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A ciência alerta para as máquinas com poder de vida e morte sobre os humanos

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O espanhol, José Ignacio Latorre, é um dos físicos quânticos mais importantes no cenário atual. É amplamente reconhecido por sua pesquisa, dirige projetos, é professor, faz documentários, é escritor e ainda tem tempo de produzir vinho, com um grupo de amigos.

Basicamente, podemos dizer também que Latorre pertence aquela casta de cientistas, que desceu do pedestal para disseminar massivamente conceitos muito complicados, como, por exemplo, teoria de campo e redes neurais profundas.

Em seu primeiro livro, “Quantum”, ele explora as chaves para entender uma ciência que está transformando o mundo em que vivemos. Já com sua segunda obra, “Machine Ethics”, ele nos convida a refletir sobre como programaremos a inteligência artificial e como poderemos viver com ela. E é exatamente sobre isso que queremos falar.

O livro é fascinante, não apenas por causa dos dilemas éticos que apresenta, mas também por incluir temas de filosofia, história e personagens que mudaram o mundo. Além disso, muitos desses personagens não possuem o reconhecimento que deveriam, como por exemplo, sem ter conhecimento suficiente, como Ada Lovelace, filha de Lord Byron, que é creditada com a criação do primeiro algoritmo.

O livro, nesse ínterim, também nos convida a refletir sobre como a tecnologia segue um constante processo de modificação.

As máquinas estão mudando o conceito de humanidade

Os carros nos fizeram andar menos. As lentes de contato nos permitiram ver melhor. Já não precisamos nem mais realizar cálculos. Em contrapartida, ninguém sabe mais dividir uma conta de um restaurante. Todo mundo pega o telefone para fazer isso.

Portanto, o que estamos delegando em pleno século 21? Basicamente, estamos começando a fabricar máquinas que podem decidir por nós. Assim, o próximo passo é perder o poder de escolha.

Se deixamos as máquinas decidirem, permitiremos que as mesmas redefinem o conceito de ética, estabilizam dilemas e comecem a definir o que é certo e o que é errado. Ou seja, estamos entrando em um novo mundo.

E para onde vamos?

Viver lado a lado da inteligência artificial será algo muito complexo. Nesse cenário, obviamente, não haveria decisões triviais. Por exemplo, por lei, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos encomendou um programa de inteligência artificial, para auxiliar os juízes de diversas maneiras.

O sistema jurídico dos EUA é baseado em jurisprudência, ou seja, o que juízes anteriores fizeram estabelece um precedente. Portanto, se hoje temos que julgar uma nova pessoa, devemos levar em consideração o que foi feito antes.

Agora, por que não utilizar inteligência artificial avançada para fazer um estudo detalhado de tudo? Muito ampla a pergunta? Dou outro exemplo. Coloquemos aqui, em questão, a saúde.

Imagine que você um filho doente. O melhor, aqui, seria levá-lo ao médico, não é verdade? Você prefere que um profissional faça o diagnóstico ou uma máquina? E se a máquina faz um diagnóstico errado e seu filho, devido a isso, é obrigado a ficar o resto dos dias da vida, em cima de uma cama?

E se essa mesma máquina tem o poder de decidir se seu filho deve viver ou morrer? Afinal, uma pessoa em um leito de hospital pode estar ocupando o lugar de uma que precisa de ajuda. A máquina assim, pode ‘pensar’ que o melhor caminho seria optar pela morte.

No futuro, tudo será programável e a inteligência artificial poderá desempenhar um papel muito importante na transformação, não só no setor da saúde, mas também de modelos econômicos e políticos.

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