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A triste vida dos cachorros-bomba soviéticos da 2ª Guerra Mundial

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Vários animais participaram de guerras ao longo da história, para as mais variadas finalidades. Os cachorros, em específico, na maioria das vezes, faziam um trabalho investigativo de farejar os esconderijos dos inimigos. E até eram usados para resgate de vítimas ou detecção de minas. Mas, durante a Segunda Guerra Mundial, os soviéticos usaram esses animais para um propósito muito mais terrível, uma função muito mais combativa. Eles treinavam seus cachorros para irem até os tanques nazistas, com bombas presas ao corpo. Essa tática foi o terror dos alemães durante a guerra, e também dos cachorros, que foram sacrificados no meio disso tudo.

O ano era 1944, e o exército nazista adentrava o território soviético causando o desespero no regime de Stalin. Até aquele momento eles não tinha uma tática eficaz de deter os poderosos tanques nazistas. Até que a União Soviética assumiu como prioridade o uso dos chamados “cachorros-bomba”. E eles tinham até um lema para isso: “Nossos aliados. A União Soviética e o uso de cachorros de guerra”.

O plano era relativamente simples, porém, muito cruel. Os cachorros tinham que levar explosivos poderosos para o fundo dos tanques, exatamente onde a armadura era menor e mais vulnerável. Inicialmente, a ideia era poupar os animais, o que não deu muito certo, e vários deles morreram, destruindo tanques.

Treinamento

Para fazer o plano dar certo, os soldados soviéticos recorreram a estudos, conduzidos por Iván Páblov, criador do condicionamento clássico. Um método que propõe, por meio de treinamento, um estímulo que pode levar a uma reação específica.

Seguindo essa ideia, “os cães passaram fome e, depois de vários dias, foram alimentados sob um carro de batalha com o motor ligado”, explica o historiador e jornalista, Jesus Hernandez. Assim, eles faziam com que os cachorros associassem o ruído do motor e os tanques, especificamente na hora das refeições.

Essa era a primeira parte do treinamento, a segunda partia do princípio do condicionamento instrumental de Edward Thorndike, que buscava reforçar o comportamento, por meio de um prêmio. E assim, os cães começaram a reagir como os soldados queriam. Ao ouvirem o barulho, eles iriam direto para o fundo dos tanques, porque sabiam que, ao voltar, seriam recompensados com a comida.

Cachorros-bomba

Após o treinamento, os cães eram carregados, com uma mochila cheia de explosivos e um engenhoso mecanismo, que permitia que os explosivos se soltassem do animal, quando ele chegava em baixo do tanque. Nessa hora, o cachorro tinha que morder uma corda que liberaria a carga, assim, ele poderia sair do local e a bomba era detonada, através de um controle remoto.

Porém, muitas vezes, o cachorro não mordia a corda. Então, a estratégia não estava dando certo como o planejado. A partir disso, o comando soviético optou por treinar os cachorros apenas para entrar nos tanques. Uma vez dentro do alvo, o soldado poderia detonar a carga explosiva, destruindo o tanque inimigo às custas do cachorro.

E foi assim que os cachorros se tornaram um pesadelo para os nazistas. Eles começaram a explodir vários tanques, mesmo que alguns se recusassem a se aproximar do inimigo. Outros até ficaram desorientados, mas no fim das contas, foram mais de 30 tanques de guerra destruídos pelos cachorros-bomba soviéticos.

Com o tempo, os cachorros deixaram de ser eficazes. Isso porque os alemães começaram a ver os cachorros como uma grande ameaça, impedindo-os de se aproximarem. No entanto, essa foi uma das várias táticas usadas por Stalin, para ganhar tempo e organizar o seu exército. O que deu muito certo, tendo em vista que os alemães foram derrotados.

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