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A guerra bizarra entre homens e emus na Austrália

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Parece bizarro mesmo, mas é verdade. Tudo começou após a Primeira Guerra Mundial, quando os soldados australianos que voltaram do combate não conseguiam encontrar trabalho. Para solucionar a falta de emprego, o governo Australiano começou a oferecer dinheiro e terras para os oficiais.

A proposta era tentadora. Claro, naquele momento, nada melhor que investir em uma vida nova, em um lugar com clima decente. O governo local, inclusive, havia prometido também um monte de incentivos e subsídios.

Cerca de 5 mil veteranos foram agraciados com terras para plantar trigo. Em contrapartida, nem todas as promessas de subsídio feitas pelo governo foram cumpridas. Com a Grande Depressão de 1929 e a queda no preço do trigo, a situação econômica do país piorou.

Como se o cenário já não fosse ruim o suficiente, os soldados ainda tiveram que lidar com chegada de 20 mil emus, parentes nativos dos avestruzes. Típicos da região central da Austrália, as aves seguiram para o oeste em migração natural atrás de alimentos. Como era de se esperar, os animais encontraram o trigo e água estocada nas plantações.

Como consequência, cercas foram derrubadas e plantações foram devastadas. Sem condições de controlar os animais, os donos das terras exigiram ajuda a ajuda do governo. Em Camberra, capital, os proprietários ganharam o apoio do ministro de Defesa George Pearce.

O apoio

Tropas militares foram enviadas para as plantações. De um lado, soldados australianos munidos de metralhadoras Lewis, do outro, 20 mil emus. O armamento pesado deveria garantir a vitória. Os primeiros entraves da guerra contra os emus aconteceram em 2 de novembro de 1932.

No primeiro enfrentamento, cerca de 50 aves foram perseguidas. No entanto, por serem extremamente rápidas, poucas estiveram ao alcance dos disparos. No fim, apenas uma dúzia de emus foram abatidos.

Os combates continuaram nos dias subsequentes. No entanto, assim como no primeiro enfrentamento, os soldados seguiam cada vez mais longe da vitória. Para tentar resolver a situação, era preciso um plano melhor.

Emboscada

Deitados em uma barragem, os soldados ficaram à espera da aproximação de um grupo composto por cerca de mil aves. Apenas uma dúzia foi abatida. A metralhadora, em algum momento do ataque, emperrou. O restante dos emus que pertenciam ao grupo fugiu.

Na época, ninguém fazia ideia de que os emus eram capazes de escapar facilmente. Além disso, elaborar uma emboscada era bastante complicado. Afinal, cada grupo tinha um líder. Tal líder era responsável por vigiar o grupo enquanto os integrantes se mantinham ocupados com o trigo.

Ao primeiro sinal suspeito, o líder dava o aviso e dezenas de cabeças surgiam da plantação. Em seguida, o grupo saía em debandada. Supostamente, a ave que estava na liderança ficava no local até os últimos estarem em segurança.

Além das emboscadas, houveram outras tentativas. Em algum momento, os soldados até tentaram utilizar um caminhão, mas foi em vão. O automóvel era incapaz de alcançar as aves e instável demais para artilharia.

Após semanas de combate, o governo reconheceu a derrota. Afinal, o enxame de pássaros se espalhou e desapareceu no cenário. Balas foram desperdiçadas e tentativas de reunir os emus em uma armadilha de abate em massa falharam. As aves, finalmente, venceram.

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