Ciência e Tecnologia

”Bala de Matéria Escura” poderia matar ser humano

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Aproximadamente, um quarto da massa do universo é constituído de uma substância misteriosa invisível que foi chamada de matéria escura. Segundo um novo estudo, supostamente, uma forma dessa matéria escura pode se comportar como minúsculos projéteis de alta velocidade. Atravessando o corpo humano, como fazem as balas.

De acordo com o que relataram os autores do estudo, o impacto da matéria escura geraria tanto calor que seria encapsulada através do tecido do corpo. Apesar da ideia parecer absurda, a matéria escura não pode ser diretamente observada. Portanto, propostas como essas, antes de serem descartadas, merecem uma cuidadosa consideração, segundo o que disseram os especialistas ao portal Live Science.

Muitos físicos estão à procura de partículas de matéria escura menores do que átomos. Entretanto, pedaços gigantescos, conhecidos como matéria escura macroscópica, podem estar escondidos no espaço. Teoricamente falando, esses pedaços, também chamados de macros, poderiam interagir diretamente com objetos físicos, como corpos humanos. O que poderia causar danos significativos.

Conforme escreveram os pesquisadores, esse dano poderia ser comparado a um ferimento por arma de fogo. Mas, para deixar bem claro, nenhuma pessoa até então foi ferida pela matéria escura. Com isso em mente, é importante ressaltar que balas de matéria escura, provavelmente, não existem, diz o estudo.

Por outro lado, investigar tal possibilidade trouxe para os pesquisadores um novo ângulo sobre as buscas pela matéria escura: “o uso do corpo humano como um detector de matéria escura”, relataram os cientistas.

A existência da matéria escura é comprovado através de evidências indiretas, uma vez que ela exerce uma atração gravitacional sobre objetos no universo visível. Alguns dos esforços para detectar a matéria escura costumam envolver partículas individuais e suas interações com a matéria comum. Ou, usando máquinas sensíveis, como o detector Large Underground Xenon (LUX) e o Large Hadron Collider (LHC). Ambos esmagadores de átomos massivos.

Universo [in]visível

Os macros, por outro lado, “são um composto de muitas, muitas partículas”, disse Jagjit Singh Sidhu, principal autor do estudo. Sidhu também é doutorando no departamento de física, da Case Western Reserve University, em Cleveland, em Ohio, nos Estados Unidos.

“As macros poderiam ter massas até o tamanho de um pequeno planeta”, disse Sidhu. “E embora não haja bases teóricas firmes que sugiram a existência de macros, investigá-las ainda vale a pena, simplesmente porque não há nenhum sinal definitivo para qualquer tipo de matéria escura”, completou.

Tudo o que os cosmologistas sabem sobre a matéria escura é que ela sente a gravidade e se aglomera, “e é sobre isso”, disse Mandeep SS Gill, cosmólogo observacional, do Instituto Kavli de Astrofísica de Partículas e Cosmologia, na Califórnia.

A natureza da matéria escura ainda é desconhecida para os cientistas. Ela pode ser tão leve quanto um axion, partícula hipotética muito menor do que um elétron. Misteriosa substância também poderia ser tão pesada quanto um buraco negro primordial, um tipo hipotético de buraco negro que se formou logo após o Big Bang. “Que pode ser várias vezes a massa do Sol”, disse Gill, estudioso do fato mas que não esteve envolvido no estudo.

As buscas pela matéria escura só se tornaram possíveis nas últimas décadas. Estudos, como o recém publicado, são importantes porque investigam os limites do que já se sabe sobre ela. “Há muitas questões em aberto. Mas fizemos avanços incríveis em algumas décadas e vamos continuar progredindo”, disse Gill. “Isso não significa que, com certeza, encontraremos um candidato a matéria escura, mas aposto que saberemos muito mais daqui a 20 anos”. As descobertas foram publicadas online na revista científica arXiv e agora aguardam revisão.

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