Após ter seu episódio final exibido em setembro de 2013, acreditávamos que aquele seria nosso adeus a Breaking Bad. Bom, não foi bem assim. Embora os fãs tenham ficado mais que contentes com o desfecho da série criada por Vince Gilligan, também ficaram extasiados quando, há dois meses atrás, a Netflix anunciou El Camino: A Breaking Bad Movie. Juntamente com a divulgação da sequência, já veio o primeiro teaser. Todos ficaram surpresos com a disponibilidade do conteúdo, afinal, como o material promocional já estava pronto? A resposta surgiu assim que ligamos os pontos. Desde o outono do ano passado, vinham circulando rumores sobre um filme baseado na narrativa de Walter White. No entanto, embora tenha sido confirmada apenas em agosto, a produção já vinha sendo desenvolvida há dois anos. Ademais, as filmagens ocorreram ainda no ano passado, em Albuquerque, no Novo México.
Como isso passou despercebido? Acontece que o filme foi rodado sob o codinome Greenbrier. Quando a mídia finalmente se deu conta de que o projeto era associado a Breaking Bad, o filme já estava pronto. Tais informações foram confirmadas por Aaron Paul, ator responsável por dar vida a Jesse Pinkman, no decorrer das cinco temporadas da série e trazê-lo de volta em El Camino. O longa estreou no começo desse mês e foi recebido calorosamente, tanto pela crítica quanto pelo público. Contudo, como dissemos acima, o encerramento de Breaking Bad foi mais que satisfatório. Assim como a audiência, Paul compartilhava dessa opinião, considerando seu papel como Pinkman mais que finalizado. Porém, o que levou o astro a retornar à pele do jovem traficante?
A confiança é a alma do negócio
Ao contrário de Pinkman, que nessa longa estrada da vida, aprendeu a não confiar em ninguém, Aaron Paul se compromete veementemente com qualquer proposta vinda de Gilligan. Graças a uma entrevista recente, viemos a saber que Paul só aceitou voltar ao seu icônico papel após seis anos, por causa de sua total confiança no criador de Breaking Bad. Segundo o The Hollywood Reporter, apesar de cético, o astro topou participar do projeto assim que Gilligan lhe apresentou o roteiro. Apesar dos riscos envolvendo uma sequência, Paul simplesmente mergulhou de cabeça. “Estamos falando de Vince. Eu seguiria ele em um incêndio. É esse o nível de confiança que tenho nesse homem. Eu faria qualquer coisa que ele me pedisse”, compartilhou o ator. Felizmente, essa confiança é recíproca, afinal, Pinkman deveria ter morrido na primeira temporada de Breaking Bad, e isso só não aconteceu porque Gilligan viu grandeza na performance de Paul.
A visão do roteirista não poderia ser mais assertiva. Como resultado disso, após ganhar três Emmys por interpretar o fabricante de metanfetamina, Paul retornou às telas para dar ao seu personagem um desfecho que não sabíamos que tão necessário até assistirmos El Camino. Por fim, o ator comentou sobre a preocupação com a continuidade. Muitos acreditaram que a sequência era decorrente de um fan service, no entanto, Gilligan não dá ponto sem nó. De acordo com Paul, ele e o cineasta conversaram bastante sobre isso. Se a sequência aconteceu, foi pelas razões certas. Aqueles que acompanham o trabalho de Gilligan sabem que ele não é muito sistemático. Nada sai do roteiro para as telas, a menos que seja genial. Quer uma prova melhor que El Camino?
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