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A erupção de um único vulcão poderia destruir toda a vida na Terra?

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Um vulcão nada mais é do que uma estrutura geológica, que surge a partir do escape de magma, gases e outras partículas quentes para a superfície. É provável que você nunca tenha tido a oportunidade de ver um deles em atividade. Especialmente porque o nosso país não sofre com esse tipo de evento. Mas mesmo assim é possível que as consequências de uma erupção seja sentida.

Um vulcão bem notório da Europa, que fica na baía de Nápoles, está mostrando sinais de despertar. O vulcão é chamado de Campi Flegrei, que se traduz apropriadamente para campos em chamas. Ele é um supervulcão feito de uma vasta e complexa rede de câmaras subterrâneas que se formaram centenas de milhares de anos atrás. Elas se estendem dos arredores de Nápoles até o Mar Mediterrâneo.

Nos últimos 500 anos esse vulcão foi bastante pacífico, sem nenhuma erupção desde 1538. A última erupção do Campi Flegrei foi, relativamente, pequena e teve como resultado a formação de uma nova montanha chamada Monte Nuovo. Mas alguns eventos recentes mostram que esse período de quietude pode estar acabando.

Em dezembro de 2016, o governo italiano elevou o nível de ameaça do vulcão por causa de deformação e aquecimento da caldeira. O que se teme é que o fundo do vulcão possa estar atingindo a pressão crítica de desgaseificação.

Esses gases vulcânicos poderiam injetar abruptamente calor nos fluidos e nas rochas hidrotermais. E quando isso acontece em uma grande escala pode causar uma falha de rocha catastrófica dentro do vulcão. E isso provocaria uma erupção. E um estudo publicado em 2017, viu evidências que o supervulcão está indo de encontro a uma erupção por décadas.

Vulcão

O que tem que ser ver agora não é se, mas o quão grave seria essa erupção. Segundo Antonio Costa, do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia de Bolonha, que mmonitora o supervulcão, Campi Flegrei está em um estado crítico.

“Em termos probabilísticos, esperamos algo chamado de ‘erupção estromboliana violenta’. Isso é relativamente em pequena escala para uma supererupção. No entanto, não é fácil dizer se haverá definitivamente uma erupção nos próximos anos. Campi Flegrei não entrou em erupção durante a escala de tempo em que esteve sob observação, então não sabemos exatamente o que esperar”, explicou.

Essa erupção estromboliana violenta explodiria rochas fundidas e gases vulcânicos a alguns milhares de metros da atmosfera. Ele seria um evento grande e exigiria a evacuação de milhares de pessoas. Mas mesmo assim seria pequeno para Campi Flegrei.

Erupção

A erupção mais notória desse vulcão foi a de Campanim Ignimbrite há 39 mil anos. A nuvem de cinza foi levada até a Rússia central, que está a aproximadamente dois mil quilômetros de distância.
Essa erupção aconteceu quando uma grande parte da Europa estava em um período glacial. E como consequência grande parte do continente ficou devastado por séculos. A Itália, a costa do Mediterrâneo e toda a Europa Oriental ficaram cobertas com 20 centímetros de cinzas. Isso provavelmente destruiu a vegetação e criado um vasto deserto.

Uma parte grande da Rússia estava imersa em cinco centímetros de cinzas. O que era o suficiente para acabar com a vida das plantas por décadas ou mais.

“Nós sabemos por análise química que as cinzas continham flúor, que tem um forte impacto na vegetação, e teria produzido uma doença chamada fluorose em animais. Isso teria um impacto negativo sobre os humanos”, disse Costa.

A erupção do Campanim Ignimbrite pode ter impactado bastante. Alguns cientistas acreditam que ela diminuiu as temperaturas da Europa em até quatro graus e mudou o clima por muitos anos.

Extinção

Existiram outras erupções de outros vulcões que também provocaram mudanças climáticas. Mas os cientistas se mantém céticos de que um único evento explosivo, como a erupção de um vulcão poderia acabar com a humanidade.

Ao invés disso, os vulcanologistas alertam que um outro tipo de evento vulcânico pode ser uma ameaça ainda muito maior. Todas as cinco grandes extinções em massa coincidiram com grandes erupções de lava.

Elas aconteceram como contínuos desabamentos por centenas de milhares de anos. São conhecidas como lavas de inundação e são causados por plumas ascendentes de material quente das profundezas da Terra.

Nos últimos 250 milhões de anos aconteceram somente 11. E cada uma formou vastas cadeias de montanhas, platôs e formações vulcânicas. Um que aconteceu há 66 milhões de anos. Essas podem ter contribuído para a extinção em massa que aconteceu naquele momento.

O problema é que ninguém sabe quando o próximo evento de lava inundada vai acontecer. “Esperamos mais um evento de lava em algum momento nos próximos 50 milhões de anos, mas não acho que alguém tenha ideia de onde e quando”, disse David Pyle da Universidade de Oxford.

Não se tem ideia real de onde estamos nesses ciclos. A única certeza sobre essas erupções é que elas vão acontecer em algum momento.

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