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A Loira Fantasma que apavorou o Brasil nos anos 1970

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Muitos podem não se lembrar, mas, nos anos 1970, a Loira Fantasma apavorou o Brasil inteiro. Com uma verdadeira “lenda urbana do Gugu”, essa foi uma história para escritor nenhum colocar defeitos.

Sendo publicada pelo jornal Notícias Populares, as histórias da jovem assombração eram cheias de exagero e sensacionalismo. Contudo, vale a pena conferir essa versão, um tanto quanto exótica, da Loira do Banheiro.

Um motorista de táxi sobreviveu ao ataque

Durante os anos de 1963 e 2001, o jornal paulista Notícias Populares publicou inúmeras reportagens de crimes incomuns, com mistérios e quase sempre, com temática sexual. Com isso, entre as grandes manchetes do jornal, duas ganharam bastante destaque entre os leitores. Eram elas, o Bebê Diabo e a Loira Fantasma.

Pelo que sabemos da Loira Fantasma, sua história era uma versão da lenda da Loira do Banheiro. Ou ainda, uma releitura da Bloody Mary, também conhecida como “Maria Sangrenta”. Contudo, aqui, a loira assombrava motoristas de estrada. Do mesmo modo, aterrorizava jovens em bailes de São Paulo e do Rio de Janeiro.

No ano de 1975, as primeiras reportagens começaram a surgir. Com isso, relatos de uma garota, que assombrava caminhoneiros e motoristas de táxi em Curitiba, ganhou força. Depois disso, dois repórteres do Notícias Populares foram enviados à cidade. Na história, eles buscavam acompanhar o caso. Além disso, com a visita, os jornalistas puderam entrevistar o taxista, Wilmar Siqueira, que afirmou ter sido “estrangulado pela Loira Fantasma”.

De acordo com Wilmar, a loira teria entrado em seu carro e pedido uma carona para o cemitério Abrances. Depois disso, a viagem só foi ficando mais tensa. No relato, a bela moça ficava desaparecendo e aparecendo no carro. Em seguida, perguntava ao motorista o porquê dele estar com tanto medo. Ao se encontrar com policiais no caminho, o homem acabou chegando até o cemitério. Com isso, tudo o que ele sentiu foram as mãos geladas da mulher, em seu pescoço. Na mesma hora, ela foi alvejada com três tiros pelos oficiais. Mas acabou desaparecendo na escuridão e só deixou uma gargalhada para trás.

Mulher Fantasma dançou no baile a noite toda

Com a repercussão da matéria, a Loira Fantasma voltou às manchetes do jornal, no ano seguinte. “Mulher Fantasma dançou no baile a noite toda”, dizia a manchete. Na história, o ser teria sido visto em um baile em Osasco, no estado de São Paulo. No baile, a loira dançava com chumaços de algodão, que tapavam sua boca e narinas. Ao ver a situação, seu parceiro de dança, um bancário, teria levado um susto tão grande que foi hospitalizado e, em seguida, morreu.

No mesmo ano, um terceiro relato gerou polêmica. Em um ponto de ônibus, Alfredo Aparecido deu uma carona para uma jovem, que estava sozinha. Contudo, após um minuto de conversa, ela pediu que ele parasse o carro. “Moro por aqui, não quero que você se aproxime da minha casa”, disse a Loira. Em seguida, o estudante se aproveitou da situação, para beijar a moça à força, que desapareceu em seguida.

No entanto, seu último ataque não passou de um mal entendido. Apavorado, Alfredo começou a gritar por ajuda. Com isso, ele foi socorrido por policiais. Entretanto, posteriormente, a moça revelou ser a jovem Mirtes Teotônio, que fugiu do caso, ao pensar que o homem pudesse lhe fazer mal. Com o caso solucionado, o Notícias Populares publicou uma nova manchete, “Eu nunca fui a Loira Fantasma”.

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