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Brasileira ganha mais de 15 prêmios após inventar tijolo feito de açaí

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Estamos sempre nos surpreendendo com alguma coisa em relação ao mundo ou as pessoas que o compõe. Mesmo em meio a tantas tragédias envolvendo desastres naturais, atentados em massa e a agressão ao meio ambiente, existem notícias capazes de nos encher de orgulho. Há coisas que nos fazem ter um pouco mais de esperança em um futuro melhor. Celebridades ou pessoas anônimas ajudando instituições carentes, salvando animais abandonados ou pessoas em condições de rua estão entre as coisas que mais nos comovem. No entanto, a história de Francielly Rodrigues Barbosa, a brasileira que ganhou mais de 15 prêmios por sua invenção também nos faz acreditar na humanidade.

A garota foi capaz de criar um tijolo feito com açaí. Cerca de 90% de todo o açaí consumido ao redor do mundo, sai do Pará. Desse fruto, apenas 4% é utilizado pelas pessoas, sendo que o resto é jogado fora. O caroço compõe a maior parte do mesmo e também é descartado. Até então, essa parte do açaí não tinha nenhuma utilidade definida, servindo apenas para contaminar mais o meio ambiente. Isso porque não existe uma estratégia eficiente para o descarte do mesmo.

Pensando nisso, Francielly Rodrigues Barbosa, de apenas 18 anos, desenvolveu o seu projeto. Com a intenção de amenizar o problema ambiental e ainda ajudar os moradores de Moju, sua cidade, ela criou a sua maior invenção. “O caroço possui uma substância chamada lignina, que impede o ataque de fungos, demorando a decomposição”, disse ela. “Isso causa mal cheiro, chorume e liberação de gás metano”, completou. A aluna da Escola Estadual Pereira Maia começou esse projeto no primeiro ano do ensino médio e hoje já cursa o último.

A inspiração para essa pesquisa veio de uma professores, que conversou com ela sobre problemas de odor e rachaduras em casas de Moju. A garota então descobriu que essas residências haviam sido construídas em lugares usados como local de descarte de lixo. Isso causou um grande prejuízo à população local. “Comecei a pensar qual material de baixo custo e que não agride o meio ambiente eu poderia aproveitar para fazer a fundação de forma segura”, contou. “Não tinha como desenvolver algo que custasse muito dinheiro”.

Reconhecimento pelo trabalho com açaí

Com esse desenvolvimento, ela ganhou credencial para participar da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia. Esse evento científico é voltado para jovens e um dos mais importantes do Brasil. Nessa ocasião, ela recebeu dez prêmios pela pesquisa com o caroço do açaí. “Antes eu achava que a minha participação nessas feiras não teria nenhum impacto, mas agora eu chego nos lugares e fico emocionada quando adolescentes dizem que não desistiram da ciência por causa da minha história”, contou.

Uma das premiações que ela conseguiu foi uma viagem aos Estados Unidos. Essa a levaria para conhecer a Universidade de Harvard e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts. “Foi sensacional, me senti em um filme de ficção científica. Quando entrei em Harvard, vi o quanto eles investem na tecnologia e educação. Como eu quero que o Brasil se torne assim”. Em 2019, ela já participou de outra grande feira de ciências, onde levou cinco prêmios. Hoje ela já coleciona mais de 15 no total.

Construção dos tijolos de açaí

Para a criação dos tijolos, Francielly convidou jovens de Moju para ajudá-la. Eles colocaram os caroços para secar e depois trituraram em um pilão. A massa que criou foi misturada com argila e carvão até chegar ao produto final. “Foi um trabalho muito divertido”, contou. “Brincar também é ciência. Foi legal para mostrar que a ciência inclui todo mundo, basta querer”.

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