Curiosidades

A curiosa cidade em que toda a população vive em um prédio

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Existe uma cidade no Alasca em que a população total é de 218 pessoas, e elas residem no mesmo local. O único prédio de Whittier, conhecido como Begich Towers, possui 14 andares, e funciona como um pequeno município, com uma igreja, delegacia, lojas e serviço de correio.

O prédio foi originalmente projetado como um quartel do exército durante a década de 1950, e em seguida transformado em uma residência em 1969. Whittier está situada entre as montanhas e o mar. O edifício só pode ser acessado por um barco de longas distâncias e por meio de uma via subterrânea.

O principal acesso da cidade-edifício é um único túnel onde fica uma estrada de quase quatro quilômetros de extensão e 4,8 metros de largura. Vale destacar que essa é a única entrada e saída em terra. A via costuma estar sempre livre, mesmo que o tráfego interno dela exista em um único sentido, alternando entre entrada e saída.

Complexo de dois edifícios 

Foto: Reprodução/ Aventuras na História

A princípio, a cidade deveria ser um complexo com dois principais edifícios, o Ed. Buckner e as Torres Begich, construídos no pós-guerra com a meta de posicionar a base militar mais longe da fronteira com a URSS em plena Guerra Fria.

A obra custou cerca de 55 milhões de dólares, no entanto, o Buckner foi abandonado pouco tempo depois de finalizado, isso porque não era considerado de grande utilidade.

Enquanto isso, as Begich Towers, ou BTI, continuaram em uso, sendo ocupadas pela população atualmente. Dentre as mais de 200 pessoas que moram no local, 75% têm sua vida praticamente resumida nos serviços que a cidade-edifício fornece, desde a prefeitura e a polícia, no primeiro andar, até mercados, centros médicos e espaços de lazer.

Ao redor, outras pequenas construções completam um complexo. Entre elas estão um ginásio militar, onde moradores guardam barcos e um hotel transformado em lavanderia, bar e restaurante. 

Já o centro, chamado de casa pelos habitantes, e o básico da vida social de Whittier se resume ao prédio onde moram os cidadãos da cidade.

Ketchikan: outra curiosa cidade do Alasca

Foto: Reprodução/ Mega Curioso

Outro local do Alasca que chama a atenção é Ketchikan. A pequena cidade está perto da fronteira com o estado da Colúmbia Britânica, no Canadá. Sua população é composta principalmente por pescadores, lenhadores e comerciantes locais.

A maior curiosidade sobre a cidade é que ela possui o recorde de maior coleção de totens do mundo. Ao todo Ketchikan possui mais 80 totens e todos os anos mais peças são criadas. Eles fazem parte da tradição da comunidade local e dos tlingits, povo originário da região.

Os totens contam a história das famílias locais, honram os mortos e relembram grandes feitos dos ancestrais. Por isso, cada totem possui um significado e, atualmente, eles são feitos sob encomenda por diversos artistas. Mesmo que alguns deles tenham relação com as lendas da comunidade tlingit, os totens nunca tiveram significado religioso.

Ao todo, existem cinco tipos principais de totens em Ketchika:

  • Os de honra são feitos para celebrar uma pessoa ou um evento; 
  • Os memoriais são feitos para honrar os mortos;
  • Já os heráldicos identificam as famílias que pertencem a um determinado clã;
  • Os históricos descrevem a história de uma família; 
  • Enquanto isso, os de vergonha servem para lembrar à comunidade de alguém que teve uma ação considerada errada ou se manifestou contra a ação política local.

Uma tradição milenar

Foto: Reprodução/ Mega Curioso

Os nativos tlingit não possuíam uma linguagem escrita, por isso, contavam sua cultura e lendas por meio de histórias. Os totens serviam para que fosse possível representar visualmente as histórias e passá-la de uma geração para outra.

Além disso, cada clã era responsável pela preservação da sua própria história, por isso apenas membros do clã que construíram o totem podem contar sobre a história do objeto. Mesmo que a história fosse contada entre membros de clãs distintos, isso não significava que outros clãs pudessem contar.

De acordo com um escultor tlingit, “se não faz parte da história do meu clã, então não tenho o direito de contar essa história”.

Além de Ketchikan, é possível encontrar totens em outras cidades próximas, no Alasca. Também podem ser vistos espalhados pela costa da Colúmbia Britânica.

Fonte: Aventuras na História, Mega Curioso

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