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Camada de ozônio está se recuperando e redirecionando os fluxos de ventos

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O nosso planeta é protegido pela Camada de Ozônio. Essa camada pode ser chamada de “protetor solar” natural. O filtro é responsável por absorver e bloquear a maior parte da radiação ultra violeta do sol. Se não tivéssemos essa barreira, toda a radiação da estrela chegaria à Terra. E isso danificaria intensamente o DNA de plantas, animais e, é claro, dos seres humanos.

Nós não poderiam sair à luz do sol sem ter nossa pele queimada instantaneamente. Além do que, as taxas de câncer de pele aumentariam extremamente. E talvez morrêssemos, antes mesmo de experimentar a causa da morte. Sem a camada de ozônio, a vida terrestre seria devastada.

O buraco feito na camada de ozônio aumentou bastante por causa de nós, os humanos. O aumento aconteceu através das emissões exageradas de gases poluentes na atmosfera. O gás CFC (clorofluorcarbono), por exemplo, foi muito usado na indústria em geladeiras, freezer e spray aerossol e é um gás que ajudou muito a aumentar o buraco na camada. Na década de 1980, houve uma certa preocupação com o futuro da camada, e um tratado internacional, o Protocolo de Montreal, que buscava proteger a camada de ozônio da destruição, foi assinado. Cerca de 200 países assinaram o protocolo.

Camada

Algumas mudanças foram feitas. E agora, anos depois pode-se ver que a recuperação da camada de ozônio, em cima da Antártica, continua lenta e constante. Um dos fatores, que os pesquisadores observaram, para fazer essa afirmação foi a mudança na circulação atmosférica. Essa mudança foi registrada pelos pesquisadores da Universidade de Colorado Boulder.

No século XX, a destruição da camada mudou os padrões dos ventos de latitudes médias no hemisfério sul. E eles foram gradualmente se concentrando no Polo Sul. A célula de Hadley, que é uma circulação que se relaciona diretamente com os ventos alísios, às zonas tropicais úmidas e desertos subtropicais, estava ficando cada vez em uma área menor.

Mudança

A mudança desses fluxos também influencia no clima, já que muda a temperatura atmosférica e as chuvas. E isso pode gerar mudanças na temperatura e na concentração de sal nos oceanos.

De acordo com o que Antara Benerjee e sua equipe observaram, essas tendências atmosféricas começaram a se reverter em 2000, e continuam até hoje. Esse retorno começou 12 anos depois do Protocolo de Montreal ser assinado.

Mesmo que o ponto de retorno já tenha sido ultrapassado há 20 anos, hoje, é observado que os níveis da camada são equivalentes aos da década de 1980. A regeneração completa deve acontecer no hemisfério norte apenas em 2030. E no hemisfério sul somente em 2050. E o buraco da Antártica deve ser recuperado no fim da década de 2060.

Essa regeneração da camada de ozônio é lenta porque as substâncias que conseguem destruir o ozônio tem vida muito longa na atmosfera.  Além disso, as mudanças climáticas que estão acontecendo também causarão um efeito na camada de ozônio.

“Está previsto um afinamento da camada de ozônio nos trópicos. Ainda temos que enfrentar as mudanças climáticas”, ressalta Martyn Chipperfield, da Universidade de Leeds, no Reino Unido, que não participou do estudo.

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