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A ciência descobre que o Fósforo não veio da Terra

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Elemento químico é um conjunto de átomos que possui a mesma quantidade de prótons em seu núcleo. Esses elementos compõem tudo que existe. Com exceção dos gases nobres, a maioria deles não pode ser encontrado de forma isolada, mas sim em seus compostos.

Se pensarmos na origem dos elementos químicos precisamos primeiro entender como tudo começou. Ou seja, precisamos voltar entre 10 e 20 bilhões de anos atrás quando o tudo era nada. O Big Bang teria acontecido a uma temperatura e pressão inimaginável em um átomo primordial. E quando acontece a fusão desse átomo e uma quantidade incalculável de energia é liberada o universo como conhecemos hoje é formado.

Foi a partir da fusão do Big Bang que surgiram os elementos Hidrogênio, Hélio e o Lítio. Elementos mais presentes no universo como ele é conhecido. Desde então, o universo foi se expandindo, resfriando e novos elementos se formaram.

E pesquisas estão sempre tentando entender grandes questões do universo. Como de onde viemos, como foram os primeiros anos em nosso planeta, se os humanos realmente desaparecerão da face da Terra e o que virá depois.

Nessa busca, no começo de janeiro, pesquisadores descobriram que os primeiros organismos da Terra surgiram em lagos cheios de fósforo. O mistério era como essa substância chegou em nosso planeta, ou pelo menos era.

Observação

Os especialistas do Observatório Europeu do Sul (ESO), dizem que desvendaram as origens desse elemento no universo. Isso de acordo com um artigo divulgado na quarta-feira.

Os astrônomos observaram, com a ajuda do conjunto de telescópios ALMA, uma região de formação de estrelas que é conhecida como AFGL 5142. E nela eles conseguiram identificar a presença de monóxido de fósforo.

De acordo com a equipe, eles quiseram observar e estudar essa região porque estrelas e sistemas planetários se formam em áreas parecidas a nuvens de gás e têm “poeira” proveniente de outras regiões do espaço. Esses são fatores essenciais para o surgimento de diversas substâncias.

Os especialistas explicam que os fluxos de gás que vem de estrelas jovens criam espaços entre as nuvens de poeira interestelar. E com a ação combinada dos choques entre as partículas e radiação emitida pelos astros, moléculas contendo fósforo se formam nas “paredes” das cavidades.

“A vida apareceu na Terra há cerca de 4 bilhões de anos. Mas ainda não sabemos os processos que tornaram isso possível”, explicou Víctor Rivilla, principal autor do estudo.

Descoberta

E por causa dessas descobertas, a equipe acredita que agora essas respostas estejam mais perto de serem descobertas. Os pesquisadores também avaliaram a composição do cometa 67P/Churyumov–Gerasimenko.

Para isso, eles conseguiram avaliar essa composição com a ajuda de um aparelho chamado ROSINA. A ideia era seguir a trilha desses compostos contendo fósforo. E assim, entender onde essas substâncias vão parar e como elas podem ter chegado na Terra.

O que a equipe pensou é que, mesmo antes das estrelas se formarem por completo, vários grãos de poeira com fósforo se juntaram e formaram rochas. Assim, quando cresceram formaram cometas. E vendo os dados de 67P, a equipe viu a presença de monóxido de fósforo no cometa.

Fósforo

Essa foi a primeira vez que a substância foi encontrada em um cometa. E isso deu aos astrônomos, a possibilidade de fazer uma conexão entre as regiões em que as estrelas se formam e a presença de fósforo na Terra.

“A combinação dos dados do ALMA e do ROSINA revelou um tipo de ‘fio químico’ durante todo o processo de formação de estrelas. No qual o monóxido de fósforo desempenha o papel dominante”, disse Rivilla.

“Como os cometas provavelmente trouxeram grandes quantidades de compostos orgânicos à Terra, o monóxido de fósforo encontrado no cometa 67P pode fortalecer o vínculo entre os cometas e a vida na Terra”, concluiu Kathrin Altwegg, uma das especialistas que participou da descoberta.

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