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BiĆ³logos identificam caminhos que aumentam longevidade em 500%

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AĀ longevidadeĀ tem aumentado significativamente nas Ćŗltimas dĆ©cadas. Os avanƧos na Ć”rea da tecnologia e saĆŗde tĆŖm garantido uma vida maisĀ longa e em melhores condiƧƵes. Apesar disso, ainda nĆ£o sĆ£o muitas as pessoas que conseguemĀ passar da marca dos 100.

Viver mais tempo e envelhecer com saĆŗde sĆ£o dois grandes desafios enfrentados pela medicina e pela ciĆŖncia. Grandes avanƧos jĆ” foram feitos, com anos a mais ganhados na expectativa de vida. Mas ainda se sabe muito pouco sobre o processo do envelhecimento.

Mas os cientistas podem ter feito uma grande descoberta. Mesmo que nĆ£o tenha sido em humanos, os cientistas do LaboratĆ³rio BiolĆ³gico MDI (EUA), do Instituto Buck de Pesquisa em Envelhecimento e daĀ Universidade de Nanjing viram os caminhos celulares para a longevidade. E conseguiram ampliar a expectativa de vida dos vermesĀ C. elegansĀ em cinco vezes.

Os cientistas escolheram esse verme porque ele Ʃ bastante usado como modelo, nas pesquisas sobre o envelhecimento. Isso porque tais criaturas compartilham vƔrios genes com os humanos.

E por terem uma expectativa de vida bem curta, entre trĆŖs e quatro semanas, fazem com que fique mais fĆ”cil de os pesquisadores verem os efeitos das intervenƧƵes genĆ©ticas e ambientais na longevidade. E os genes jĆ” tinham sido estudados, em outras anĆ”lises anteriores.

Descobertas

ā€œApesar da descoberta de vias celulares que governam o envelhecimento emĀ C. elegans, nĆ£o tinha ficado claro, como essas vias interagiam. Ao ajudar a caracterizar essas interaƧƵes, nossos cientistas estĆ£o abrindo caminho para as terapias necessĆ”rias para aumentar a expectativa de vida de uma populaĆ§Ć£o que envelhece rapidamenteā€, disse Hermann Haller, presidente do LaboratĆ³rio MDI.

Para fazer o estudo, os cientistas modificaram geneticamente as vias de sinalizaĆ§Ć£o da insulina e da proteĆ­na TOR, nos vermes estudados.

Os cientistas jĆ” sabiam que a alteraĆ§Ć£o das vias da insulina faziam com que acontecesse um aumento de 100%, na vida Ćŗtil dos vermes. E que a proteĆ­na TOR aumentava 30%. Com essas porcentagens, o que os pesquisadores esperavam era que os C. elegans modificados tivessem 130% de longevidade a mais.

Estudo

Mas para a surpresa da equipe, os vermes viveram 500% de tempo a mais. Se colocado nos seres humanos, isso representaria viver atƩ os 400 ou 500 anos.

ā€œO efeito nĆ£o Ć© um mais um Ć© igual a dois, Ć© um mais um Ć© igual a cinco. Nossas descobertas demonstram que nada na natureza existe no vĆ”cuo. Para desenvolver os tratamentos antienvelhecimento mais eficazes, precisamos olhar para as redes de longevidade e nĆ£o para caminhos individuaisā€, disse Jarod A. Rollins, do MDI.

AplicaĆ§Ć£o

Com essa descoberta, pode ser que terapias anti envelhecimento, combinadas, sejam mais eficientes. Cada uma delas vai afetar um caminho celular diferente. O mesmo que alguns tratamentos contra o cĆ¢ncer e HIV jĆ” fazem hoje.

Essa interaĆ§Ć£o sinĆ©rgica pode explicar porque os cientistas nĆ£o conseguiram identificar o gene responsĆ”vel pela longevidade.

A pesquisa feita se concentra em saber como a longevidade Ć© regulada nas mitocĆ“ndrias, que sĆ£o as organelas da cĆ©lula, responsĆ”veis pela homeostase energĆ©tica. E nos Ćŗltimos dez anos, a junĆ§Ć£o de evidĆŖncias sugeriu um vĆ­nculo casual entre desregulamentaĆ§Ć£o mitocondrial e envelhecimento.

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