Ciência e TecnologiaCuriosidades

Alunas criam ”microondas invertido” e vão representar Brasil no exterior

0

Praticamente em todas as residências, existem o famoso forno de microondas. Simples e prático. O aparelho auxilia no preparo e aquecimento de alimentos. Além disso, muitas vezes, salva a alimentação dos que não se arriscam no fogão convencional. Se o forno microondas permitiu maior agilidade ao esquentar almoços, lanches e jantares em minutos, o que dizer de um aparelho que faz exatamente o oposto? 

As alunas Adrielle Dantas, Gabrielly Vilaça e Raffaella Gomes foram o grande destaque da Exposição de Ciências, Engenharia, Tecnologia e Educação. O evento aconteceu em Pernambuco. Durante a exposição, as estudantes apresentaram algo totalmente novo: o microondas ao contrário. Conhecida também como ColdStorm, a invenção é capaz de refrigerar uma bebida em menos de um minuto.

O projeto começou a ser desenvolvido em 2017. As meninas, em 2018, participaram do Circuito de Ciências das Escolas Públicas do Distrito Federal, além da exposição de ciências da escola, ExpoCEMI. Desde então, o projeto recebeu várias premiações.

O grupo ficou em primeiro lugar na área de Engenharia, ganhou certificado de destaque da Faculdade Imaculada Conceição, de Recife, e da World International Fairs Association (WIFA). Além disso, Adrielle, Gabrielly e Raffaella voltaram para casa com uma carta de credenciamento para participação na Muestra Científica Latino-americana (MCL), em Trujillo, no Peru. O encontro acontecerá entre os dias 9 e 15 de setembro próximo.

Agora, para fazer ainda mais bonito na mostra, que irá ocorrer no Peru, o trio ainda precisa finalizar alguns detalhes do projeto. Para isso, é preciso vencer uma nova barreira: arrecadar dinheiro para finalizar o protótipo e para arcar com os custos da viagem. De acordo com uma das idealizadoras do projeto, “após a EXPOCETI, diversas ideias surgiram para realizar algumas melhorias”. Para vencer tal barreira, as meninas criaram um tipo de vaquinha online.

O grupo

As três adolescentes são do Distrito Federal. Todas são alunas do Centro de Ensino Médio Integrado à Educação Profissional, uma escola pública da região do Gama. Para fazer o protótipo, Adrielle Dantas, Gabrielly Vilaça e Raffaella Gomes usaram lixo eletrônico. Entre os materiais estão coolers de computadores (que servem para evitar que os processadores superaqueçam) e pastilhas Peltier (que são coolers termoelétricos usados para aquecer e esfriar objetos). Estes foram as principais bases da invenção.

Para a professora do CEMI, Maria Zilma Conceição de Araújo, que acompanha a criação do “microondas ao contrário”, a invenção das estudantes tem futuro. Ainda de acordo com professora, os perfis das meninas combinam perfeitamente, já que são curiosas, estudiosas e estão cientes dos desafios que têm que enfrentar. 

Microondas

As microondas, na verdade, são ondas eletromagnéticas de alta frequência, assim como as de rádio. Em 1945, o engenheiro americano, Percy Spencer, começou a trabalhar na construção de magnetrons. Os magnetrons são peças capazes de gerar ondas eletromagnéticas. Spencer estava testando um tubo de magnetron, quando descobriu que um chocolate, que estava em seu bolso, tinha derretido. 

Ao perceber o potencial desta válvula eletrônica, Percy Spencer resolveu testar o aparelho. O cientista usou milhos de pipoca, que estouraram em minutos. Em seguida, tentou preparar ovos. O que foi uma surpresa. Os ovos não só cozinharam de dentro para fora, como também explodiram com a pressão. Depois da realização das experiências, a empresa do engenheiro desenvolveu, então, o primeiro forno de microondas comercial, intitulado Radar Range. Este se assemelhava a uma geladeira, em termos de tamanho.

Tubarão-martelo visto em águas irlandesas é um péssimo sinal para o meio ambiente

Artigo anterior

Esse foi o pequeno filhote de leão que inspirou Simba no filme live-action

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido