Notícias

Após 3 anos, OMS declara o fim da pandemia de Covid, a mais devastadora deste século

0

Após longos três anos, a Organização Mundial da Saúde decretou o fim da pandemia de coronavírus.

Embora ainda existam casos da doença, ela não se enquadra mais em urgência pública, e receberá classificação de outras infecções respiratórias.

No entanto, na última sexta-feira, dia 5, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que a Covid-19 não é mais uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII), após quase 7 milhões de mortes.

Para que uma doença seja uma emergência de saúde global, um comitê é formado para avaliar a possível ameaça. Os participantes do comitê falam diretamente com o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom. Assim, sugerem se a situação pode ser uma emergência a nível global.

No caso da Covid-19, isso começou em 30 de janeiro de 2020 e desde então, os membros do comitê mantinham a posição de que a infecção continuava representando um risco mundial.

Via Pexels

No entanto, quando se reuniram da última vez em 4 de maio, o comitê pontuou que a doença não se enquadrava mais como preocupação a nível mundial.

Adhanom descreveu a decisão como esperançosa, mas destacou que a doença continua representando um risco e pode voltar a ser considerada uma emergência de saúde, caso surja uma nova variante com alto impacto.

Ele enfatizou a importância de manter as medidas já conhecidas contra o vírus, como a vacinação.

Selecionar a classificação de um vírus como emergência de saúde pública é diferente dele ser uma pandemia. No primeiro caso, trata-se de uma situação consolidada. Enquanto isso, o segundo ainda se desenvolve.

Atualmente, a OMS está emitindo documentos para definir melhor essas situações, de modo que todas as pessoas possam ler. Até lá, muitos especialistas ainda defendem que não ocorreu o fim da pandemia.

Os resultados do Covid-19 foram os mais devastadores desse século até agora.

Relembre como começou

Os primeiros casos de Sars-CoV-2, o vírus causador da Covid-19, surgiram na cidade chinesa de Wuhan e levantaram preocupações sobre sua capacidade de transmissão entre humanos.

As autoridades de saúde locais inicialmente minimizaram o risco de transmissão. No entanto, se tornou evidente que o vírus aprendeu a infectar células humanas com eficiência.

Assim, ele poderia se espalhar rapidamente devido à grande população da cidade e seu status como centro de viagens aéreas e por trens de alta velocidade.

Médicos alertaram as autoridades de saúde sobre a gravidade da situação, mas as medidas de controle demoraram para surgir e receber implementação efetiva. Isso permitiu que a doença se espalhasse pela China e se tornasse uma pandemia global.

A reação à pandemia de Covid-19 também se agravou pelo papel das mídias sociais e dos movimentos de extrema direita em espalhar desinformação e sabotar as medidas de prevenção.

Em muitos países, os apelos para manter a economia em funcionamento e a ênfase nas “liberdades individuais” foram usados como justificativa para não adotar medidas eficazes de controle da doença.

Essa resposta inadequada foi em parte responsável pelo aumento significativo no número de mortes e pela propagação contínua da pandemia em todo o mundo.

Via Pexels

Mobilização

A comunidade científica mundial se mobilizou de forma sem precedentes contra a Covid-19, graças a investimentos públicos de dezenas de bilhões de dólares.

Em questão de meses, pesquisadores desvendaram os detalhes da transmissão e replicação do vírus antes desconhecido.

Com isso, puderam testar medicamentos prontos e desenvolver novas fórmulas em tempo recorde. Isso levou ao surgimento das primeiras vacinas ainda no início de dezembro de 2020.

Até os dias atuais, as vacinas continuam sendo seguras e eficientes para atender à população, evitando contra internações e mortes. No entanto, ainda não impedem a transmissão do vírus.

Com métodos de sequenciamento relativamente rápidos e baratos, foi possível monitorar a evolução do vírus pandêmico em tempo real pela primeira vez na história, documentando variantes como a gama, delta e ômicron.

A chegada da ômicron encerrou a dinâmica das anteriores do Sars-CoV-2.  Enquanto variantes como a gama e delta surgiram a partir de linhagens independentes, a ômicron é o ponto de partida para todas as novas doenças.

Apesar das variantes ainda continuarem em transmissão, existe agilidade para superar os efeitos no sistema humano. Isso porque todas derivam da ômicron “1.0”, e conhecemos sua fórmula.

Os avanços científicos permitiram uma resposta mais rápida e eficiente à pandemia, mas a vigilância contínua e a adaptação às variantes em evolução continuarão sendo uma parte essencial da luta contra a Covid-19.

Fim da pandemia

Via Pexels

O fim da pandemia global causada pela Covid-19 não significa que novas pandemias não surgirão em breve.

A disseminação da varíola dos macacos evidenciou que o risco de novas pandemias é real, mesmo que seu impacto seja limitado.

Apesar das dúvidas quanto à origem do Sars-CoV-2, é fato que os reservatórios de doenças na natureza são muito maiores do que as fontes laboratoriais.

Portanto, é possível que novas pandemias ocorram em locais onde a interação intensa entre seres humanos, animais domésticos e vida selvagem ocorram por fatores econômicos.

A destruição de habitats naturais causada pelo desmatamento, o comércio e consumo de animais selvagens e seus derivados, a expansão desenfreada da agropecuária e a crise climática são fatores que contribuem para a proliferação de pandemias.

O monitoramento constante de patógenos perigosos e o desenvolvimento de vacinas e medicamentos inovadores podem evitar muitos danos. No entanto, sem a tentativa de diminuir a proliferação desses fatores, essas ações serão apenas paliativas.

 

Fonte: MSN

Imagens: Pexels, Pexels, Pexels

Quem é a modelo acusada de lesionar tenista com excesso de sexo?

Artigo anterior

Neymar muda de ideia e deixa o PSG para fechar com gigante inglês; veja quem

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido