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ANVISA autoriza comercialização de fármaco feito à base de canabidiol

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Há muito tempo, o mundo todo discute se a cannabis ou maconha, como é mais conhecida, deve ou não ser legalizada. E este é um assunto que sempre divide opiniões. Por mais que a maconha tenha sido usada durante muito tempo como uma erva medicinal, principalmente com função de analgésico, ela tem seu uso proibido em alguns países. Já que também é utilizada como instrumento de fumo por muitas pessoas. E isso é considerado algo nocivo para a saúde humana. Mesmo assim ela é e foi usada largamente por diversas figuras e culturas. Como Shakespeare, Joana d’Arc, os faraós egípcios, George Washington e até mesmo o explorador Colombo.

Mas, em alguns países, ela já foi descriminalizada e remédios à base da planta ou de seu extrato são comercializados. O canabidiol, por exemplo, é uma substância que é extraída da planta de maconha. Essa substância é usada no tratamento de doenças psiquiátricas ou neurodegenerativas, como por exemplo a esclerose múltipla, esquizofrenia, mal de Parkinson, epilepsia ou ansiedade.

Os componentes presentes na maconha também ajudam no tratamento da dor, alívio de náuseas e vômitos causados por quimioterapia, estimulam o apetite em pacientes com AIDS ou câncer. Eles também podem auxiliar no tratamento da obesidade, ansiedade e depressão. Além de diminuir a pressão intraocular, algo muito útil nos casos de glaucoma.

E na quarta-feira dessa semana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro e autorizou a comercialização de um fármaco à base do canabidiol. O gerente de medicamentos específicos da Anvisa, João Paulo Silvério Perfeito, disse em entrevista que esse foi o primeiro medicamento à base de canabidiol aprovado pela agência. E também será o primeiro a ser comercializado em farmácias e drogarias “exclusivamente sob a dispensação de um farmacêutico”, ressaltou.

Produto

Esse produto é um fitofármaco, que tem uma concentração de THC (Tetra-hidrocanabinol) de até 0,2%. O remédio só vai poder ser comprado se a pessoa tiver uma receita médica de controle especial. De acordo com a Anvisa, “o canabidiol poderá ser prescrito quando estiverem esgotadas outras opções terapêuticas disponíveis no mercado brasileiro”.

A agência também diz que os pacientes também devem ser informados quando os médicos lhes prescreverem esse produto em específico.

“As informações fornecidas devem contemplar: os riscos à saúde envolvidos; a condição regulatória do produto quanto à comprovação de segurança e eficácia, informando que o produto de Cannabis não é medicamento; os possíveis efeitos adversos, como sedação e comprometimento cognitivo e os cuidados na utilização”, disse a Anvisa.

Uso

Uma nova resolução que criou uma categoria nova para os produtos derivados de cannabis está em vigor desde o dia 10 de março desse ano. A partir dessa data, as empresas que fosse produzir o remédio já podiam solicitar o pedido de autorização para a Anvisa.

Essa autorização feita pela Anvisa foi exclusivamente para medicamentos. Ou seja, ainda é proibido o plantio. Os produtos serão vendidos exclusivamente em farmácias e drogarias, sem manipulação. O regulamento trata o uso dos medicamentos especificamente para tratamentos humanos. Isso quer dizer que não poderão ser usados em animais.

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