Quando saiu a notícia da adaptação de One Piece em formato de série para a Netflix, os fãs já esperavam consideráveis alterações.
Afinal, não é uma tarefa simples adaptar de maneira linear uma obra com mais de mil capítulos.
Nesse sentido, a produtora e a plataforma de streaming trouxeram uma primeira temporada com pequenas novidades e referências a arcos que apenas se desenrolariam mais adiante.
A maioria dessas mudanças foi direcionada para acelerar o ritmo da produção audiovisual para streaming.
No entanto, ainda houve momentos clássicos que cederam espaço para outros que, segundo a visão do próprio Eiichiro Oda e da equipe de produção, fariam mais sentido em uma adaptação live-action.
A seguir, confira quais as principais e mais perceptíveis diferenças apontadas na adaptação de One Piece:
Principais adaptações de One Piece
O circo de Buggy
No anime e no mangá, o Palhaço Estrela de fato conquista a ilha de Orange Town, mas a ideia de um circo com os habitantes aprisionados por correntes foi uma criação original para o live-action.
O Buggy que conhecemos nas obras originais utiliza as famosas e poderosas armas “Buggy Damas” para amedrontar a população local.
Luta entre Buggy e Luffy
Da mesma forma que o circo de Buggy não existe originalmente, o confronto interno entre o palhaço e o bando de Luffy também não ocorre nos materiais originais.
A angustiante cena de Luffy sendo esticado até não suportar mais foi especialmente criada para o live-action, conferindo ao episódio um nível de tensão muito além do esperado. Além disso, Nami e Zoro não são capturados conforme apresentado na série.
Onde estão os Piratas do Usopp?
Uma parte significativa da narrativa de Usopp também fica ausente em sua introdução: as crianças da Vila Syrup, que são seus pequenos aliados.
Ninjin, Tamanegi e Piiman não fazem parte da produção da Netflix, pelo menos não apareceram no episódio que explora o passado do filho de Yasopp.
Kaya e Usopp
Este tópico não representa exatamente uma mudança na adaptação de One Piece, mas sim uma confirmação de algo que já conhecíamos.
O interesse romântico do atirador do bando dos Chapéu de Palha por Kaya, a solitária, sempre esteve presente nas obras originais.
No entanto, é no quarto episódio que finalmente temos a certeza de que a relação entre eles vai além da amizade, quando se despedem.
O destino de Merry
As alterações no arco de Syrup continuam. No mangá, quando o “mordomo” Kuro dos Cem Planos percebe que Merry, um dos empregados da mansão, descobriu sua verdadeira identidade, ele simplesmente o ataca.
Por outro lado, a adaptação da Netflix escolheu fazer com que Klahadore matasse Merry, tornando a entrega do famoso Going Merry para o bando de Luffy muito mais emocionante.
A presença de Koby
Na série, Koby tem um papel muito mais relevante na vida de Luffy do que teve no mangá ou no anime, onde só reaparece cerca de 400 capítulos depois.
O personagem se encontra com o pirata elástico não uma, mas duas vezes logo no início: primeiro na Vila Syrup e depois na Vila Cocoyasi, desempenhando um papel importante na relação do protagonista com Garp.
E falando em Garp…
Assim como outros personagens tiveram suas aparições adiantadas, o avô de Luffy surge perseguindo os Piratas do Chapéu de Palha desde o início na série.
Enquanto isso, no mangá, sua posição como antagonista durante a primeira saga não ocorre, e só descobrimos seu parentesco com o pirata no capítulo 431.
Nami também faz sua entrada mais cedo
Antes mesmo da estreia da série, havia rumores indicando que Nami seria apresentada ao público juntamente com Zoro, permitindo que o desenvolvimento da relação de ambos com Luffy ocorresse simultaneamente.
Enquanto no mangá ela só aparece após os eventos em Shells Town, na série, a navegadora desempenha um papel integral durante esse período da narrativa.
Quem estava presente na execução de Gold Roger
Como mencionado anteriormente neste artigo, o primeiro episódio já revela que Shanks, Smoker e Dracule Mihawk estavam entre a plateia durante a execução do lendário Gold Roger.
Nas versões em anime e mangá, só ficamos sabendo quais personagens estavam presentes naquele momento muito mais adiante e de forma aleatória, enquanto a série revela essas informações logo no episódio inicial.
O encontro entre Rika e Zoro
No anime e no mangá o encontro de Zoro com a jovem Rika ocorre quando o espadachim está amarrado no pátio da Marinha. Na adaptação em live-action, os personagens se cruzam de forma casual em um bar.
Rika entra em cena quando Zoro está no balcão, lança-lhe um sorriso e entrega-lhe onigiris, sem proferir uma única palavra.
Antes mesmo que ele tenha a chance de recusar, ela se vira e esbarra em Helmeppo, fazendo com que a comida caia no chão e desencadeando uma discussão unilateral.
Observando Rika pedindo desculpas, Zoro decide comer a comida diretamente do chão, elogia a cozinheira amadora e demonstra simpatia pela jovem, que aparenta ser ligeiramente mais velha na adaptação.
A reviravolta de Nami
No mangá e no anime, a navegadora de cabelo laranja rouba o Going Merry e abandona o grupo antes de chegar a Arlong Park, enquanto o homem-peixe ainda não fez sua aparição e muito menos sequestrou Buggy.
No live-action, Arlong derrota Luffy em frente ao restaurante Baratie, e Nami trai os Chapéu de Palha na tentativa de salvar a vida do esticador de membros.
Os piratas de Don Krieg
Na obra original, são os piratas de Don Krieg que invadem o Baratie e interagem com Sanji.
No entanto, na adaptação de One Piece essa cena resulta em uma batalha entre Luffy e Arlong, que aparece antecipadamente.
Enquanto isso, no anime e no mangá vemos o pirata que estica derrotando Krieg, o principal antagonista do arco, após ele ameaçar tomar o controle do restaurante.
Fonte: IGN
Imagens: IGN, IGN, IGN, Olhar Digital
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