Ciência e Tecnologia

Astrônomos descobriram um novo tipo de estrela estranha e pulsante

0

Quatro estrelas de um novo tipo, nunca visto antes, foram descobertas por astrônomos. Ela foram chamadas de pulsares sub-anãs. As estrelas pulsares, astronomicamente falando, são estrelas de nêutrons que giram rapidamente. Quando uma estrela massiva explode, essas estrelas costumam ser deixadas para trás.

“Muitas estrelas pulsam, até o Sol em uma escala bem pequena. Aquelas estrelas com os brilhos que mais mudam são geralmente pulsantes radiais.”, explicou Thomas Kupfer, físico da Universidade da Califórnia, em Santa Bárbara, nos Estados Unidos.

De acordo com Kupfer, o comportamento das pulsares muito lembram a “respiração”. Seus movimentos lembram o ato de inspirar e espirar, enquanto a estrela muda seu tamanho. Já no caso da pulsar sub-anã quente, acreditam os pesquisadores que exista algum mecanismo por trás de tais oscilações. Porém, eles ainda não sabem dizer exatamente o que seria isso.

Dados, coletados no Observatório Palomar da Califórnia, mostraram que as quatro novas estrelas, descobertas por Kupfer e sua equipe, pulsam em escalas de tempo entre cada 200 e 475 segundos. Além de variar seu brilho em cerca de 5%. Em termos de comparação, o nosso sol também pulsa. Seu ciclo é de 11 anos, e varia em brilho apenas 0,1 por cento ao longo de todo esse período. O que não lhe confere o título de pulsante.

O brilho das estrelas pulsantes pode variar em até 10%. Isso devido as mudanças de tamanho e temperatura. Uma das hipóteses é que a pulsação das estrelas seja produzida por um mecanismo chamado mecanismo κ de ferro , que cria um acúmulo de ferro na estrela, produzindo uma camada de energia. O que resulta na pulsação da estrela.

De acordo com o estudo, publicado na revista científica The Astrophysical Journal Letters, as novas estrelas são extremamente quentes. Com temperaturas podendo chegar a até quase 50 mil graus Celsius. A temperatura do Sol chega aos 5 mil graus Celsius.

Estrelas pulsantes

As novas estrelas têm um décimo do diâmetro do Sol e, em termos astronômicos, possuem uma massa baixa, que varia entre 20% e 50%, em relação a massa de nosso astro rei. Devido a sua pequena massa, os cientistas acreditam que essas estrelas possam ter começado as suas vidas de modo similar ao sol.

Ou seja, fazendo fusão do hidrogênio para hélio em seus núcleos. Uma vez que o hidrogênio acaba, elas se expandem e iniciam uma fusão do hélio. Porém, algo pode ter acontecido no meio do caminho. De acordo com os astrônomos, no caso das pulsares sub-anãs quentes, o material de seu núcleo pode ter sido perdido antes que o hélio estivesse quente e denso para a fusão.
“Conseguimos entender as pulsações rápidas combinando-as com modelos teóricos com núcleos de baixa massa feitos de hélio relativamente frio”, explicou o físico Evan Bauer, também da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara.

Outra descoberta, feita pelos pesquisadores, é que a pulsação das estrelas se assemelha à das pulsadoras de grande amplitude azuis. Um tipo de estrela descoberta em 2017. O que significa que esses dois tipos de estrelas podem ter algum tipo de relação.

Os próximos passos dos cientistas agora consistem em descobrir o que de fato acontece no interior das estrelas. Além de descobrir onde precisamente essas estrelas se encaixam nos modelos de evolução estelar.

Então pessoal, o que acharam da matéria? Deixem nos comentários a sua opinião e não esqueçam de compartilhar com os amigos.

7 coisas que você não sabia sobre a história da guilhotina

Artigo anterior

Podem existir apenas 19 vaquitas na natureza

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido