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Afinal, animais podem sorrir?

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Quem não gosta de sorrir, não é mesmo? A risada, assim como o choro são formas de expressar emoções. Mas será que isso só acontece em seres humanos? A resposta é não! Alguns animais também possuem a capacidade de sorrir, e também de chorar.

Mesmo que eles possam sorrir, isso não quer dizer que eles soltem gargalhadas como os humanos. Geralmente, o riso em outros animais pode ser percebido através de sons que eles emitem, o que os biólogos chamam de vocalizações, e também pelas expressões faciais ou de comportamento que eles manifestam.

Estudos feitos com animais de diferentes espécies mostraram que alguns podem sorrir. Pelo menos até agora, sabemos que macacos e ratos sabem dar risada. O gorila Koko, é um exemplo disso. O animal já demonstrou uma enorme facilidade com a linguagem de sinais, e ele ri quando a sua cuidadora, Penny Patterson, é desengonçada ou faz barulhos cômicos.

Os macacos

Em um experimento, feito em 2009, pela psicóloga Marina Davila Ross, da Universidade de Portsmouth no Reino Unido, ela conseguiu identificar o riso em alguns primatas. Ela fez cócegas em orangotangos, gorilas e chimpanzés, e os animais responderam ao estímulo rindo. Na verdade, a linguagem técnica seria, “fazendo vocalizações induzidas por cócegas”.

As expressões dos sentimentos dos animais estão relacionadas diretamente com o desenvolvimento do sistema límbico de cada espécie. Esse sistema consiste em uma série de estruturas localizadas abaixo do córtex cerebral. Nos seres humanos e também em outros mamíferos, ele está conectado a sistemas de recompensa do cérebro.

De acordo com Ross, que estuda a evolução do riso, nós, seres humanos, herdamos a capacidade de rir do último ancestral comum entre nós e os macacos. Uma espécie que viveu há cerca de 10 a 16 milhões de anos atrás.

Em um estudo, publicado em 2015 pela psicóloga, mostrou-se que chimpanzés também mostram “caras de riso”, ou seja, sorrisos com os dentes à mostra. Sua conclusão com o estudo indica que esses animais podem se comunicar de formas mais diversas dos que imaginávamos.

Os ratos

E não foram apenas os macacos que ganharam cócegas, os ratos também. Jaak Panskepp é psicólogo e neurocientista da Universidade do Estados de Washington, nos Estados Unidos. Ele fez o mesmo tipo de experimento com roedores, e descobriu que eles fazem ruídos felizes quando têm o estímulo de cócegas.

Os animais produziram o mesmo som que costumam fazer quando estão interagindo entre si. Além disso, Panskepp descobriu ainda que os circuitos cerebrais responsáveis pelo riso em ratos podem ser usados para estudar a emoção humana. Ele conseguiu identificar sete sistemas emocionais básicos, localizados nas mesmas regiões que ficam no cérebro humano.

Inclusive a sua pesquisa tem ajudado significativamente no tratamento da depressão. Um antidepressivo chamado GLYX-13, foi proposto no estudo do riso com ratos. “É um exemplo do que pode ser alcançado ao levarmos os sentimentos emocionais dos animais a sério, como alvos para o desenvolvimento medicinal psiquiátrico”, disse Panskepp.

O riso

Mesmo que pensemos nos ratos e macacos como animais inteligentes, os cientistas acreditam que a inteligência não seja um pré requisito para o riso. Na verdade, o ato de brincar em qualquer espécie pode aumentar a inteligência social, e não o oposto.

Para Panskepp, identificar outros animais capazes de sorrir pode ser uma questão de ouvir os sons que eles fazem enquanto se divertem com suas próprias brincadeiras.

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