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A verdadeira história do famoso feriado americano Ação de Graças

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Conhecido como “Thanksgiving Day”, o Dia de Ação de Graças é celebrado, nos Estados Unidos, em toda quarta quinta-feira de novembro. Em suma, a data, que para muitos é mais importante que o Natal, surgiu como um meio de expressar gratidão por tudo de bom que ocorreu ao longo do ano.

A origem do famoso feriado nacional americano remonta aos peregrinos fundadores da colônia de Plymouth, região da Inglaterra. A história que conhecemos sobre a data é ilustrada pela grandiosa ceia que colonizadores ofereceram ao povo indígena Wampanoag como forma de agradecimento. Afinal, após chegarem ao continente, em 1620, os ingleses tiveram que enfrentar um inverno difícil, já que a estação não era favorável ao plantio.

Famintos e sem comida, os colonizadores sobreviveram com a ajuda dos índios, que, durante a primavera, além de ter ensinado os ingleses a plantar sementes até então desconhecidas, os inseriram no universo da caça e da pesca.

Como forma de agradecimento, os colonizadores elaboraram uma grande ceia para membros da tribo. Segundo relatos, ambos os povos festejaram por três dias.

Uma data sangrenta

O breve relato acima é bem diferente do que realmente existe por trás da real história que envolve o Dia de Ação de Graças. De acordo com os historiadores, os peregrinos só conseguiram sobreviver ao árduo inverno porque doenças, como, por exemplo, a leptospirose, dizimou as comunidades indígenas. Com o fim das tribos, as terras, livres de seus habitantantes naturais, estiveram à mercê dos colonizadores. Ou seja, os ensinamentos passados pelos índios não foram o real motivo.

Além disso, após a ceia, os laços estabelecidos entre os peregrinos e os índios foram rompidos por conta da incansável vontade de conquista territorial. A colonização, nesse ínterim, foi o que incentivou a Guerra do Rei Philip’s, como era conhecido, pelos ingleses, o chefe da tribo Wampanoag, Metacomet.

A sangrenta guerra entre ambos os lados perdurou entre 1675 e 1676. Para muitos, o conflito em questão foi considerado um dos mais cruéis da história dos Estados Unidos. A guerra chegou ao fim com a vitória dos peregrinos. Para comemorar a vitória, os ingleses realizaram um novo banquete de Ação de Graças.

Durante a festa comemorativa, a cabeça de Metacomet ficou exposta em uma lança. Segundo os historiadores, tanto a lança como a cabeça permaneceram na colônia por cerca de 20 anos.

A comemoração, desde a vitória dos peregrinos, permaneceu viva. A data, no entanto, só foi oficializada com a independência dos Estados Unidos, quando, em meio a ocasião, o Congresso decidiu comemorar anualmente o Dia de Ação de Graças, unificando, assim, a nação americana.

O Congresso oficializou a famosa data como feriado em 1846, após a editora de uma revista começar a publicar constantemente editoriais sobre o tema. De acordo com o teor das publicações, o Dia de Ação de Graças deveria ser um importante feriado nacional de unificação, cujo principal cunho seria evitar uma guerra civil.

A 4ª quinta-feira de novembro foi escolhida em 1863, no meio da Guerra Civil, pelo presidente Abraham Lincoln. O governante havia pedido aos cidadãos americanos que reservassem tal dia para dar graças. Todos os presidentes seguintes também adotaram a data.

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