Curiosidades

A pandemia pode levar a uma revolução nas vacinas

0

Estamos vivendo a pandemia do coronavírus há meses já. Por ser um vírus mortal, as autoridades de todo mundo estão se mobilizando com a situação e tentam conter o surto. A propagação desse novo tipo de coronavírus, tanto pela Ásia, como em outros continentes, deixou o mundo todo em estado de alerta.

Na urgência de tentar conter o mais rápido possível a pandemia de coronavírus, laboratórios do mundo inteiro estão se mobilizando em busca de uma vacina eficaz contra a COVID-19.

Essa pandemia mudou radicalmente várias coisas. E uma delas pode ser como as vacinas funcionam. Essa situação virou uma oportunidade de colocar à prova uma tecnologia nova que está sendo desenvolvida há 30 anos.

Os cientistas usaram a engenharia genética para fazer com que nossas células produzissem uma parte de um vírus. Dessa forma ensinando o nosso sistema imunológico a nos proteger desse vírus.

Fazer isso faz com que as vacinas sejam criadas muito mais rapidamente. Além disso, elas podem ser mais simples de serem fabricadas e mais seguras de usar. E provavelmente elas também serão mais baratas. A única coisa que falta é provar que essas chamadas “vacinas gênicas” realmente conseguem nos proteger.

Revolução

Esse tipo de vacina nunca foi feito. E até hoje não existe uma vacina desse tipo que seja aprovada para ser usada em humanos. Entretanto, duas, dentre as oito vacinas contra o novo coronavírus que estão no estágio mais avançado da pesquisa, usam essa tecnologia.

Uma delas está sendo feita pelas empresas Pfizer, dos Estados Unidos, BioNTech, da Alemanha, e Fosun, da China. A outra está sendo desenvolvida pela companhia americana Moderna.

Essas duas vacinas já estão na terceira e última fase de testes em humanos. E elas estão sendo aplicadas em milhares de pessoas para comprovar a sua real eficácia. De acordo com Norbert Pardi, professor e pesquisador da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, as perspectivas para essas vacinas são promissoras.

Os estudos que foram feitos até o momento dizem que elas geraram uma boa resposta do sistema imunológico e que elas se provaram serem seguras.

“Ainda precisamos ver os resultados da última fase, mas estou otimista. Acredito que uma ou mais delas serão aprovadas. Isso tem o potencial de revolucionar o campo das vacinas para doenças infecciosas”, diz Pardi.

Vacinas

A maioria das vacinas que são usadas atualmente consistem em  injetar um vírus ou bactéria no nosso corpo para que o sistema imunológico identifique a ameaça e crie maneiras de nos defender.

O que as vacinas gênicas propõe é diferente. Ao invés de injetar no nosso corpo um vírus ou uma parte dele, a ideia é fazer com que o nosso próprio corpo produza a proteína do vírus.

Para conseguir fazer isso, os cientistas identificaram a parte do código genético viral que carrega as instruções para a fabricação da proteína e então injetaram nas pessoas. Depois que ela é absorvida pelas nossas células, ela funciona como um manual de instruções para a produção da proteína do vírus.

Então a célula fabrica a proteína e a mostra em sua superfície ou a libera na corrente sanguínea. E isso faz com que o sistema imune seja alertado.

Vantagens

Segundo explica a imunologista Cristina Bonorino, as vacinas atenuadas ou inativadas tem que se cultivar uma grande quantidade de vírus para usá-los como matéria prima. Já as vacinas gênicas não precisam disso. Só é preciso criar, em laboratório, a sequência genética desejada.

E para esse processo é preciso uma estrutura bem menor. “O custo também é provavelmente menor”, disse Bonorino.

A diretora-médica da Pfizer Brasil, Márjori Dulcine, explica que além desse tipo de vacina ser produzida em uma larga escala, ela também é flexível. “Sabemos que o Sars-Cov-2 tem uma grande capacidade de sofrer mutações. Então, se isso ocorrer, podemos rapidamente adaptar”, explicou.

Essas fotos te farão se sentir uma pequena formiga nesse imenso mundo

Artigo anterior

Homem fica sete meses com celular no estômago

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido