Ciência e Tecnologia

Bactéria que come carne humana se prolifera em águas tropicais

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Fala a verdade, todo mundo gosta de praia, não é mesmo? É o programa favorita da grande maioria das pessoas, mas não somente. Muitas bactérias também gostam de passar um tempo na praia. E isso pode não ser tão bom para nós. As bactérias carnívoras, chamadas Vibrio vulnificus, por exemplo, não apenas gostam das águas quentes das praias tropicais. Elas também precisam do sal marinho para sobreviver. E, assim como os banhistas, quanto mais quente estiver a água, mais bactérias estarão lá também.

Esse tipo de bactéria carnívora é geralmente encontrada nas águas quentes, dos estados que fazem fronteira com o Golfo do México. Mas elas também podem ser encontradas ao longo das costas do Atlântico e do Pacífico. E conforme as temperaturas dos oceanos sobem, elas se proliferam em maior quantidade. E isso tem sido notado devido aos surtos de doenças similares de Vibrio vulnificus, relacionadas ao aumento das temperaturas em todo o planeta.

Surto de doenças

Geralmente, os noticiários tendem a se concentrar apenas nas consequências trágicas de infecções causadas pela bactéria “que come carne”. Isso quando alguém morre ou perde um membro. Não vira notícia o simples fato de alguém ter uma infecção leve na pele ou comer uma ostra contaminada e ter uma intoxicação alimentar. No geral, as infecções mais leves não são diagnosticadas porque, geralmente, as pessoas não procuram atendimento médico.

Mas as infecções causadas pela V. vulnificus registradas não representam um número alarmante. De acordo com dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças, estima-se que cerca de 205 infecções acontecem por ano. Dessas, apenas 124 foram registradas no ano de 2014 e incluíam 21 mortes.

A grande maioria dos casos de infecção pela bactéria carnívora acontece em homens com mais de 40 anos de idade. No entanto, quase todos apresentam algum tipo de doença crônica subjacente, tais como doenças hepáticas ou renais, alcoolismo ou diabetes.

Mesmo para essas pessoas enquadradas na categoria de risco, o simples fato de nadar no mar onde estão essas bactérias, não é o suficiente para contrair algum tipo de doença.

Contaminação

Para contrair uma infecção, as bactérias precisam encontrar uma forma de entrar em seu corpo para se multiplicar e causar danos à saúde. E isso pode acontecer através da alimentação, quando alguém come alimentos contaminados por essa bactéria. Ostras cruas são alimentos que apresentam muito risco de contaminação. Isso porque elas filtram pequenas partículas na água que, muitas vezes, contêm bactérias.

Se uma pessoa comer uma ostra crua ou mal cozida, a bactéria pode se multiplicar no trato gastrointestinal. Isso pode resultar em náuseas e dores abdominais. Em casos mais graves, pode resultar em uma infecção com risco de morte. Isso porque as bactérias podem se espalhar pela corrente sanguínea e causar uma infecção generalizada por todo o corpo.

Outra forma de contaminação é por meio da pele, quando se apresenta algum corte, ferida ou queimadura expostos. Nesse caso, as bactérias podem entrar pela pele, causando uma doença grave que, em alguns casos, pode ser fatal. A doença carnívora, ou fasceíte necrosante, pode causar febre e deixar a pele com um tom avermelhado, além de inchada e dolorida. Mesmo que essas bactérias não comam literalmente a carne, elas deixam um aspecto parecido. Elas produzem toxinas no corpo e os danos colaterais, causados pela resposta do sistema imunológico, fazem com que o tecido sob a pele morra. A infecção pode ser tratada com remédios, mas o diagnóstico precoce é essencial para a eficácia do tratamento sem maiores danos ao paciente.

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