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Animadores de Rei Leão criticam a nova versão do filme

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Recentemente, a mais nova aposta da Disney alcançou um bilhão de dólares na bilheteria mundial. Rei Leão se tornou o quinto maior lançamento do ano e os números só tendem a crescer. Enquanto os espectadores parecem mesmerizados com o filme, a crítica se encontra dividida. Isso já era esperado, se levarmos em consideração a discussão em torno dos remakes da casa do Mickey Mouse. Mesmo conquistando uma boa receptividade por parte do público, existem muitos comentários a respeito da falta de comprometimento das refilmagens com a arte do cinema. Isso se deve ao fato da maioria das produções ser idêntica à animação original. Partindo desse conflito de convicções, o HuffPost resolveu entrar em contato com 13 animadores originais de O Rei Leão. O objetivo era descobrir as opiniões dos mesmo quanto ao remake fotorrealista de Jon Favreau.

Muitos dos entrevistados preferiram não se pronunciar sobre, outros, que aceitaram contribuir, solicitaram o anonimato. Um deles disse que se meteria em problemas se “comentasse sobre a ‘outra’ versão”. Outro adicionou que “há um enorme ressentimento das equipes do 2D contra esses remakes em 3D” e ainda acrescentou que talvez fosse diferente se eles tivessem algum tipo de royalties. David Stephan, um animador que trabalhou no designs das hienas no filme original e na icônica abertura do “Ciclo da Vida”, compartilhou sua crítica sobre a versão de 2019. Stephan disse que, assim como muitos de seus colegas da produção de 1994, ele se pergunta o porquê da necessidade de refazer o filme. O artista contou que “meio que machuca” ver as modificações realizadas em seu trabalho. “A Disney agora está tirando a máscara e mostrando sua verdadeira face: ‘Sim, nós só queremos fazer dinheiro’. Isso é desapontador como artista de um estúdio que inicialmente foi fundado na originalidade da arte”.

Realidade x Sensibilidade

Sob a perspectiva de Stephan, os efeitos visuais fotorrealistas, utilizados no recente longa-metragem, negaram as características que tornam a animação de 1994 tão especial e imaginativa. Assim como parte do público e das críticas, os animadores têm oposições relacionadas à falta de músicas e elementos fantásticos. Os investimentos tecnológicos, para tornar o filme tão real, acabaram tornando-o inexpressivo. Não quer dizer necessariamente que algo realista é diretamente oposto ao sensível. Porém, ao assumir esse projeto de atualização de seus filmes, a Disney poderia ter ponderado melhor sobre suas prioridades.

Qualquer um, que assistiu os filmes, sabe que não existe nenhuma diferença gritante entre o roteiro dos dois. Isso aconteceu porque, como dito pelo próprio Favreau, eles não buscaram reinventar o projeto. Ele queria que, ao assistir o longa, as pessoas “fossem capazes de reconhecer que viram O Rei Leão”. Como já afirmamos outras vezes, eles obtiveram sucesso naquilo que ele propuseram a apresentar, que no caso foi uma adaptação fiel e o mais realista possível. Todavia, o remake só tem tido toda essa repercussão porque se apoia no saudosismo geracional proporcionado pela versão original.

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