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Animais terrestres começaram a morrer antes dos marinhos durante a maior extinção da Terra

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Muito se fala a respeito do desaparecimento dos dinossauros. Esse, com certeza, ganha mais atenção do que as demais extinções que já aconteceram no mundo, inclusive as em massa. No entanto, o que poucos sabem, é que existe um evento ainda mais desastroso chamado de “A Grande Morte” ou a “Extinção Extremo-Permiano”. Esse fato aconteceu na Terra antes mesmo dos enormes dinossauros passarem pelo planeta, há um quarto de bilhão de anos.

Essa extinção aconteceu por causa de várias erupções vulcânicas, com gases nocivos do efeito estufa. Foi descoberto que os animais terrestres tiveram uma grande vantagem nessa extinção. Mas os pesquisadores estão suspeitando, que podem ter mais detalhes a serem descobertos e que faria o fim do permiano um momento realmente ruim de se estar vivo.

Há 250 milhões de anos, onde hoje é a Sibéria, grandes erupções foram geradas e com isso aproximadamente 90% das espécies da Terra foram perdidas. As evidências da extinção em massa podem ser vistas na rápida diminuição de fósseis de animais e plantas que eram relativamente comuns. E no aumento de ossos de espécies oportunistas, como o Lystrosaurus que era parecido com o porco.

Pesquisa

As pesquisas também mostram que não existiu um sinal de que alguma coisa ruim iria acontecer. Estava tudo relativamente bem, e em um piscar de olhos, a extinção começou.

“Muitas pessoas pensaram que o colapso terrestre começou ao mesmo tempo que o colapso marinho e aconteceu ao mesmo tempo no hemisfério sul e no hemisfério norte”, diz o paleobotânico Cindy Looy, da Universidade da Califórnia, em Berkeley.

O fim do período permiano e começo do triássico é marcado pelos fósseis marinhos perto da cidade de Meishan, que fica no sul da China. Esses fósseis são a evidência de uma catástrofe há 251,96 milhões de anos quando os ecossistemas aquáticos desabaram. E com isso 96% das espécies morreram. Mas esse fato não é o único, nessa linha temporal de fim de um período e começo de outro.

A equipe, liderada por Looy, analisou isótopos encontrados em cristais de zircão que estavam em uma amostra de cinzas vulcânicas. Elas eram da chamada BAciad o Karoo  na África do Sul.

“A Bacia do Karoo é o garoto-propaganda da rotatividade final de vertebrados no Permiano, mas até recentemente, não era bem datada”, diz Looy.

A bacia era parte da massa terrestre de Gondwana. E é nos registros de fósseis do hemisfério sul, que os sinais de desaparecimento da vida terrestre são mais claros. A equipe não conseguiu encontrar o pólen de espécies de plantas terrestres no sedimento. Isso confirmou que a vida na terra já tinha começado a desaparecer.

Extinção

Mas a assinatura isotópica do zircão estava estanha. E sugeria que aquele material vulcânico estava ali, por mais de 252,24 milhões de anos. Parecia que as cinzas tinham caído centenas de milhares de anos, antes do sedimento que define a fronteira perto de Meishan.

Então, ou aconteceu um erro, ou a extinção do permiano foi mais lenta. E as espécies terrestres no sul sendo extintas primeiro. E depois de algumas centenas de milhares de anos depois a vida marinha no norte foi extinta.

“Nossa nova data de zircão mostra que a base da zona do Lystrosaurus é anterior à extinção marinha por várias centenas de milhares de anos. Semelhante ao padrão na Austrália. Isso significa que a renovação floral e da fauna de Gondwana está fora de sincronia com a crise biótica marinha do hemisfério norte”, explica Looy.

O que essa descoberta significa é o que está em debate. E saber que é preciso olhar mais para trás no tempo pode ajudar a entender melhor eventos globais que estão acontecendo além das erupções vulcânicas.

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