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Apagão misterioso na estrela Betelgeuse foi causado por uma ”cuspida” da estrela

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O nosso universo é extremamente gigante, indo além do que podemos imaginar. O universo é composto por galáxias, tendo nelas, planetas, estrelas, cometas e vários outros elementos. Além de acontecerem os mais variados fenômenos sempre.

Por isso, várias são as coisas inesperadas do espaço. A estrela Betelgeuse ficou bastante famosa nas redes sociais. Isso porque o medo da morte dessa estrela é bem grande. Ela é uma super gigante vermelha muito maior do que o sol.

Essa grande estrela compõe o ombro da famosa constelação de Órion, onde estão localizadas as três Marias e pode ser facilmente vista a olho nu. Ela é a mais vermelha dessa região no céu. Ela possui cerca de 11 massas solares, no entanto, seu diâmetro varia de 550 a 950 vezes o da nossa estrela.

Estrela

Por conta da sua superfície irregular e pulsante, a estrela é considerada uma variável. Ela não estava para entrar em supernova para se apagar. E também não tinham mega estruturas alienígenas a sua volta. E as observações da Betelgeuse descobriram que o escurecimento misterioso da estrela foi, provavelmente, causado por uma emissão de gases quentes e densos que resfriaram logo em seguida.

Depois que ela cuspiu um material a 322 quilômetros por hora no fim de 2019, a estrela começou a perder significativamente seu brilho na região do hemisfério sul. Em fevereiro desse ano, dois terços do seu brilho tinha desaparecido, até a olho nu. E algumas hipóteses foram formuladas a respeito da estrela estar se tornando uma supernova.

“Com o Hubble, observamos anteriormente células de convecção quente na superfície de Betelgeuse. E, no outono de 2019, descobrimos uma grande quantidade de gás quente e denso movendo-se para fora da atmosfera estendida de Betelgeuse. Acreditamos que esse gás resfriou a milhões de quilômetros fora da estrela para formar a poeira que bloqueou a parte sul da estrela fotografada em janeiro e fevereiro”, disse  Andrea Dupree, do Center for Astrophysics Harvard & Smithsonian, principal autora da pesquisa.

Cuspida

“O material ejetado era duas a quatro vezes mais luminoso do que o brilho normal da estrela. E então, cerca de um mês depois, a parte sul de Betelgeuse enfraqueceu visivelmente à medida que a estrela ficava mais fraca. Acreditamos ser possível que uma nuvem escura resultou do fluxo de saída que o Hubble detectou. Apenas o Hubble nos dá essa evidência que levou ao escurecimento”, explicou Andrea.

Além disso, a estrela também surpreendeu os pesquisadores porque o plasma não foi emitido como é previsto pelas teorias estrelares, que é feito pelos polos dos eixos de rotação. “As observações do Hubble sugerem que o material pode ter sido expulso de qualquer parte da superfície estelar”, disse Andrea.

De acordo com a cientista, Betelgeuse tem perdido massa em uma velocidade 30 milhões de vezes mais rápida que o sol. Mas essa ejeção feita recentemente teria eliminado o dobro do que o hemisfério sul inteiro deveria ter emitido.

“Todas as estrelas estão perdendo material para o meio interestelar, e não sabemos como esse material é perdido. É um vento suave soprando o tempo todo? Ou vem aos trancos e barrancos? Talvez com um evento como o que descobrimos em Betelgeuse? Sabemos que outras estrelas luminosas mais quentes perdem material e rapidamente se transforma em pó, fazendo com que a estrela pareça muito mais fraca. Mas em mais de um século e meio, isso não aconteceu com Betelgeuse. É muito original”, ressaltou.

Apagando

Nessas observações feitas recentemente no brilho da estrela foi revelado uma surpresa, mais um escurecimento inesperado. Desde o fim de junho até o começo de agosto desse ano, o Solar Terrestrial RElations Observatory (STEREO), da NASA, observou Betelgeuse em cinco dias diferentes. E todos esses dias mediu o brilho da estrela.

“Nossas observações de Betelgeuse com STEREO confirmam que a estrela está escurecendo novamente. Betelgeuse normalmente passa por ciclos de brilho que duram cerca de 420 dias. E, como o brilho mínimo anterior foi em fevereiro de 2020, esse novo escurecimento chegou mais de um ano antes do previsto”, explicou Andrea.

A cientistas quer olhar a estrela em 2021 com o STEREO, que será durante o seu brilho máximo. Ela quer fazer isso para observar explosões inesperadas.

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