Ciência e Tecnologia

Carne produzida em laboratório parece ser o futuro da alimentação

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Você já imaginou a possibilidade de se produzir carne em laboratório? Pois é, muita gente também não. Não é como se uma carne artificial pudesse ter o mesmo sabor de um bife suculento, não é mesmo? Mas esse pode ser o futuro da alimentação mundial já nos próximos anos. A carne, feita a partir de plantas ou células de animais, sem precisar matar nenhum bicho, é uma novidade que tem grande potencial para mudar completamente a indústria alimentícia.

Se depender da empresa alemã Merck, que vem investindo pesado em uma startup especializada em produzir carnes em laboratório, essa novidade vai ser realidade muito em breve. Essa pode ser uma opção viável para lidar com o aumento considerável de habitantes no planeta até 2050. E como alimentar todas essas pessoas é uma das questões principais quando se fala na produção de carne artificial. Até agora, o principal desafio nessa empreitada é o custo de produção. Ainda assim, especialistas já garantem que futuramente esse tipo de produto será acessível a toda a população mundial.

Carne artificial

“É um mercado que ainda não existe, está em desenvolvimento. Mas é o futuro e não tem volta”, afirma o biólogo Jayme Nunes, que trabalha para a Merck. “Não tem volta porque serão 10 bilhões de pessoas, em 2050. E a pergunta é: como alimentar todo mundo?”.

O primeiro hambúrguer feito de carne artificial foi desenvolvido em 2013, na época, custou um total de US$ 230. Atualmente, o processo já é bem mais em conta, custando cerca de US$ 10 mil, o que ainda deixa o produto inacessível, e até o momento, é o principal desafio dessa empreitada. Mas o biólogo se mostra muito otimista quanto a isso. Ele acredita que, até o ano de 2050, a carne artificial já vai estar disponível no mercado por um valor acessível, algo em torno de US$ 20 por cada quilo.

Nunes explica que, atualmente, existem dois tipos de carne artificial, as chamadas “clean meat” (carne limpa, em tradução literal). “A primeira é a plant-based meat, feita a partir de hortaliças e vegetais. E há também a cell-based meat, que é a carne feita a partir de células. A ideia é chegar no músculo bovino por biópsia e retirar uma amostra de células sem matar o animal”.

Hoje, ainda não existe nenhuma indústria que produza carne artificial comercialmente. Por enquanto, esse é um projeto piloto, desenvolvido por startups. Mas esse parecer ser um mercado promissor e tem tudo para se estabelecer como uma revolução do ramo alimentício.

O futuro

Já sabemos que as empresas estão trabalhando para tornar a carne artificial uma realidade acessível para todos. Mas e o consumidor, está preparado para isso? Você estaria disposto a comer uma carne produzida em laboratório? O biólogo afirma que já existem pesquisas no mercado sobre a aceitação desse tipo de produto. “Elas variam bastante, mas, em média, de 50% a 60% das pessoas que foram questionadas, disseram que experimentariam. Outras 20% dizem que, talvez, provariam e o restante afirma que não tem vontade”, disse Nunes.

O que pode ser um diferencial para o consumidor, principalmente os adeptos do veganismo, é que a carne artificial é vista como uma carne limpa, produzida sem abater nenhum animal. Mas, mais do que isso, investir na carne produzida em laboratório também pode contribuir com o meio ambiente. Como explica Nunes: “De 10% a 18% das emissões de gases de efeito estufa vêm da agropecuária. E 25% da água doce é consumida na pecuária. A carne de laboratório reduz essas demandas e elimina menos gases tóxicos na natureza”.

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