Ciência e Tecnologia

Aparentemente, nevou microplástico no Ártico

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A essa altura do campeonato, todos nós sabemos o quão problemático, para a natureza, é o uso do plástico. A cada dia, na verdade, o problema parece piorar ainda mais. E, caso algo não seja feito o mais breve possível em relação isso, a tendência, infelizmente, caros leitores, é que tudo piore.

Em poucas décadas, nós, humanos, conseguimos espalhar o plástico para quase todos os cantos do planeta. Em suma, não é nenhuma novidade que esse material possa levar centenas de anos para ser decomposto. Causando não somente poluição visual, como a morte de animais. Do mesmo modo que outros muitos danos ao meio ambiente.

Acredite você, ou não, resíduos de plástico já foram, até mesmo, encontrados nas fezes humanas. Bem como, no estômago das tartarugas marinhas, nas chuvas de certas partes do planeta, e até mesmo, na Fossas das Marianas, o local mais profundo dos oceanos.

Recentemente, um novo marco, para o uso desenfreado do material pelos humanos, foi registrado. Milhares de partículas de microplástico foram descobertas no Ártico e em outros locais frios e remotos no Hemisfério Norte.

A descoberta foi relatada na revista científica Science Advances. Cientistas do Instituto Alfred Wegener, na Alemanha, decidiram documentar o fenômeno. Isso, para tentar compreender como os microplásticos estavam sendo levados, para lugares tão longínquos.

Pequenas fibras de plástico foram encontradas em alguns locais, no Hemisfério Norte, incluindo nos blocos de gelo do Ártico. O material também foi encontrado no arquipélago norueguês de Svalbard, e nos Alpes suíços. Os números relatados pelos pesquisadores são impressionantes.

A neve no Ártico, que é considerado um dos últimos locais primitivos do mundo, continha até 14.400 partículas por litro. Em certas partes da Baviera, na Europa continental, havia até 154 mil partículas por litro.

O estudo

A quantidade de microplásticos, na neve nessas regiões, foi mensurada ao se derramar a água derretida, em um filtro, e analisar os resíduos com um microscópio infravermelho. As partículas variavam em tamanho. De 11 micrômetros a 5 milímetros. Elas consistiam basicamente de manchas multicoloridas de borracha, vernizes, entre outras formas de plástico.

De acordo com os pesquisadores, partículas microscópicas de plástico também caiam do céu com a neve. Da mesma forma que o pólen das plantas, muitas vezes transportado das latitudes médias para o Ártico, os microplásticos são levados pelo ar. O material é puxado pelas correntes, e depois, jogado de volta à Terra pela chuva ou neve.

Os microplásticos são definidos como qualquer fragmento de plástico com menos de 5 milímetros de comprimento. Sabemos que várias são as fontes criadoras do material. Incluindo pneus, tintas, cosméticos, pastas de dentes e roupas sintéticas. Segundo um pesquisador, no momento, ainda não é possível identificar a origem desses microplásticos.

As consequências do problema, em relação aos microplásticos, de forma geral, ainda são incertas. O estudo publicado apresentou algumas questões, como a quantidade de microplásticos que está sendo inalada pelos humanos e pelos animais selvagens. “Até o momento, não existem estudos investigando até que ponto os seres humanos estão sujeitos à contaminação por microplásticos”, disse Melanie Bergmann, principal autora do estudo, em um comunicado.

“Mas, uma vez que determinamos que grandes quantidades de microplástico também podem ser transportadas pelo ar, isso naturalmente levanta a questão de se, e de quanto de plástico estamos inalando. Descobertas mais antigas da pesquisa médica oferecem pontos promissores de partida para o trabalho nessa direção”, concluiu Bergmann.

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