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Bêbados têm mais chances de sobreviver a acidentes de carro?

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Quase todos já ouviram que Deus protege as crianças e os bêbados. E às vezes isso pode parecer verdade. Várias são as notícias de acidentes onde a pessoa que estava alcoolizada sai praticamente ilesa, enquanto as outras lutam por suas vidas.

Por esse motivo, as pessoas tendem a achar que estar bêbado pode protegê-las de alguma forma. O senso comum é pensar que por estar mais relaxado, menor é a probabilidade de se machucar. E você irá ser “moldado” para onde quer que o acidente o leve e não lutará contra a posição que ficará. Mas será que isso realmente é verdade?

Existem vários estudos sobre esse tema. E eles mostram que a chance de sobreviver a um trauma se a pessoa estiver bêbada é maior. Mas outros estudos dizem que a probabilidade de morte aumenta em duas vezes se a pessoa estiver com álcool no sangue.

As células do sistema nervoso podem ser excitadas ou inibidas pelos neurotransmissores. E quanto mais animado alguém estiver, mais rápido e forte os músculos reagirão. E o glutamato é um neurotransmissor excitatório. É ele que dá ao cérebro e medula espinhal a capacidade de enviar sinais elétricos em taxas de velocidade alta.

Álcool

Se uma pessoa estiver tomando álcool, ele vai inibir essa capacidade do glutamato. E quanto mais álcool a pessoa tomar, mais difícil será de controlar seus músculos porque o glutamato não conseguirá enviar sinais de forma rápida.

Imaginando uma pessoa nessa situação em um acidente de carro existem três colisões. Primeiro o carro batendo em alguma coisa, a pessoa batendo dentro do carro e os órgãos dela batendo no interior do seu corpo. Se uma pessoa estiver sóbria ela ficará tensa e reduzirá a capacidade de absorção do corpo para aguentar os impactos. Com isso, a probabilidade de se quebrar é maior.

Já a pessoa, que estiver embriagada, terá uma resistência menor. Os braços e pernas do indivíduo virarão airbags e ele terá uma vantagem da sua “flexibilidade”. Olhando assim, tudo isso parece ser vantajoso.

Mas de acordo com um artigo, chamado “A intoxicação por álcool protege os pacientes de lesões graves e reduz a mortalidade hospitalar?”, os pesquisadores mostram que, na verdade, as pessoas alcoolizadas têm maior risco de ter lesões na cabeça, peito e ferimentos abdominais. Fraturas que, claramente, são piores do que fraturas nos braços ou nas pernas. Além do que elas podem matar quem as têm.

Pesquisas

Por mais que as pesquisas ainda não sejam definitivas, partindo desse e de outros estudos a ideia é que uma pessoa tem mais chances de sobreviver quando está alcoolizada é considerada um tanto suspeita. É basicamente o caso onde mais pesquisas são necessárias para fazer uma afirmação.

Existem crescentes evidências de que uma grande quantidade de álcool no sistema de alguém a dará melhores chances de sobreviver a um evento traumático. Mas ela também pode ser a razão de a pessoa estar no evento traumático para começo de conversa.

Estando bêbado ou não, se a pessoa sobreviver ao acidente ela vai ao hospital. E lá virão as complicações posteriores, como por exemplo a reação do corpo à lesão. E é nessa hora que se pensa no benefício real de estar ou não com álcool, no corpo na hora do acidente. Isso porque o álcool afeta as reações corporais.

E pesquisas publicadas em janeiro de 2010, descobriram que as pessoas com lesões graves, que não tinham álcool no sangue, tiveram uma recuperação significativamente melhor do que as que tinham no momento do acidente.

Vários outros estudos foram feitos, mas nada que se possa afirmar com certeza. Não é certeza que o álcool protegerá alguém de ferimentos ou da morte em um acidente. Ele pode ajudar em certos tipos de lesões que podem acontecer nos acidentes. Mas não quer dizer que o salvará. Então o melhor cuidado de todos é não dirigir quando for beber.

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