais foram concretizadas com o lançamento de Star Wars A New Dawn (2014), romance de John Jackson Miller, o primeiro canônico depois que O Despertar da Força desvalidou o antigo universo expandido. O livro, casualmente, menciona Stormtrooper mulheres, confirmando que o Império também recruta humanos para compensar os clones que perderam.

5 – O treinamento de Luke não está completo

Essa é uma informação falsa dada pelo próprio Yoda. Depois que Luke deixa Dagobah para ajudar seus amigos em O Império Contra-Ataca e continua sua jornada em O Retorno de Jedi, eventualmente ele volta a se encontrar com Yoda. No entanto, o Mestre Jedi está à beira da morte e diz a Luke que seu treinamento está completo e sua teste final será enfrentar Darth Vader. E claro, os espectadores acreditaram nele.

No entanto, é importante lembrar que Yoda, assim como Obi-Wan, pode ser flexível sobre a verdade, a começar pelo primeiro encontro que ele tem com Luke, no qual ele encarna um completo louco. A ideia de que Luke realmente completou seu treinamento Jedi, se encaixa nesses momentos de flexão. Vamos ao raciocínio.

Luke tem o equivalente a um longo fim de semana com Obi-Wan Kenobi em Uma Nova Esperança, então ele passa cerca de uma ou duas semanas balançando a pedra na supervisão de Yoda e depois parte para ajudar seus amigos. Lembrem-se que Luke sai quase tão longe quando Han e Leia chegam a Cloud City, e mesmo sem uma nave veloz, ele não demora a chegar.

Outro ponto a ser lembrado são as crianças padawans que aparecem em Ataque dos Clones. Elas recebem treinamento, aparentemente, diários, desde muito cedo, ou seja, elas tem uma experiência como padawans por anos, apenas depois disso eles se tornam Jedis. Comparada a situação que Luke passou, é como se o personagem tivesse começado a escola, faltasse o resto dos anos e séries escolares todos e comparecesse apenas para a prova final, com o objetivo de se formar.

6 – Qui-Gon não foi um sábio mentor Jedi

Este é um equívoco que podemos culpar o roteiro e a ótima atuação de Liam Neeson. Muitas pessoas, depois de assistirem a Ameaça Fantasma, passam a acreditar que Qui-Gon é um sábio mentor Jedi, afinal, ele é apresentado como desempenhando o papel mais antigo de Obi-Wan. A verdade, no entanto, é que ele é um mestre e mentor Jedi perigoso e imprudente.

No início de A Ameaça Fantasma, ele diz não sentir nada de errado e, minutos depois, acontece um atentado contra sua vida e contra o planeta inteiro. No planeta, ele acredita ter enganado o chefe Nass, mas o alienígena acaba enganando Qui-Gon e o faz passar pelo núcleo planetário. Quando aterrissa em Tatooine, ele diz que ter créditos da República significa que eles não podem ser cobrados por nada. Ainda em Tatooine, ele percebe que Watto tem a parte que ele precisa para a nave de corrida de Anakin e logo usa a manipulação Jedi para consegui-la, isso em cima da aposta da liberdade de Anakin.

Se sua moralidade é flexível, por que não roubar a parte e não arriscar a vida de uma criança em uma corrida perigosa? Por que ele não libertou a mãe de Anakin? Mesmo sem ela poder ir com eles, ele poderia ao menos livrá-la da escravidão. De volta a Baboo, Qui-Gon não hesita em levar Anakin para um tiroteio onde ele poderia ser morto. Por último, Qui-Gon faz uma série de decisões terríveis, algumas tão ruins que algumas pessoas teorizam que ele foi, secretamente, um Sith.

7 – O Império não é inequivocamente mau

O conceito geral de toda a trilogia original é que o Império seja mau. Se isso não for verdade, então os heróis são lançados em uma luz mais escura. Na verdade, eles são literalmente terroristas: um bando de insurgentes guerrilheiros que operam em células dispersas e fazem ataques contra o governo legítimo. Infelizmente, para a Rebelião, porém, há uma ampla evidencia de que o Império não é realmente tão mau.

Primeiro, é importante estabelecer que a Rebelião também mata pessoas inocentes. Para aqueles pegos no fogo cruzado, o Império os protege de ataques regulares de terroristas perigosos. Além disso, Palpatine torna uma prioridade caçar Jedis. Os filmes apresentam a ideia de que o Lado da Luz é bom e de que o Lado Negro é mau. No entanto, regularmente podemos ver Jedis manipulando as pessoas, dizendo mentiras e, geralmente, governando a galáxia com base em suas crenças religiosas. Imagine se a Terra for dominada por extremistas religiosos com espadas a laser, impondo suas vontades, suas crenças, seus hábitos? De repente, a decisão de Palpatine de libertar a galáxia de suas manipulações e tirania não soaria tão ruim assim.

8 – Não foi Lucas escreveu o letreiro de abertura da saga

Sabe a clássica abertura de Star Wars? Aquela que as informações base do filme aparecem rolando na tela. É sempre a primeira cena e aparece em todos os filmes da saga, exceto em Rogue One. Pois bem, George Lucas não foi o autor dessa ideia. Antes dele a técnica foi usada na série Flash Gordon Conquers the Universe, de 1940. Com a preocupação de que alguns telespectadores pudessem ter perdido os episódios anteriores, ou simplesmente esquecido o que aconteceu, a produção incluiu os letreiros “rastejantes”.

Outra coisa que Lucas também não fez, foi escrever o conteúdo do letreiro, embora ele esteja listado como um dos roteiristas. O diretor até chegou a fazer uma pausa para escrever, mas sua primeira tentativa, longa e absurda, revelou o mesmo problema que as prequels iriam expor anos mais tarde: Lucas nem sempre percebe que menos é mais.

Felizmente, ele mostrou uma exibição precoce do filme para alguns de seus amigos, incluindo o veterano diretor Brian de Palma, que teria descrito o rastreamento original como algo que “não fazia sentido algum”. Depois, de Palma ajudou George Lucas a reescrever e sugeriu o rastejar como conhecemos hoje, o resto é história.

9 – George Lucas não é o porquê de Star Wars ser um sucesso

O maior pressuposto de Star Wars é também o mais básico: que George Lucas é a principal razão pela qual Star Wars é bem sucedido. Foi ideia dele, ele foi o roteirista e diretor de Uma Nova Esperança, ou seja, ele tem de ser a principal razão de todo o sucesso da saga, sim?!

Não exatamente. O primeiro filme foi basicamente um filme salvo em sua edição. Sua esposa, Marcia Lucas, foi quem ajudou a editar e a transformar Um Nova Esperança em um filme cheio de virtudes e cenas que os fãs tanto amam, desde a morte de Obi-Wan ao retorno de Han Solo. A famosíssima trilha sonora? George Lucas queria música clássica ao estilo de 2001: Uma Odisseia no Espaço. Por sorte, John Williams bateu o pé, disse não e foi na direção oposta. Em O Império Contra-Ataca, considerado o melhor filme da saga, Lucas foi substituído na direção por Irvin Kirshnner e no roteiro por Lawrence Kasdan em grande parte da história, uma sorte para os fãs. Lucas, por exemplo, queria um filme cheio de ação, com toques tolos, como Wampas atacando a base rebelde e também um pouco de romance.

Cinema já é uma arte coletiva, com Star Wars isso foi levado a outro nível. George Lucas teve ajuda, e muita, para fazer a saga dar certo.

O que acharam da lista? Conheciam parte dela? Fiquem à vontade para acrescentar algum outro item e comentar os indicados. Só lembrando que não temos a intenção de impor verdades, desrespeitar e nem ofender ninguém, nosso intuito é apenas de informar, instigar e entreter mentes curiosas.

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