Curiosidades

Astrônomos observam galáxia que pode mudar o entendimento sobre o universo

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O universo sempre foi um tema de grande interesse para nós. Sua imensidão e todo o desconhecido que o circunda atiça a curiosidade de todos os cientistas e até mesmo de pessoas que são intrigadas para saber o que tem nesse universo além de nós.

A totalidade do espaço ainda não foi entendida, mas existem coisas que os cientistas já conseguiram descobrir, entender, em algum nível, e descrever. Mesmo assim, temos a certeza de que ele não foi compreendido como um todo e que o entendimento que temos dele pode mudar com o tempo e novos achados.

Uma dessas coisas que pode mudar o entendimento sobre o universo foi anunciada na revista Nature Astronomy. Foi descoberto um “anel cósmico de fogo”, que é um tipo muito raro de galáxia que foi capturada por astrônomos. Essa galáxia existiu há 11 bilhões de anos. Ela é circular com um buraco no meio e tem uma massa próxima a da Via Láctea.

Ela foi chamada de “R5519” e está a 11 bilhões de anos-luz do sistema solar. E o centro massivo da galáxia tem um diâmetro duas bilhões de vezes maior do que a distância entre o sol e a Terra. E de acordo com Tiantian Yuan, pesquisadora do Australia’s ARC Centre of Excellence for All Sky Astrophysics in 3 Dimensions (ASTRO 3D), a galáxia cria estrelas 50 vezes maior do que a Via Láctea. E a maior parte dessa atividade acontece no anel. Por isso, é realmente um anel de fogo.

Estudo

Junto com pesquisadores da Austrália, Estados Unidos, Canadá, Bélgica e Dinamarca, Yuan identificou a estrutura usando dados espectroscópicos coletados pelo Observatório WM Keck no Havaí. E também em imagens gravadas pelo telescópico Hubble, da NASA.

Essa descoberta pode mudar as teorias sobre a formação inicial de estruturas galácticas e como elas evoluem. Já que um objeto como esse nunca tinha sido visto antes.

De acordo com as evidências, ele pode ser um tipo conhecido como galáxia de anel colisional. E essa foi a primeira a ser localizada em um universo primitivo. As galáxias de anel se dividem em dois tipos. As mais comuns são as formadas por processos internos. E as colisionais se formam como resultado de encontros muito grandes e violentos com outras galáxias. O segundo tipo é mil vezes mais raro na região do universo que é perto da nossa galáxia.

Essa galáxia observada surgiu a aproximadamente 10,8 bilhões de anos atrás, três bilhões de anos depois do Big Bang. E isso mostra que as galáxias de anel colisional sempre foram bastante incomuns. E segundo o co-autor Ahmed Elagali, estudar essa galáxia R5519 pode ajudar a determinar quando essas galáxias em espiral começaram a se desenvolver.

O outro co-autor, Kenneth Freeman, diz que olhando essa galaxia nós observamos 11 bilhões de anos atrás. Na época em que os discos finos estavam se formando. E Freeman compara com o disco fino da Via Láctea que começou a se formar a aproximadamente  nove bilhões de anos atrás.

Por isso o pesquisador considera que a descoberta mostra que a formação do disco nas galáxias espirais aconteceu em um período maior do que o que era pensado antes.

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