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As drogas usadas pelos soldados nazistas para melhorar seu desempenho

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Não há como negar o incrível desempenho dos soldados alemães e aliados durante a Segunda Guerra Mundial. Eles se mostravam ágeis, fortes, destemidos e furiosos. Mas isso não era fruto apenas do desejo de vencer em nome do seu país. O exército alemão contava com um ingrediente secreto, inserido em drogas para melhorar a sua atuação.

No decorrer da década de 1940, as tropas nazistas receberam enormes quantidades de uma metanfetamina. O que era chamado de Pervitin. E o uso de drogas para melhorar o desempenho não era exclusividade dos nazistas. Os soldados americanos e britânicos também tinham um ingrediente especial. Mas, no caso destes últimos, era uma droga considerada mais leve, a Benzedrina.

Os médicos dos dois lados distribuíam essas drogas estimulantes, e outras como a cocaína. O intuito era manter os soldados, mesmo cansados, acordados por mais tempo. Também se pretendia fazer com os as tropas aguentassem mais tempo sob condições de punição. Mas essas drogas também eram usadas para diminuir os efeitos devastadores do choque de conchas e transtornos de estresse pós-traumático (TEPT).

Estimulantes

Em meio a essa “corrida armamentista farmacêutica”, os soldados, que usaram essas drogas, foram levados para além dos seus limites e capacidades normais, chegando ao extremo do corpo. Mas os impactos, a longo prazo, do uso constante e em grandes quantidades destas drogas foram completamente ignorados pelos médicos militares.

De acordo com o National Institute of Health (NIH), as anfetaminas, um grupo de estimulantes que inclui a metanfetamina, afetam gravemente o sistema nervoso central. Essas substâncias levam a uma sensação de euforia e aumentam significativamente o estado de alerta. Além de diminuírem o apetite, como informa o Instituto Nacional de Abuso de Drogas (NIDA).

Já as metanfetaminas, quando usadas em grande quantidade, inundam diretamente o cérebro em comparação com outras anfetaminas. Ou seja, elas são ainda mais duradouras e potencialmente mais prejudiciais ao sistema nervoso central.

Drogas alemã

A metanfetamina alemã Pervitin começou a ser comercializada no começo da década de 1930, como um estimulante recreativo. Segundo o historiador da Segunda Guerra Mundial, James Holland, nessa época, os cientistas estavam fazendo experimentos com a droga antes da guerra. O intuito era ver na prática quanto tempo os usuários conseguiam ficar acordados e ainda manter um bom desempenho.

Em 1940, o Pervitin foi distribuído em grande escala para os pilotos da força aérea nazista, a Luftwaffe. Holland disse à Live Science que essa era uma forma de prepará-los para os desafios das longas missões. Além de acabar com a sonolência e a fome caso seus aviões fossem derrubados.

Naquele mesmo ano, houve o ataque implacável e devastador dos nazistas contra a Grã-Bretanha. Segundo Holland, a Blitz, como foi chamado o ataque, foi fortemente alimentado por grandes quantidades de estimulantes.

Estima-se que, de abril a junho de 1940, tempo total que durou o ataque, cerca de 35 milhões de comprimidos de Pervitin foram enviados para os 3 milhões de soldados alemães, marinheiros e pilotos.

Depois do uso constante das drogas, os soldados da Wehrmacht (nome dado às tropas nazistas) caminharam e lutaram por dez dias seguidos. Nessa manobra, eles prenderam e derrotaram o exército britânico em Dunquerque, em uma vitória militar decisiva.

Na Grã-Bretanha, os rumores que rolavam eram de que os pilotos nazistas tinham uma resistência sobre-humana às drogas. Segundo Nicolas Rasmussen, professor da Universidade de New South Wales, na Austrália, os jornais da época descreveram os paraquedistas alemães como “fortemente drogados, destemidos e frenéticos”.

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